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Câncer anal: conheça os sintomas

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O câncer anal é uma condição rara, que representa, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 1% a 2% dos tumores colorretais, ou seja, que acometem a porção final do intestino, cólon e reto. É mais comum em indivíduos com mais de 60 anos e mais prevalente no sexo feminino.

Os cânceres de maneira geral, surgem em decorrência de mutações no material genético celular. Essas alterações no DNA promovem falhas no processo de divisão das células que passam a se multiplicar desordenadamente.

A reprodução celular em descontrole promove a formação de uma pequena massa ou pólipo, que pode crescer a ponto de se tornar um tumor.

O tumor pode evoluir silenciosamente ou provocar sinais e sintomas de acordo com sua evolução. Geralmente, tumores de comportamento maligno tendem a crescer de maneira mais acelerada e agressiva, o que pode resultar em mais danos e chamar a atenção do indivíduo mais rapidamente.

O intestino é dividido em duas porções principais, o delgado e o grosso. Esse último, é subdividido em segmentos, como ceco, a porção mais inicial, e cólons (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), seguidos por reto e ânus. Reto e ânus são estruturas diferentes e alguns cânceres podem, além de ocorrer em ambos, acometê-los isoladamente.

O reto é uma espécie de câmara retilínea, o que explica o nome, que mede cerca de 3 centímetros e é responsável pelo armazenamento das fezes antes de serem expelidas. Essa câmara termina no ânus, um órgão muscular em formato de anel, que permite o processo de evacuação das fezes. Nos casos de câncer anal, ele geralmente surge no canal ou na borda externa do ânus.

É importante realizar o diagnóstico precocemente, para que o tratamento e prognóstico do paciente sejam mais eficientes.

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Quais são os sintomas do câncer anal?

Como já foi dito, o câncer anal gera sintomas de acordo com a maneira que o tumor se comporta. Nos estágios iniciais, o paciente pode permanecer assintomático e não perceber que possui um quadro de câncer em desenvolvimento.

À medida que o processo tumoral se expande, alguns sinais clínicos podem despertar a preocupação do indivíduo. Dentre os que podem surgir, estão:

  • Hematoquezia: presença de sangue vivo nas fezes após a evacuação que, em geral, pode ser um dos primeiros sintomas a aparecer;
  • Alteração do padrão e ritmo intestinal: o paciente pode apresentar quadros de constipação (prisão de ventre) ou diarreia, de maneira alternada;
  • Aumento do volume ou identificação de nódulo na região anal e perianal;
  • Dores e desconforto anal, podendo ser mais prevalentes durante a evacuação;
  • Tenesmo: vontade constante de evacuar, mas com sensação de que o processo não foi completo;
  • Mudança no padrão das fezes, podendo parecer mais finas e estreitas;
  • Coceira e ardor;
  • Secreções incomuns;
  • Surgimento de ferimentos na região anal;
  • Incontinência fecal: incapacidade de conter a saída de fezes.

Todos esses sinais clínicos podem surgir de maneira isolada ou em associação. Em caso de surgimento, um médico oncologista deve ser consultado para esclarecimentos.

Isso porque, algumas condições que acometem o ânus podem repercutir de maneira semelhante clinicamente. Nos quadros de hemorroidas, por exemplo, dores persistentes, sangramentos, secreções incomuns, coceira e identificação de massa exteriorizada podem ser sintomas comuns.

Outros quadros que devem ser diferenciados de casos cancerosos, são fístulas e fissuras anais, que podem provocar dificuldades para evacuação adequada, sangramentos e dor na região anal e perianal.

Portanto, devido à similaridade dos diversos quadros, o câncer anal deve ser diferenciado e diagnosticado adequadamente, para que o tratamento mais indicado seja implementado.

Como os sintomas se comportam ao longo do curso da doença e tratamento?

Os sintomas do câncer anal podem progredir, regredir ou se manter estáveis, dependendo do comportamento do tumor, da taxa de evolução e responsividade à terapêutica. Durante o tratamento, podem diminuir de intensidade ou até mesmo desaparecer nos casos de eficácia da terapêutica iniciada.

Nos quadros em que o câncer cresce rapidamente, o sintoma de constipação, por exemplo, pode evoluir para uma forma mais complicada. Ou seja, o tumor se expandiu a ponto de dificultar a evacuação de maneira mais acentuada, mesmo que durante o tratamento.

Em casos de sangramentos contínuos, se não tratado, o paciente pode evoluir para quadros anêmicos, o que gera fadiga, cansaço e fraquezas. Dores anais e tenesmo podem ser intensificados.

