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Câncer de cólon: o que é e quais podem ser suas complicações?

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O câncer de cólon ocorre na porção colônica do intestino. Essa região pertence, mais especificamente, ao intestino grosso, subdividido em quatro partes, o ceco, cólon, reto e ânus. Já o intestino delgado, compreende duodeno, jejuno e íleo.

A estrutura do cólon é semelhante à dos outros órgãos tubulares do sistema gastrointestinal. Na sua composição tecidual, os cólons possuem as camadas:

  • Mucosa: representa o revestimento epitelial do tubo e também produz muco;
  • Submucosa: contém vasos sanguíneos, tecido conjuntivo e gordura;
  • Muscular: responsável por promover o trânsito fecal através do intestino;
  • Serosa: composta de tecido conjuntivo frouxo e mesotélio.

Essa porção do intestino mede cerca de um metro e cinquenta centímetros (1,5m) e é subdividido em outras quatro porções: ascendente, transversa, descendente e sigmoide.

Fica localizada, em sua maior parte, no interior da cavidade abdominal e é responsável, basicamente pelo armazenamento e transporte do bolo fecal, bem como a absorção de íons, como sódio, potássio e cloreto, e água, a fim de tornar as fezes mais firmes e espessas.

Além do câncer, essa porção do intestino também está suscetível à outras formas de doenças, dentre as quais podem ser citadas:

  • Doença de Chron;
  • Retocolite ulcerativa;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Torções de alça;
  • Constipação (prisão de ventre);
  • Diarreia.

Cada uma dessas doenças tem origem e repercussões clínicas diferentes, assim como o câncer de cólon. Apesar disso, são passíveis de serem tratadas ou ao menos controladas, para melhoria da qualidade de vida do paciente, a partir de uma terapêutica eficaz implementada pelo médico responsável.

Quer saber mais sobre câncer de cólon? Então, acompanhe esse texto!

O que é o câncer de cólon?

O câncer de cólon, assim como os outros tipos, surge a partir de mutações no material genético das células. Essas alterações desencadeiam proliferações celulares desordenadas, que progressivamente formam uma pequena lesão ou pólipo.

No cólon, o câncer surge na parede do tubo intestinal e, gradativamente, com a divisão celular em descontrole, a massa cancerosa evolui para um tumor.

O processo tumoral pode se expandir a ponto de prejudicar o órgão ou tecido no qual se localiza, ou até mesmo crescer e atingir estruturas adjacentes. Os tumores podem ser de comportamento benigno, menos danoso para o organismo, ou de caráter maligno.

Tumores malignos possuem características específicas, como uma alta taxa de replicação celular, crescimento acelerado e comportamento agressivo e invasivo. Geralmente, cânceres dessa natureza são mais danosos ao organismo.

Apesar do crescimento acelerado mais comum, em alguns casos, o câncer de cólon evolui de maneira silenciosa, sem gerar sinais significativos para o paciente, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.

Diversos estudos afirmam que o câncer, quando descoberto em seu estágio inicial aumenta a taxa de sobrevida do paciente e torna o prognóstico melhor. Isso porque, quanto maiores as opções de tratamento, maior é a chance de cura.

Existem fatores que contribuem para o surgimento do câncer de cólon, como:

  • Alimentação irregular, pobre em fibras e rica em alimentos embutidos e processados;
  • Histórico familiar positivo para câncer de intestino;
  • Doenças inflamatórias intestinais (Doença de Chron e Retocolite ulcerativa);
  • Tabagismo (hábito de fumar);
  • Etilismo (consumo de bebidas alcoólicas);
  • Longos períodos sem evacuar;
  • Sedentarismo (falta de atividade física).

Apesar de todos esses fatores, existe a possibilidade de prevenção a partir da mudança de alguns hábitos de vida, como alimentação saudável, prática regular de atividade física e cessação do tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

Além disso, com o avanço da tecnologia e ciência, técnicas de rastreio possibilitam o diagnóstico precoce, mesmo que não haja recorrência de sintomas, principalmente para pacientes com histórico familiar positivo para câncer de cólon.

Quais são as possíveis complicações do câncer de cólon?

A descoberta do câncer de cólon em estágios tardios permite que o tumor cresça descontroladamente, gerando uma série de repercussões clínicas para o paciente. Dentre as mais comuns estão:

  • Obstrução intestinal: abrange cerca de 24% dos casos de câncer de cólon, a massa tumoral pode crescer a ponto de interferir no trânsito intestinal, de flatulências (gases) e fezes, e com isso gerar acúmulos no interior da cavidade intestinal;
  • Perfuração do intestino: é a segunda complicação mais comum. Em alguns casos, a obstrução pode aumentar a pressão no interior do intestino, devido à presença da massa tumoral e acúmulo de fezes, a ponto de distender e romper a parede;
  • Hemorragia: o paciente pode apresentar constantes episódios de sangramentos que podem ser identificados nas fezes, que em casos crônicos, pode acarretar quadros de anemia;
  • Metástases: o tumor pode se desenvolver a ponto de células cancerosas se desprenderem e se fixarem em locais diferentes do de origem, como fígado e pulmão, iniciando um novo sítio do processo tumoral;
  • Choque séptico: o rompimento da parede intestinal pode deslocar fezes para o interior da cavidade abdominal, propiciando o início de um quadro infeccioso potencialmente perigoso.

Esses sinais evidenciam estágios avançados do câncer de cólon e indicam urgência da necessidade do conhecimento profissional médico especializado a respeito do quadro.

Quais são os sintomas do câncer de cólon que podem surgir?

O câncer de maneira geral, possui sintomatologia inespecífica, porém a hipótese pode ser levantada diante de alguns sinais clínicos. O paciente pode apresentar emagrecimento acentuado, dores persistentes, fadiga e até mesmo febre, como sintomas gerais.

Dentre os sintomas mais específicos, estão:

  • Dor local ou difusa;
  • Desconforto abdominal;
  • Hematoquezia: sangramento vivo que pode ser visualizado nas fezes;
  • Alteração do padrão intestinal, podendo alternar entre constipação (prisão de ventre) e diarreia;
  • Evacuações dolorosas, associadas a necessidade de esforço evacuatório;
  • Afinamento das fezes.

Todos esses sinais são sugestivos de quadros de câncer de cólon, portanto um médico oncologista deve ser consultado.

Existe tratamento para câncer de cólon?

Sim, existem opções para tratar o câncer de cólon que dependem do tamanho, localização e extensão do tumor. Dentre elas, a cirurgia oncológica para a retirada do tumor pode ser mais indicada, visto que viabiliza a interrupção do crescimento tumoral e avanço da doença.

A cirurgia pode demandar a retirada de porções do intestino, porém pode ser reconstituído e o trânsito intestinal restabelecido. Além disso, quimioterapia e radioterapia podem ser indicadas, inclusive em associação com o tratamento cirúrgico.

Após o tratamento, o médico oncologista deve ser regularmente consultado para acompanhamento do paciente, a fim de identificar possíveis recidivas do câncer de cólon.

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