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Câncer de reto: diagnóstico e tratamento

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O câncer de reto — também denominado colorretal quando os tumores aparecem no reto e no cólon (intestino grosso) — compõe as neoplasias do aparelho digestivo, visto que é uma parte contínua ao intestino no trajeto do trato digestivo.

Os cânceres de pâncreas, apêndice, cólon, esôfago e estômago também fazem parte desse grupo. Os tumores do aparelho digestivo representam uma fração expressiva dos tumores em geral e o rastreamento precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.

Em estágios avançados, quando as células cancerosas já invadiram órgãos vizinhos ou se espalharam pelo corpo em um processo de metástase, esses tipos de câncer são praticamente incuráveis. Diante disso, o diagnóstico em fase inicial está associado a chances mais altas de cura ou controle da doença.

Continue a leitura para saber mais sobre câncer de reto e suas formas de diagnóstico e tratamento!

O que é câncer de reto?

O câncer de reto é a neoplasia que se origina na porção final do intestino grosso, na parte que conecta o cólon sigmoide ao canal do ânus. A função principal do reto é acumular os resíduos fecais para que eles sejam evacuados.

Na maior parcela dos casos, o câncer de reto é um adenocarcinoma, tumor que se forma com as células glandulares epiteliais secretoras. Em princípio, a doença surge como um pólipo, isto é, uma proeminência do tecido que reveste a parede interna do órgão. Os pólipos colorretais do tipo adenomatosos são lesões inicialmente benignas, mas com potencial de transformação maligna.

O câncer de cólon e o câncer de reto podem se desenvolver ao mesmo tempo devido à proximidade das partes. Apesar de suas características semelhantes o tratamento difere entre as duas doenças.

Embora existam diferenças na conduta terapêutica, a denominação de câncer colorretal é normalmente utilizada quando os tumores afetam intestino e reto de modo concomitante. Adjacente a essas estruturas está também o ânus que pode ser acometido pela doença. Entretanto, o câncer de reto e o de cólon têm maior prevalência que o câncer anal, estando entre as principais causas de mortalidade por neoplasias malignas.

Assim como em outros tipos de câncer, não há uma causa exata para que as mutações celulares aconteçam. Todavia, alguns fatores relacionados à predisposição para o desenvolvimento do câncer de reto são: idade acima dos 50 anos, histórico familiar da doença, diabetes mal controlada, presença de doenças inflamatórias intestinais e estilo de vida (dieta pobre em nutrientes, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo).

Quais são os sintomas?

O câncer de reto é silencioso em estágios iniciais. Quando os sintomas começam a surgir, podem ser vagos, inespecíficos, raramente sendo associados a um quadro de câncer. Em estágios mais avançados, a pessoa pode notar alterações no funcionamento intestinal como:

  • presença de sangue nas fezes;
  • sensação de urgência para evacuar;
  • aumento na frequência das evacuações;
  • constipação ou obstrução intestinal;
  • redução do volume fecal ou afilamento das fezes;
  • sensação de esvaziamento intestinal incompleto;
  • dor e inchaço abdominal.

A avaliação diagnóstica é necessária se algum desses sintomas aparecer de forma recorrente. Quanto antes a doença for confirmada, mais cedo o paciente inicia o tratamento para controlar a progressão do câncer.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento do câncer de reto?

O diagnóstico precoce reduz a mortalidade associada à essa doença. Os pacientes são classificados como de alto risco ou risco normal para o desenvolvimento do câncer. Fazem parte do grupo de alto risco aqueles que apresentam história familiar de câncer colorretal. Para esses pacientes, o rastreamento deve ter início entre 35 e 40 anos, sendo realizado entre cada 3 a 5 anos.

A investigação dos sintomas e o exame físico compreendem a primeira etapa da avaliação diagnóstica. Com o exame de toque retal, o médico pode detectar proeminências no reto que possam indicar uma formação tumoral. Já as técnicas de diagnóstico por imagem são importantes para o estadiamento da doença, pois identificam o tamanho do tumor e sua expansão.

O aprimoramento dos métodos endoscópicos possibilitou uma visualização mais nítida da parte interna da região colorretal, permitindo assim constatar a presença de pólipos em fase inicial, os quais caracterizam lesões pré-malignas.

A colonoscopia é a técnica endoscópica utilizada para o rastreamento de câncer no reto e no cólon. O procedimento permite a realização da biópsia, gerando material para análise histopatológica. A ressonância magnética e a tomografia computadorizada são outros exames que podem ser solicitados para o diagnóstico e estadiamento.

O câncer de reto requer terapias combinadas, de forma que o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O planejamento terapêutico é feito com base no estágio e na localização exata do tumor, bem como considerando a idade e o quadro de saúde geral do paciente.

A cirurgia pode ser feita com diferentes abordagens: excisão local transanal, ressecção anterior do reto e ressecção abdominoperineal. Já as terapias quimioterápicas e por radiação são administradas como neoadjuvantes (antes da cirurgia) para reduzir as células tumorais e facilitar a remoção do tumor e/ou de forma adjuvante.

Em estágios avançados do câncer de reto, quando houve metástase, outros tipos de tratamento também podem ser necessários, incluindo imunoterapia e terapia direcionada.

Veja informações mais detalhadas em nosso texto principal sobre câncer de reto!

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