Portanto, é extremamente importante realizar o acompanhamento contínuo com um médico oncologista, para averiguação da remissão dos sintomas e tentativas de abordá-los nos casos em que não ocorreu. Isso porque, o câncer repercute de maneira significativa na qualidade de vida do paciente.

Como são feitos diagnóstico, tratamento e recuperação?

A detecção precoce dos cânceres é um passo importante a ser dado para atingir tratamentos eficazes. O médico suspeita de câncer anal, a partir de sintomatologia apresentada pelo paciente que seja compatível com a hipótese.

Feitos os diagnósticos diferenciais e descartadas as hipóteses de hemorroidas e outras condições anais, parte-se para confirmação. Inicialmente, são feitos exames de toque, anuscopia e proctoscopia.

Esses exames permitem o estreitamento da sugestão de câncer anal, mas somente a biópsia pode confirmar o diagnóstico. Além disso, exames laboratoriais e de imagem também podem ser solicitados, para permitir a visualização da extensão do tumor e definir o tratamento.

Confirmado o diagnóstico, é feito o estadiamento do tumor para avaliar a extensão e comprometimento de outras estruturas e definir o tratamento mais adequado.

Dentre as opções de tratamento, a cirurgia pode ser indicada, contudo o principal tratamento para tumores do canal anal é com a realização de rádio e quimioterapia.

A recuperação do paciente dependerá do procedimento realizado e as recomendações serão feitas pelo médico responsável. Nos casos cirúrgicos, algumas restrições dietéticas e do cotidiano podem ser necessárias, bem como a utilização de equipamentos para uma melhor recuperação.

Prevenção do câncer anal

A maioria dos tumores de canal anal são causados por infecção do vírus HPV, que é sexualmente transmissível.

Hoje, as redes pública e privada oferecem vacinas para os subtipos de HPV que oferecem maior risco de desenvolvimento de câncer e verrugas. Essas vacinas, portanto, protegem as pessoas desse tipo de câncer.

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O que é câncer de apêndice e quais são suas possíveis complicações?

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O câncer de apêndice surge, como o próprio nome diz, no apêndice cecal, um pequeno órgão que fica localizado na extremidade inferior direita do abdome, mais especificamente no início da porção colônica do intestino. Pode medir cerca de 5 a 10 centímetros, possui uma abertura que se comunica com a luz do intestino e fundo cego, de formato cilíndrica, atuando como uma bolsa.

Popularmente, o apêndice é conhecido como uma estrutura disfuncional, ou seja, seu papel no funcionamento do organismo não é muito bem esclarecido.

Apesar disso, algumas teorias sugerem que atua no sistema de defesa, mas sem evidências confirmatórias. Ainda que pouco atuante nas funções diversas do organismo, o apêndice possui alto potencial inflamatório e irritativo.

Além do quadro de câncer, no apêndice é muito comum surgirem outros, como a apendicite aguda, na qual o paciente sente intensa dor na região inferior direita do abdome, além de febre, perda de apetite e presença de vômitos.

Esse quadro surge devido a obstrução da luz do apêndice por um fecálito, cálculo biliar, parasita, corpo estranho, linfonodo ou até mesmo tumorações.

A obstrução favorece o acúmulo de secreções, bactérias e pressão dentro do canal e, consequentemente, provoca as dores e outros sinais clínicos devido à inflamação.

Nesses casos, a intervenção mais comum é a apendicectomia, ressecção total do apêndice por vias cirúrgicas. Esse procedimento não traz repercussões para a vida do paciente, visto que a função do apêndice não é muito bem elucidada.

Falando sobre o câncer de apêndice, apesar de ser uma condição rara, pode trazer complicações significativas para a qualidade de vida do paciente quando descoberto tardiamente ou não tratado.

Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes, para que o prognóstico seja mais eficiente e as chances de cura sejam maiores.

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O que é o câncer de apêndice?

O câncer de apêndice surge em consequência de mutações no material genético das células, que desencadeiam um processo de divisão celular desordenado.

As células passam, então, a se dividir rapidamente e em descontrole, o que promove a formação de uma pequena massa ou pólipo na parede do apêndice, semelhante ao que ocorre nos quadros de outros cânceres do sistema digestivo, como gástrico, de cólon ou de reto.

Gradativamente, forma-se um tumor que se expande de acordo com a taxa de divisão celular e caráter do comportamento tumoral. Tumores benignos tendem a evoluir mais lentamente, sem grandes repercussões.

