Oncológica Manaus | WhatsApp

O que é câncer de apêndice e quais são suas possíveis complicações?

Por

O câncer de apêndice surge, como o próprio nome diz, no apêndice cecal, um pequeno órgão que fica localizado na extremidade inferior direita do abdome, mais especificamente no início da porção colônica do intestino. Pode medir cerca de 5 a 10 centímetros, possui uma abertura que se comunica com a luz do intestino e fundo cego, de formato cilíndrica, atuando como uma bolsa.

Popularmente, o apêndice é conhecido como uma estrutura disfuncional, ou seja, seu papel no funcionamento do organismo não é muito bem esclarecido.

Apesar disso, algumas teorias sugerem que atua no sistema de defesa, mas sem evidências confirmatórias. Ainda que pouco atuante nas funções diversas do organismo, o apêndice possui alto potencial inflamatório e irritativo.

Além do quadro de câncer, no apêndice é muito comum surgirem outros, como a apendicite aguda, na qual o paciente sente intensa dor na região inferior direita do abdome, além de febre, perda de apetite e presença de vômitos.

Esse quadro surge devido a obstrução da luz do apêndice por um fecálito, cálculo biliar, parasita, corpo estranho, linfonodo ou até mesmo tumorações.

A obstrução favorece o acúmulo de secreções, bactérias e pressão dentro do canal e, consequentemente, provoca as dores e outros sinais clínicos devido à inflamação.

Nesses casos, a intervenção mais comum é a apendicectomia, ressecção total do apêndice por vias cirúrgicas. Esse procedimento não traz repercussões para a vida do paciente, visto que a função do apêndice não é muito bem elucidada.

Falando sobre o câncer de apêndice, apesar de ser uma condição rara, pode trazer complicações significativas para a qualidade de vida do paciente quando descoberto tardiamente ou não tratado.

Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes, para que o prognóstico seja mais eficiente e as chances de cura sejam maiores.

Se interessou pelo tema? Então acompanhe o nosso texto para saber mais!

O que é o câncer de apêndice?

O câncer de apêndice surge em consequência de mutações no material genético das células, que desencadeiam um processo de divisão celular desordenado.

As células passam, então, a se dividir rapidamente e em descontrole, o que promove a formação de uma pequena massa ou pólipo na parede do apêndice, semelhante ao que ocorre nos quadros de outros cânceres do sistema digestivo, como gástrico, de cólon ou de reto.

Gradativamente, forma-se um tumor que se expande de acordo com a taxa de divisão celular e caráter do comportamento tumoral. Tumores benignos tendem a evoluir mais lentamente, sem grandes repercussões.

Já tumores de comportamento maligno crescem de maneira mais acelerada e agressiva, ou seja, num curto espaço de tempo, o que pode trazer repercussões clínicas mais significativas para o paciente.

Existem vários tipos de câncer de apêndice, de acordo com o tipo células que tiveram o material genético mutado. Dentre os mais comuns, estão:

  • Adenocarcinoma do apêndice;
  • Tumor carcinoide;
  • Neoplasias mucinosas;
  • Carcinoma de células caliciformes.

Os pacientes com câncer de apêndice podem permanecer assintomáticos por longos períodos. Porém, em outros casos, os sintomas podem surgir e dentre os mais comuns estão:

  • Dores e desconforto abdominal;
  • Surgimento de tumoração na região inferior direita do abdome, correspondente à localização do apêndice;
  • Náuseas e vômitos;
  • Pode ser detectada a presença de sangue nas fezes.

Todos esses sinais clínicos podem sugerir o quadro de câncer de apêndice e devem ser investigados quando isso acontece. Vale ressaltar que podem aparecer associados ou de maneira isolada.

O câncer de apêndice, é um tipo de câncer classificado como raro, atinge mais comumente indivíduos na faixa de 40 a 50 anos, com maior prevalência em mulheres.

Dentre os fatores de risco, podem ser citados o tabagismo e histórico familiar positivo para câncer de apêndice. São esses fatores que contribuem para a formação de mutações no DNA, sejam elas herdadas geneticamente ou adquiridas.

Quais são as possíveis complicações?

O câncer de apêndice, quando detectado em estágios avançados ou quando não tratado adequadamente, pode evoluir com complicações que impactam diretamente na qualidade de vida do paciente.

Devido ao crescimento acentuado, o paciente pode apresentar emagrecimento não intencional significativo, podendo chegar a níveis de caquexia, quando a perda de peso envolve a massa muscular, além da adiposa.

O tumor pode chegar a obstruir a luz do canal do apêndice e provocar a formação de quadros de apendicite aguda, gerando os sinais clínicos comuns ao quadro. Além disso, o sistema imunológico do paciente fica debilitado, o que o torna mais suscetível a desenvolver quadros de infecção oportunista e, em casos de sangramento crônico, anemia associada.

Em quadros de evolução grave, pode ocorrer o processo de metastização. A formação de metástases consiste no desprendimento de células cancerosas que se alojam em novos sítios diferentes do de origem.

Isso promove a formação de um novo quadro canceroso em outro órgão, tecido ou estrutura, que pode evoluir e gerar repercussões para o organismo do indivíduo de maneira independente do sítio original.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

O médico deve suspeitar de câncer de apêndice a partir da apresentação dos sintomas sugestivos, como os citados acima. Além disso, pode detectar sinais clínicos durante o exame físico que aumentem a suspeita.

A partir disso, exames laboratoriais e de imagem são solicitados. Identificados exames e história clínica compatíveis com quadro de câncer de apêndice, pode ser solicitada a biópsia do material para confirmação do diagnóstico.

Confirmado, parte-se para o estadiamento do tumor , importante para identificação do estágio e avanço do processo canceroso. A partir disso, o tratamento pode ser iniciado de acordo com a verificação de vantagens e desvantagens para o paciente.

O processo cirúrgico, geralmente é indicado na maioria dos casos. Pode ser associado à quimioterapia e radioterapia para aumentar a eficiência do prognóstico.

Gostou do tema? Siga o link para saber mais sobre câncer de apêndice.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *