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O que é câncer de reto e quais são as possíveis complicações?

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O câncer de reto é uma das formas de câncer que ocorre no intestino grosso. A taxa de prevalência na população é alta, quando comparado à de outros tipos de cânceres.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse é terceiro tipo de câncer mais comum no mundo e estima-se que a cada triênio (2020-2022) surjam cerca de 40 mil casos no Brasil.

O reto é a porção final do intestino grosso e chega a medir cerca de 15 centímetros. Geralmente, permanece vazio, pois as fezes ficam armazenadas no cólon antes de serem evacuadas.

As camadas que compõem o intestino possuem diversas células que atuam para garantir o processo digestivo funcional e eficaz. Apesar disso, elas estão constantemente expostas e permanecem em contato direto com substâncias que ingerimos diariamente.

Isso predispõe ao desenvolvimento de diversas condições, que acometem o reto e todo o intestino grosso.

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O que é o câncer de reto?

Inicialmente, é preciso abordar como o câncer de reto surge. Assim como as outras formas de cânceres, o do tipo retal surge em decorrência de mutações no material genético celular.

Essas alterações no DNA, promovem uma proliferação exacerbada das células. A divisão desordenada resulta na formação de uma pequena massa ou pólipo na parede do intestino, que gradativamente evolui para um tumor.

O tumor surge na parede do tubo intestinal e pode crescer a ponto de gerar sinais significativos para o paciente. Apesar disso, alguns cânceres evoluem de maneira silenciosa e variável, provocando sintomas de acordo com o seu crescimento.

Dentre os sintomas que podem surgir, estão:

  • Emagrecimento repentino não intencional;
  • Fadiga e mal-estar;
  • Sangramento vivo nas fezes;
  • Alteração do padrão intestinal, podendo variar entre constipação e diarreia;
  • Desconforto abdominal;
  • Alteração no formato das fezes, tendendo a parecer mais finas;
  • Dor em região anal, principalmente na evacuação;
  • Tenesmo retal (vontade constante de evacuar, mas com a sensação de que o esvaziamento não foi completo);
  • Massa ou tumoração em região abdominal e anal.

Portanto, é necessário consultar um médico para realizar a investigação do caso se houver o surgimento de sintomas semelhantes.

Quais são os fatores de risco?

Existem alguns fatores que podem predispor o indivíduo a desenvolver câncer de reto. Eles atuam de forma a favorecer o surgimento de alterações no DNA e desencadear o processo tumoral. Dentre os mais estudados estão:

  • Idade superior a 50 anos;
  • Alimentação irregular, baixa ingestão de frutas, vegetais e alimentos ricos em fibras;
  • Baixo consumo de água, o que contribui para formação de fezes endurecidas e lesão da parede intestinal;
  • Possuir histórico positivo para cânceres intestinais, câncer de ovário, câncer de útero ou mama;
  • Ser portador de doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e retocolite ulcerativa;
  • Casos na família de câncer retal;
  • Contato com infecções sexualmente transmissíveis (IST), como HIV, HPV, clamídia, herpes genital;
  • Tabagismo e alcoolismo;
  • Exposição ocupacional à radiação ionizante;
  • Fístula anal crônica;
  • Obesidade e sedentarismo.

A grande maioria dos fatores estão ligados a hábitos de vida e, portanto, pode-se prevenir o câncer de reto a partir de algumas mudanças.

A ingestão de alimentos saudáveis, ricos em vitaminas, fibras e minerais, prática regular de atividade física e o consumo de água necessário para uma boa hidratação, podem ser grandes contribuintes na prevenção do câncer de reto.

Além desses, a cessação do hábito de fumar também pode proteger, visto que fumantes estão mais predipsotos a desenvolver câncer de reto e outras formas, como os de pulmão e rins. O consumo de bebida alcoólica também deve ser evitado.

Quais são as possíveis complicações?

A partir da evolução do câncer de reto, algumas complicações podem surgir. De forma geral, um câncer não tratado pode desencadear diversos quadros que tendem a interferir na qualidade de vida do paciente.

O tumor pode interferir no processo de nutrição e manutenção do peso. Além disso, o sangramento constante provoca a formação de quadros de anemia, potencialmente graves.

O crescimento do tumor, com o passar do tempo, pode chegar a obstruir o canal intestinal. Com isso, as fezes ficam retidas e imobilizadas, resultando em casos graves de constipação intestinal.

Além disso, o tumor pode evoluir a ponto de perfurar o intestino. Esse quadro desencadeia infecção nos órgãos presentes no abdome e nas membranas que os revestem, denominado peritonite.

Nesse processo, o paciente pode queixar-se de distensão abdominal, enjoos e vômitos, perda de apetite, diarreia, diminuição da quantidade de urina, sede e interrupção da eliminação de fezes e gases.

Além disso, o câncer pode evoluir a ponto de gerar metástases para outros órgãos e tecidos, sendo os mais comuns fígado, pulmão, sistema nervoso e ossos.

No processo de metastização, células cancerosas se desprendem do sítio original e migram para outro local pela corrente sanguínea ou linfática, onde desencadeiam a formação de um novo processo tumoral a distância.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

É importante ressaltar que cânceres de maneira geral, incluindo o câncer de reto, devem ser diagnosticados precocemente. Isso porque, quanto mais cedo é descoberto, melhor se torna o prognóstico do paciente.

O médico inicia a anamnese e desconfia de um quadro canceroso a partir da história clínica apresentada pelo paciente, constando os sintomas sugestivos.

A partir disso, alguns exames podem ser solicitados, tanto laboratoriais, como pesquisa de sangue oculto nas fezes, que também serve para rastreamento, quanto os de imagem, como colonoscopia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Identificadas as alterações nos exames solicitados, uma biópsia da lesão é solicitada e, confirmado o diagnóstico de câncer retal, é feito o estadiamento do tumor e então parte-se para a definição do tratamento de escolha, junto ao paciente.

Dentre as formas de tratamento, a cirurgia para ressecção do tumor é a mais utilizada. Apesar disso, quimioterapia e radioterapia podem ser utilizadas, associadas ou não ao tratamento cirúrgico do câncer de reto.

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