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Carcinoma basocelular: sintomas do tipo mais comum de câncer de pele

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O câncer de pele é o que mais afeta os brasileiros, registrando milhares de casos anualmente. A alta incidência é explicada pela exposição excessiva ao sol, comum aos países tropicais, e pelo baixo uso de protetores solares, ainda que nos últimos anos a importância dessa proteção tenha sido bastante difundida, justificada, inclusive, pelas alterações climáticas, elemento que contribuiu para o aumento dos índices.

O carcinoma basocelular é o que ocorre com mais frequência. Começa nas células basais, quando mutações nessas células (erros de DNA), resultam no crescimento desordeno delas e, ao longo dos anos, em câncer.

Por ser de crescimento lento geralmente é detectado e tratado precocemente, por isso, as chances de cura são bastante altas, muitas vezes de 100%. Para facilitar o diagnóstico precoce, entretanto, é importante a observação de alguns sintomas característicos da doença.

Continue a leitura até o final, saiba quais são os principais e conheça mais sobre esse tipo de câncer, das causas ao tratamento.

O que causa o carcinoma basocelular?

A causa exata do carcinoma basocelular ainda é desconhecida até o momento, no entanto, os danos ao DNA das células basais são principalmente atribuídos a alta exposição à radiação ultravioleta (UV), encontrada na luz do sol e em equipamentos de bronzeamento artificial.

Alguns fatores aumentam o risco para o desenvolvimento, assim como podem motivar a ocorrência, independentemente da exposição excessiva. Os principais incluem:

  • tipo de pele: pessoas com a pele clara, sardas e facilidade para queimar, cabelos ruivos, loiros ou olhos claros, são mais propensas ao desenvolvimento de carcinoma basocelular quando comparadas às de tons mais escuro, que têm menores chances;
  • idade: é mais frequente em pessoas acima dos 50 anos, embora nos últimos anos a ocorrência entre pessoas mais jovens esteja aumentando;
  • histórico pessoal ou familiar: quando há histórico familiar o risco para esse e outros tipos de câncer de pele é maior;
  • imunossupressão: o risco também é maior para pacientes cronicamente imunossuprimidos, como os portadores de HIV ou submetidos a transplantes de órgãos;
  • radioterapia: o tratamento por radioterapia para outras doenças da pele pode aumentar o risco de carcinoma basocelular nos locais tratados;
  • sexo: os homens são duas vezes mais afetados do que as mulheres, principalmente pelo aumento da exposição recreativa e ocupacional ao sol;
  • síndromes hereditárias que causam câncer de pele;
  • lesões na pele, inflamação ou infecção.

Saiba quais são os sintomas de carcinoma basocelular

Geralmente as partes mais expostas ao sol, como cabeça e pescoço, são as mais afetadas pelo carcinoma basocelular e, as mãos, com menor frequência. No entanto, também ocorre em partes protegidas, como os órgãos genitais, apesar de a ocorrência ser mais rara.

Esse câncer de pele pode ter diferentes aparências:

  • feridas abertas;
  • manchas vermelhas;
  • protuberâncias rosadas;
  • protuberâncias brilhantes;
  • cicatrizes ou protuberâncias com bordas arredondadas ligeiramente elevadas ou com reentrância;
  • podem formar crostas, coçar ou sangrar;
  • em peles mais escuras, tendem a ser pigmentados, de cor marrom.

Existem diferentes tipos de carcinoma basocelular, com comportamentos biológicos distintos, assim como a aparência pode variar em diferentes pessoas. O mais comum deles é o nodular, que se apresenta como uma protuberância redonda e cor da pele, com pequenos vasos dilatados. Já o tipo infiltrativo, mais agressivo, possui margens menos aparentes.

Outros são o micronodular, com aparência branco-amarelado quando esticado, o superficial, que ocorre principalmente no tronco ou nos ombros e aparece como uma placa ou mancha eritematosa bem circunscrita, além do morfema, com aparência de placa esclerótica branca ou amarela, que raramente causa ulceração.

Embora o carcinoma raramente se espalhe para outras regiões (metástase) e geralmente seja totalmente curado quando diagnosticado precocemente, é importante a atenção a qualquer alteração na pele, em manchas já existentes ou novos crescimentos. Se não for adequadamente tratado, pode causar desfiguração do local, assim como há maiores chances de se espalhar.

Como é feito o diagnóstico do carcinoma basocelular?

O primeiro passo para diagnosticar o carcinoma basocelular é o exame físico com avaliação da pele de todo o corpo, do histórico clínico e saúde geral do paciente.

Durante a consulta o dermatologista pode realizar a dermatoscopia, um exame não invasivo com a utilização de um aparelho chamado desmatoscópio, que possibilita a ampliação da lesão em até 400x, permitindo uma avaliação mais detalhada inclusive da estrutura interna da pele.

O dermatoscópio é posicionado diretamente sobre a área afetada e emite um feixe de luz facilitando a observação. Alguns aparelhos são conectados a computadores, o que proporciona o armazenamento das imagens para avaliação posterior pelo dermatologista.

Geralmente é realizada uma biópsia para determinar o tipo histológico das lesões. A partir dos resultados diagnósticos é definido o tratamento mais adequado em cada caso.

Como o carcinoma basocelular é tratado?

O tratamento prevê a remoção de todo o tumor com uma margem de segurança do tecido normal em torno dele. A cirurgia costuma ser simples, realizada em clínicas especializadas ou consultórios médicos, com o uso de anestesia local.

Em alguns casos pode ser feita pela cirurgia de Mohs, procedimento que prevê a remoção das células por camadas, em diferentes etapas. Podem ser necessárias reconstruções com retalhos devido ao defeito causado pela retirada do local acometido, e, por isso, o médico especialista em câncer de pele é mais qualificado para realizar o procedimento.

A radioterapia também pode ser aplicada em estágios mais avançados e lesões mais extensas, ou em pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia. Pode ser associada a outros tratamentos.

A segmentação do tratamento prevê consultas a cada três meses para acompanhamento nos casos em que o câncer basocelular espalhou para outros órgãos e o rastreamento de novos cânceres de pele quando as lesões foram mais simples, semestralmente ou anualmente, durante toda a vida.

Os pacientes são orientados, ainda, para o autoexame e para o uso constante de proteção solar.

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