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Câncer de pâncreas: como é feito o diagnóstico?

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O câncer de pâncreas se desenvolve no tecido pancreático, glândula do sistema digestivo responsável pela produção de enzimas e hormônios extremamente relevantes para manutenção do equilíbrio do organismo.

O pâncreas fica localizado na região retroperitoneal, ou seja, atrás da membrana que reveste a cavidade abdominal. Pode ser dividido em três porções: cabeça, corpo e cauda.

Esse órgão é uma glândula de atividade mista, possui atuação na produção endógena e exógena de alguns fatores. É composto por diversos tipos celulares que desempenham diferentes papéis na função pancreática.

A atividade endógena consiste na produção dos hormônios, como a insulina. Eles são responsáveis por manter os níveis de glicose na corrente sanguínea dentro dos valores adequados.

Já a porção exógena é responsável pela produção do suco pancreático, composto principalmente por enzimas digestivas que atuam diretamente no processo de digestão de proteínas, carboidratos e gorduras.

O pâncreas é um órgão muito relevante para a manutenção do equilíbrio do corpo. Por isso, alterações que acometem esse órgão podem acarretar diversos desarranjos no funcionamento do organismo.

Diversas condições, como quadros de pancreatite aguda ou de doenças crônicas, como o câncer de pâncreas, podem acometer esse órgão e causar mudanças na vida da pessoa.

É recomendado que o câncer de pâncreas, assim como os outros tipos de cânceres, seja diagnosticado e tratado precocemente, para que as chances de cura e recuperação sejam maiores.

Quer saber mais sobre câncer de pâncreas? Então, acompanhe o texto até o final!

O que é o câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas é uma condição rara em indivíduos com idade inferior a 30 anos. Acomete igualmente homens e mulheres, mas com maior frequência em indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos, especialmente na faixa entre 65 e 80 anos.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pâncreas representa cerca de 2% do total de diagnósticos dessa doença. O tipo mais comum é o adenocarcinoma, que representa cerca de 90% do total de diagnósticos e está relacionado com o tabagismo.

A maior parte dos quadros ocorre no lado direito no órgão, porção denominada cabeça do pâncreas, enquanto a cauda e corpo abrigam um número menor de casos. Ele se desenvolve devido a mutações no material genético celular, sejam elas adquiridas ao longo da vida ou herdadas, que interferem diretamente no processo de divisão das células.

As células que possuem o material genético mutado passam a se dividir rapidamente e sem controle, podendo evoluir para um tumor maligno.

Quais são os sintomas?

Os cânceres de maneira geral podem se manifestar de maneira inespecífica dependendo do seu tipo histológico e comportamento.

Apesar disso, o câncer de pâncreas pode apresentar-se por meio de sintomas que podem estreitar as hipóteses diagnósticas para o médico responsável pelo quadro. Dentre eles estão:

  • icterícia (tom amarelado de pele, olhos e mucosas);
  • fraqueza;
  • perda de peso;
  • hiporexia (redução do apetite);
  • escurecimento da urina;
  • dor e desconforto abdominal;
  • anemia;
  • náuseas e vômitos;
  • dores nas costas.

Por se manifestarem tardiamente, esses sintomas atuam contra o diagnóstico do câncer de pâncreas nos estágios iniciais. Além desses, o diabetes também pode atuar como fator de risco, favorecendo o seu desenvolvimento ou como consequência e manifestação tardia que antecede o diagnóstico.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de pâncreas pode ser difícil nos estágios iniciais devido principalmente à sintomatologia pouco específica. Além disso, a localização retroperitoneal do pâncreas pode dificultar ainda mais o diagnóstico da condição.

O primeiro passo para o diagnóstico do câncer de pâncreas é a apresentação da história clínica compatível para um médico oncologista.

Durante o exame físico, alterações, como aumento do volume, dor à palpação e presença de nódulos regionais na região correspondente podem auxiliar no processo diagnóstico.

A partir disso, exames laboratoriais e de imagem podem ser solicitados para estreitamento do raciocínio clínico. Dentre os laboratoriais, a dosagem de marcadores tumorais pode ser útil para identificar a presença de proteínas secretadas pelo câncer de pâncreas na corrente sanguínea.

Já os exames de imagem normalmente solicitados são ultrassonografia (US), tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) e ecoendoscopia com biopsia.

Esses exames podem auxiliar na detecção de massas e tumorações presentes no tecido pancreático. Essa avaliação também pode ser feita por laparoscopia diagnóstica, que permite identificar tamanho, localização e se houve disseminação do tumor para tecidos vizinhos.

A confirmação diagnóstica de câncer de pâncreas se dá pela realização do exame de biópsia. Por meio da biópsia é possível coletar uma amostra do material suspeito e enviar para análise laboratorial a fim de que sinais confirmatórios sejam identificados na visualização por microscopia.

A partir da confirmação de um quadro de câncer de pâncreas é realizado o estadiamento do tumor, que permite avaliar o estágio de evolução da condição.

Normalmente, é realizado pelo sistema TNM, que avalia o tamanho do tumor, se houve disseminação para linfonodos ou formação de metástases. Por esse processo é possível estabelecer as melhores opções de tratamento para o quadro.

Como é feito o tratamento?

A opção de tratamento mais utilizada nos quadros de câncer de pâncreas é a ressecção cirúrgica do tumor. Isso porque a cirurgia seria o tratamento  mais indicado para aumentar as chances de cura para o paciente.

Apesar disso, outras terapias podem ser úteis para favorecimento do tratamento, como radioterapia e quimioterapia. Em alguns casos, podem atuar contribuindo para alívio dos sintomas, como dores e outros desconfortos.

É importante ressaltar que o diagnóstico do câncer de pâncreas deve ser realizado precocemente, por isso, se houver qualquer sintoma, procure um atendimento médico o quanto antes.

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