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Câncer anal: conheça os sintomas

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O câncer anal é uma condição rara, que representa, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 1% a 2% dos tumores colorretais, ou seja, que acometem a porção final do intestino, cólon e reto. É mais comum em indivíduos com mais de 60 anos e mais prevalente no sexo feminino.

Os cânceres de maneira geral, surgem em decorrência de mutações no material genético celular. Essas alterações no DNA promovem falhas no processo de divisão das células que passam a se multiplicar desordenadamente.

A reprodução celular em descontrole promove a formação de uma pequena massa ou pólipo, que pode crescer a ponto de se tornar um tumor.

O tumor pode evoluir silenciosamente ou provocar sinais e sintomas de acordo com sua evolução. Geralmente, tumores de comportamento maligno tendem a crescer de maneira mais acelerada e agressiva, o que pode resultar em mais danos e chamar a atenção do indivíduo mais rapidamente.

O intestino é dividido em duas porções principais, o delgado e o grosso. Esse último, é subdividido em segmentos, como ceco, a porção mais inicial, e cólons (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), seguidos por reto e ânus. Reto e ânus são estruturas diferentes e alguns cânceres podem, além de ocorrer em ambos, acometê-los isoladamente.

O reto é uma espécie de câmara retilínea, o que explica o nome, que mede cerca de 3 centímetros e é responsável pelo armazenamento das fezes antes de serem expelidas. Essa câmara termina no ânus, um órgão muscular em formato de anel, que permite o processo de evacuação das fezes. Nos casos de câncer anal, ele geralmente surge no canal ou na borda externa do ânus.

É importante realizar o diagnóstico precocemente, para que o tratamento e prognóstico do paciente sejam mais eficientes.

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Quais são os sintomas do câncer anal?

Como já foi dito, o câncer anal gera sintomas de acordo com a maneira que o tumor se comporta. Nos estágios iniciais, o paciente pode permanecer assintomático e não perceber que possui um quadro de câncer em desenvolvimento.

À medida que o processo tumoral se expande, alguns sinais clínicos podem despertar a preocupação do indivíduo. Dentre os que podem surgir, estão:

  • Hematoquezia: presença de sangue vivo nas fezes após a evacuação que, em geral, pode ser um dos primeiros sintomas a aparecer;
  • Alteração do padrão e ritmo intestinal: o paciente pode apresentar quadros de constipação (prisão de ventre) ou diarreia, de maneira alternada;
  • Aumento do volume ou identificação de nódulo na região anal e perianal;
  • Dores e desconforto anal, podendo ser mais prevalentes durante a evacuação;
  • Tenesmo: vontade constante de evacuar, mas com sensação de que o processo não foi completo;
  • Mudança no padrão das fezes, podendo parecer mais finas e estreitas;
  • Coceira e ardor;
  • Secreções incomuns;
  • Surgimento de ferimentos na região anal;
  • Incontinência fecal: incapacidade de conter a saída de fezes.

Todos esses sinais clínicos podem surgir de maneira isolada ou em associação. Em caso de surgimento, um médico oncologista deve ser consultado para esclarecimentos.

Isso porque, algumas condições que acometem o ânus podem repercutir de maneira semelhante clinicamente. Nos quadros de hemorroidas, por exemplo, dores persistentes, sangramentos, secreções incomuns, coceira e identificação de massa exteriorizada podem ser sintomas comuns.

Outros quadros que devem ser diferenciados de casos cancerosos, são fístulas e fissuras anais, que podem provocar dificuldades para evacuação adequada, sangramentos e dor na região anal e perianal.

Portanto, devido à similaridade dos diversos quadros, o câncer anal deve ser diferenciado e diagnosticado adequadamente, para que o tratamento mais indicado seja implementado.

Como os sintomas se comportam ao longo do curso da doença e tratamento?

Os sintomas do câncer anal podem progredir, regredir ou se manter estáveis, dependendo do comportamento do tumor, da taxa de evolução e responsividade à terapêutica. Durante o tratamento, podem diminuir de intensidade ou até mesmo desaparecer nos casos de eficácia da terapêutica iniciada.

Nos quadros em que o câncer cresce rapidamente, o sintoma de constipação, por exemplo, pode evoluir para uma forma mais complicada. Ou seja, o tumor se expandiu a ponto de dificultar a evacuação de maneira mais acentuada, mesmo que durante o tratamento.

Em casos de sangramentos contínuos, se não tratado, o paciente pode evoluir para quadros anêmicos, o que gera fadiga, cansaço e fraquezas. Dores anais e tenesmo podem ser intensificados.

Portanto, é extremamente importante realizar o acompanhamento contínuo com um médico oncologista, para averiguação da remissão dos sintomas e tentativas de abordá-los nos casos em que não ocorreu. Isso porque, o câncer repercute de maneira significativa na qualidade de vida do paciente.

Como são feitos diagnóstico, tratamento e recuperação?

A detecção precoce dos cânceres é um passo importante a ser dado para atingir tratamentos eficazes. O médico suspeita de câncer anal, a partir de sintomatologia apresentada pelo paciente que seja compatível com a hipótese.

Feitos os diagnósticos diferenciais e descartadas as hipóteses de hemorroidas e outras condições anais, parte-se para confirmação. Inicialmente, são feitos exames de toque, anuscopia e proctoscopia.

Esses exames permitem o estreitamento da sugestão de câncer anal, mas somente a biópsia pode confirmar o diagnóstico. Além disso, exames laboratoriais e de imagem também podem ser solicitados, para permitir a visualização da extensão do tumor e definir o tratamento.

Confirmado o diagnóstico, é feito o estadiamento do tumor para avaliar a extensão e comprometimento de outras estruturas e definir o tratamento mais adequado.

Dentre as opções de tratamento, a cirurgia pode ser indicada, contudo o principal tratamento para tumores do canal anal é com a realização de rádio e quimioterapia.

A recuperação do paciente dependerá do procedimento realizado e as recomendações serão feitas pelo médico responsável. Nos casos cirúrgicos, algumas restrições dietéticas e do cotidiano podem ser necessárias, bem como a utilização de equipamentos para uma melhor recuperação.

Prevenção do câncer anal

A maioria dos tumores de canal anal são causados por infecção do vírus HPV, que é sexualmente transmissível.

Hoje, as redes pública e privada oferecem vacinas para os subtipos de HPV que oferecem maior risco de desenvolvimento de câncer e verrugas. Essas vacinas, portanto, protegem as pessoas desse tipo de câncer.

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