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Câncer de pâncreas: o que é e quais são suas possíveis complicações

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O câncer de pâncreas, assim como outros tipos de câncer, consiste em uma condição complexa. É um desafio para a ciência e compreensão de seus métodos diagnósticos e formas de tratamento.

O pâncreas é um órgão que mede cerca de 15 a 25 cm de comprimento, de função glandular – secreta substâncias e enzimas que atuam em diversas reações do corpo.

Possui função mista, ou seja, endócrina, que produz substâncias a serem lançadas na própria corrente sanguínea, e exócrina, que produz substâncias a serem lançadas no sistema digestivo.

O órgão fica localizado na parte superior da cavidade abdominal, no retroperitônio, mais especificamente situado atrás do estômago. Pode ser dividido em três porções que são denominados cabeça, corpo e cauda do pâncreas.

O tecido pancreático é composto por uma grande diversidade celular, dentre as células que o compõem podemos citar:

  • Células PP;
  • Células alfa;
  • Células beta;
  • Células delta.

Elas têm como funções básicas a produção do suco pancreático, rico em enzimas como lipase, amilase e tripsina, que atua na digestão alimentar, além de outros hormônios muito importantes, como insulina, glucagon e somatostatina.

A insulina e glucagon produzidos pelo pâncreas são responsáveis pela regulação da glicemia, o nível de glicose que circula na corrente sanguínea. A insulina atua no processo de introdução da glicose nas células, retirando da corrente sanguínea, e o glucagon realiza o contrário, basicamente.

A deficiência de insulina no organismo pode provocar picos de hiperglicemia, grande quantidade de glicose na corrente sanguínea, e desencadear quadros diabéticos.

Além disso, outras condições por mau funcionamento do órgão são inflamações (pancreatite), deficiência digestiva e câncer de pâncreas.

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O que é câncer de pâncreas e como ele se desenvolve?

Câncer ou tumores malignos surgem em decorrência de mutações no material genético da célula. Essa alteração no DNA desencadeia um processo de reprodução celular inadequado. As células passam a se dividir desordenadamente formando uma pequena massa ou pólipo, que evolui para o tumor.

Esse tumor pode se expandir, agressivamente, e interferir no funcionamento normal do órgão no qual se localiza, ou até mesmo invadir outros tecidos e estruturas vizinhas.

No pâncreas, não é diferente. Com essa diversidade de tipos celulares, o órgão está suscetível, assim como os outros, a desenvolver um processo tumoral maligno.

A forma mais comum de manifestação é o adenocarcinoma (do tipo glandular) e pode se desenvolver nas três porções do órgão, porém é mais comum na porção correspondente à cabeça.

O tumor pode desregular o funcionamento normal do pâncreas e interferir em diversos processos metabólicos do corpo.

Assim como outros tipos de câncer, o pancreático geralmente se manifestar por uma sintomatologia inespecífica, como fraqueza, emagrecimento, dor abdominal, náuseas e vômitos. Esses sinais pouco precisos podem aparecer tardiamente e dificultar o diagnóstico precoce.

Existem alguns fatores de risco que favorecem a formação do câncer de pâncreas, como predisposição genética, hábitos de vida e outras condições. Dentre eles podemos citar:

  • Hereditariedade;
  • Tabagismo;
  • Alcoolismo (alto consumo de álcool);
  • Diabetes mellitus;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Ser portador de pancreatite crônica ou possuir casos no histórico familiar;
  • Exposição a substâncias carcinogênicas.

Portanto, dentre as possibilidades de prevenção, podemos citar a alteração de hábitos de vida. A prática regular de atividade física e uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes e verduras, podem ser grandes aliados na prevenção da obesidade e, com isso, diminuir a chance de desenvolvimento dessa condição.

Além disso, a cessação do tabagismo e da ingestão de álcool, podem atuar também na prevenção do desenvolvimento do câncer de pâncreas.

Quais são as possíveis complicações do câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas pode provocar complicações para o organismo de acordo com seu tamanho, taxa de crescimento e porção do órgão em que se localiza.

Quando o tumor se localiza na cabeça do pâncreas, ele pode crescer a ponto de obstruir o ducto biliar. Este ducto é por onde a secreção biliar é liberada na cavidade intestinal e possibilita a digestão das gorduras e dos óleos.

Um dos sintomas que pode aparecer precocemente, a partir da obstrução do ducto biliar e retenção da bile é a icterícia, amarelamento da pele, olhos e mucosas, podendo estar associada a prurido (coceira).

Outra complicação possível do quadro de câncer de pâncreas é o desenvolvimento de diabetes.

Isso porque, o órgão é responsável pela produção de insulina, hormônio responsável por diminuir a concentração de glicose no sangue, e, quando comprometida, a glicemia do paciente pode aumentar significativamente.

Além disso, o câncer de pâncreas altera a produção normal de algumas enzimas componentes do suco pancreático. Esse composto é liberado na porção duodenal do intestino delgado e auxilia na digestão do bolo alimentar.

A má digestão predispõe a quadros de hipovitaminose (queda na absorção de vitaminas), anemia, alteração do padrão intestinal e fezes gordurosas.

Como é feito o tratamento do câncer de pâncreas?

O diagnóstico precoce de cânceres, o que inclui o câncer de pâncreas, permite um prognóstico mais eficiente e uma maior gama de possibilidades terapêuticas. O tratamento depende do estágio e localização do tumor, avaliando as possíveis vantagens e desvantagens de cada opção.

Pode ser feito por meio de quimioterapia e radioterapia, isoladas ou associadas, prévia ou posteriormente a procedimentos cirúrgicos. Dentre as possibilidades cirúrgicas, está prevista a ressecção parcial ou total do órgão, avaliada pelo médico que acompanha o caso.

Além disso, o tratamento pode ser associado a terapias adjuvantes, como hormonioterapia e imunoterapia, de acordo com cada quadro e indicação para o paciente, e deve ser realizado com acompanhamento por profissionais e equipe especializados na área de oncologia, incluindo médicos, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. Assim, apresenta um melhor prognóstico.

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