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Câncer gástrico: quais são os principais sintomas?

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O câncer, ou neoplasia maligna, também como pode ser denominado, é uma condição desafiadora para a ciência nos dias atuais. A sua diversidade de manifestação de pode variar desde câncer gástrico à de bexiga, de ossos ou fígado.

O tumor gástrico é o câncer que se manifesta no estômago. É o terceiro tipo mais comum que acomete homens e o quinto em mulheres.

O estômago é um órgão que faz parte do sistema digestivo e é responsável por transformar o bolo alimentar em quimo (uma massa pastosa de caráter ácido). Tem o formato de bolsa, por isso pode armazenar os alimentos para o processo de digestão.

O estômago é dividido em quatro regiões, possui esfíncteres, estruturas musculares nas extremidades, que servem para controlar o trânsito alimentar em seu interior. Tem composição e funções diversas.

As principais células que compõem o estômago são:

  • Da mucosa de superfície: secretam a substância ácida;
  • Tronco: substituem as células que são agredidas;
  • Oxínticas ou parietais: produzem o fator intrínseco e secretam ácido clorídrico;
  • Principais ou zimogênicas: secretam pepsinogênio e a enzima lipase;
  • Enteroendócrinas: liberam gastrina.

O câncer gástrico, assim como os outros tipos de cânceres, surge em decorrência de mutações no material genético celular. Essa alteração no DNA provoca uma proliferação desordenada e agressiva das células que, ao longo do tempo, pode formar uma pequena massa com evolução progressiva para um tumor.

De acordo com a taxa de evolução e crescimento do tumor, pode agredir o órgão no qual se localiza ou se expandir a ponto de invadir e prejudicar estruturas vizinhas ou a distância. Por se tratar de uma condição de evolução lenta e gradativa, muitas vezes o câncer é detectado tardiamente.

Apesar disso, existem métodos e outras tecnologias para o diagnóstico e tratamentos precoces, que aumentam a taxa de sobrevida e promovem um prognóstico mais eficiente.

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Como o câncer gástrico se desenvolve?

Como foi dito, cânceres surgem em virtude de mutações no DNA das células. No estômago não é diferente e existem alguns fatores que predispõem o indivíduo a desenvolver essa condição.

Dentre os fatores de risco conhecidos para desenvolvimento de câncer gástrico existem a hereditariedade, os hábitos de vida e exposição a substâncias carcinogênicas. Podem ser citados, ainda:

  • Ser do sexo masculino;
  • Idade superior a 50 anos;
  • Obesidade;
  • Alcoolismo;
  • Tabagismo;
  • Alto consumo de sal, alimentos defumados e embutidos;
  • Histórico familiar positivo para câncer de estômago;
  • Exposição à radiação ionizante, compostos químicos, como benzeno;
  • Doenças prévias como anemia perniciosa, gastrite crônica, metaplasia intestinal, infecções pela Helicobacter pylori.

Todos esses fatores tornam o indivíduo mais suscetível a desenvolver alterações genéticas que desencadeiam o processo tumoral.

No estômago, o tumor pode surgir na parede da cavidade e evoluir gradativamente até que desperte alguns sinais para o paciente. O tipo histológico mais comum do câncer gástrico é o adenocarcinoma, neoplasia maligna de caráter glandular.

Outras formas, que podem surgir em casos mais raros, são os tumores estromais do trato gastrointestinal – GIST (ocorre nas estruturas musculares que compõem o estômago) ou linfomas no tecido linfático.

Existem alternativas para prevenir cânceres de maneira geral, incluindo o câncer gástrico. Dentre elas, mudanças nos hábitos de vida podem ser aplicadas para diminuir a chance de desenvolvimento dessa condição. Como exemplo podem ser iniciadas a prática regular de atividade física e uma dieta rica em verduras, legumes e frutas, com maior ingestão de fibras, vitaminas ou minerais e redução do consumo de sal.

Dessa forma, promove-se a perda de peso, melhoria do condicionamento cardiovascular, além de prevenir o surgimento de cânceres e condições como diabetes. Outras opções são a cessação do consumo de álcool e do hábito de fumar, que atuam como fortes fatores de risco.

Quais são os sintomas do câncer gástrico?

Assim como os outros tipos de tumor, o câncer gástrico pode demorar para provocar sintomas. Além disso, quando provoca, pode se manifestar por meio de uma sintomatologia inespecífica.

Dentre eles podem surgir dores abdominais persistentes, emagrecimento acentuado não intencional, sangramentos anormais, febre, cansaço e outros.

Porém, alguns sinais mais específicos podem surgir, o que desperta o olhar médico para a possibilidade de se tratar de um câncer gástrico. Os sintomas que podem surgir são:

  • Melena: fezes escurecidas, malcheirosas, com aspecto de semelhante a borra de café, em decorrência do sangramento no trato digestivo;
  • Anemia;
  • Refluxo, indigestão e desconforto estomacal;
  • Hiporexia: redução do apetite;
  • Sensação de empachamento após refeições;
  • Náuseas e vômitos;
  • Massa palpável na porção superior do abdome.

Esses sinais podem surgir de acordo com o estágio e evolução da massa tumoral, ou seja, vai depender do grau de comprometimento do organismo devido a presença do câncer gástrico.

O estadiamento do tumor também auxilia na definição das melhores opções de tratamento.

Como é o diagnóstico e tratamento do câncer gástrico?

Assim como os outros tipos de processo tumoral, é recomendado que o câncer gástrico seja diagnosticado precocemente.

A investigação parte da análise da história clínica sugestiva, do exame físico, avaliação laboratorial e exames de imagem. O diagnóstico é confirmado a partir da biópsia colhida por meio do exame de endoscopia digestiva alta (EDA). Esse exame permite que o médico visualize toda a extensão do esôfago e estômago, além de possibilitar a coleta de amostras para serem visualizadas no microscópio.

A partir da confirmação, pode ser solicitada uma tomografia computadorizada para se estimar a extensão do tumor.

O tratamento de escolha depende do grau de extensão, localização, se existe comprometimento de estruturas vizinhas e avaliação das vantagens e desvantagens de cada terapêutica implementada.

A cirurgia pode ser uma opção de tratamento para câncer gástrico. A remoção do tumor pode implicar na retirada de porções ou até mesmo completa do órgão dependendo da sua extensão, em um procedimento conhecido como gastrectomia.

A quimioterapia e a radioterapia podem ser indicadas antes, para interromper ou diminuir o crescimento do tumor, e depois da cirurgia para diminuir chances de recidiva.

Além disso, a imunoterapia também pode ser indicada em alguns quadros para um prognóstico mais eficiente. O tratamento deve ser implementado e acompanhado por uma equipe multidisciplinar especializada em oncologia.

Portanto, é importante ter atenção aos sinais e sintomas para que, em casos de suspeita, o câncer gástrico seja detectado e diagnosticado precocemente. Dessa forma, será tratado precocemente e o prognóstico pode ser mais favorável.

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