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Câncer de ânus: quais são os principais sintomas?

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O câncer de ânus é um dos tipos mais raros de cânceres catalogados mundialmente. Porém, nos últimos anos vem aumentando o número de casos, se tornando mais comum, principalmente em mulheres.

O sistema digestivo se inicia na boca, e é seguido pelo esôfago, estômago, intestino delgado e grosso. O intestino grosso, por sua vez, se inicia no ceco e termina no ânus.

Esse é o sistema responsável pela digestão dos alimentos. Para que o processo ocorra, o sistema digestivo também conta com tecidos e órgãos anexos, como dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas.

Esses órgãos auxiliam no processo digestivo por meio da ação mecânica, produção de enzimas e secreção de hormônios.

O alimento passa por todo esse trajeto para que seja digerido e o bolo fecal firme e consistente seja formado. Em alguns casos, pode haver diarreia (fezes líquidas ou pastosas) e constipação (prisão de ventre), em virtude de quadros infecciosos, de intoxicação alimentar, enjoos e diminuição do apetite.

O ânus, consiste, então, em um orifício exterior por onde fezes e gases são exteriorizados do corpo. O canal anal é composto, basicamente, por dois esfíncteres (interno e externo) e ambos são estruturas musculares, capazes de contrair provocando o fechamento e relaxar, para promover a abertura do canal.

Geralmente, o câncer de ânus surge na porção exterior do orifício e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é um tipo de câncer raro e que representa cerca de 1% de todos os tumores que surgem no cólon e reto, as porções do intestino grosso.

Apesar de ser incomum, é sempre importante se atentar aos sintomas e procurar um médico se surgirem. Isso porque, cânceres de maneira geral, quando diagnosticados em seu estágio inicial, têm um prognóstico mais eficiente.

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O que é o câncer de ânus e como ele surge?

O câncer de ânus, assim como os outros tipos de câncer, surge a partir de mutações no DNA das células. A alteração no material genético desregula o processo de proliferação celular normal e faz com que as células se dividam desordenadamente.

Essa divisão exagerada, progressivamente, forma uma pequena massa ou pólipo nas bordas exteriores do canal anal, que evolui para um tumor.

A forma mais comum de câncer de ânus identificada é o carcinoma epidermoide, que surge no tecido epitelial, mais especificamente nas células escamosas.

Existem alguns fatores que predispõem a formação dessas alterações genéticas, dentre as quais podem ser citadas:

  • Tabagismo (hábito de fumar);
  • Infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e vírus da imunodeficiência humana (HIV);
  • Outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como clamídia, gonorreia e herpes genital;
  • Pacientes em utilização de imunossupressores;
  • Fístula anal crônica;
  • Mulheres com histórico positivo para câncer de colo de útero, de vagina ou vulvar;
  • Higiene precária e irritação crônica do ânus.

Alguns dos fatores citados estão relacionados à hábitos de vida. Portanto, a mudança de alguns hábitos, como a cessação do tabagismo, prevenção à infecção pelo HPV por meio da vacinação, higiene adequada e utilização de preservativos durante o ato sexual, pode ser útil para prevenir o surgimento do câncer de ânus.

Quais são os sintomas de câncer de ânus?

O câncer de ânus, assim como os outros tipos de câncer, pode ser silencioso e demorar para que algum sintoma surja. Além disso, quando aparece, a sintomatologia pode ser inespecífica.

O paciente pode apresentar emagrecimento acentuado não intencional, fadiga, náuseas, dor e desconforto locais persistentes e até mesmo febre. Contudo, alguns sinais mais específicos são notados pelo paciente, como:

  • Hematoquezia: sangramentos anormais que podem ser visualizados nas fezes ou durante a higiene;
  • Dor perianal durante a evacuação;
  • Necessidade de esforço evacuatório;
  • Alteração do hábito intestinal, podendo alternar entre constipação (prisão de ventre) e diarreias;
  • Desconforto abdominal;
  • Incontinência fecal: incapacidade de controlar a saída de fezes;
  • Tenesmo retal: vontade intensa e recorrente de evacuar, mas com a sensação de que a evacuação não foi completa;
  • Aumento do tamanho local ou próximo do ânus;
  • Coceira;
  • Ardor;
  • Feridas na região;
  • Secreções anormais.

Todos esses sinais podem surgir durante o processo de evolução do câncer, sendo os mais comuns o sangramento anal vivo durante a evacuação, associado a dor na região do ânus.

Em caso de aparecimento, um médico oncologista deve ser consultado para a realização de exames investigativos e implementação do tratamento precoce.

Quais são as possibilidades de tratamento?

Como foi dito, quando descoberto em suas fases iniciais o câncer de ânus possui maiores chances de cura. Após a confirmação diagnóstica, o tamanho, localização e extensão do tumor devem ser identificados para que a melhor opção de tratamento seja escolhida.

O tratamento pode ser clínico, expectante para acompanhar a evolução do tumor durante um período, ou cirúrgico que prevê a retirada total para impedir que ele avance. Durante esse procedimento, sob efeito de anestésicos, o paciente não sente dor.

Porções do ânus muitas vezes são retiradas para que as chances de recidiva sejam diminuídas. Além disso, quimioterapia e radioterapia podem ser associadas ao tratamento para tornar o processo mais eficiente.

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