Já tumores de comportamento maligno crescem de maneira mais acelerada e agressiva, ou seja, num curto espaço de tempo, o que pode trazer repercussões clínicas mais significativas para o paciente.

Existem vários tipos de câncer de apêndice, de acordo com o tipo células que tiveram o material genético mutado. Dentre os mais comuns, estão:

  • Adenocarcinoma do apêndice;
  • Tumor carcinoide;
  • Neoplasias mucinosas;
  • Carcinoma de células caliciformes.

Os pacientes com câncer de apêndice podem permanecer assintomáticos por longos períodos. Porém, em outros casos, os sintomas podem surgir e dentre os mais comuns estão:

  • Dores e desconforto abdominal;
  • Surgimento de tumoração na região inferior direita do abdome, correspondente à localização do apêndice;
  • Náuseas e vômitos;
  • Pode ser detectada a presença de sangue nas fezes.

Todos esses sinais clínicos podem sugerir o quadro de câncer de apêndice e devem ser investigados quando isso acontece. Vale ressaltar que podem aparecer associados ou de maneira isolada.

O câncer de apêndice, é um tipo de câncer classificado como raro, atinge mais comumente indivíduos na faixa de 40 a 50 anos, com maior prevalência em mulheres.

Dentre os fatores de risco, podem ser citados o tabagismo e histórico familiar positivo para câncer de apêndice. São esses fatores que contribuem para a formação de mutações no DNA, sejam elas herdadas geneticamente ou adquiridas.

Quais são as possíveis complicações?

O câncer de apêndice, quando detectado em estágios avançados ou quando não tratado adequadamente, pode evoluir com complicações que impactam diretamente na qualidade de vida do paciente.

Devido ao crescimento acentuado, o paciente pode apresentar emagrecimento não intencional significativo, podendo chegar a níveis de caquexia, quando a perda de peso envolve a massa muscular, além da adiposa.

O tumor pode chegar a obstruir a luz do canal do apêndice e provocar a formação de quadros de apendicite aguda, gerando os sinais clínicos comuns ao quadro. Além disso, o sistema imunológico do paciente fica debilitado, o que o torna mais suscetível a desenvolver quadros de infecção oportunista e, em casos de sangramento crônico, anemia associada.

Em quadros de evolução grave, pode ocorrer o processo de metastização. A formação de metástases consiste no desprendimento de células cancerosas que se alojam em novos sítios diferentes do de origem.

Isso promove a formação de um novo quadro canceroso em outro órgão, tecido ou estrutura, que pode evoluir e gerar repercussões para o organismo do indivíduo de maneira independente do sítio original.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

O médico deve suspeitar de câncer de apêndice a partir da apresentação dos sintomas sugestivos, como os citados acima. Além disso, pode detectar sinais clínicos durante o exame físico que aumentem a suspeita.

A partir disso, exames laboratoriais e de imagem são solicitados. Identificados exames e história clínica compatíveis com quadro de câncer de apêndice, pode ser solicitada a biópsia do material para confirmação do diagnóstico.

Confirmado, parte-se para o estadiamento do tumor , importante para identificação do estágio e avanço do processo canceroso. A partir disso, o tratamento pode ser iniciado de acordo com a verificação de vantagens e desvantagens para o paciente.

O processo cirúrgico, geralmente é indicado na maioria dos casos. Pode ser associado à quimioterapia e radioterapia para aumentar a eficiência do prognóstico.

Gostou do tema? Siga o link para saber mais sobre câncer de apêndice.

O que é câncer de reto e quais são as possíveis complicações?

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O câncer de reto é uma das formas de câncer que ocorre no intestino grosso. A taxa de prevalência na população é alta, quando comparado à de outros tipos de cânceres.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse é terceiro tipo de câncer mais comum no mundo e estima-se que a cada triênio (2020-2022) surjam cerca de 40 mil casos no Brasil.

O reto é a porção final do intestino grosso e chega a medir cerca de 15 centímetros. Geralmente, permanece vazio, pois as fezes ficam armazenadas no cólon antes de serem evacuadas.

As camadas que compõem o intestino possuem diversas células que atuam para garantir o processo digestivo funcional e eficaz. Apesar disso, elas estão constantemente expostas e permanecem em contato direto com substâncias que ingerimos diariamente.

Isso predispõe ao desenvolvimento de diversas condições, que acometem o reto e todo o intestino grosso.

Deseja saber mais sobre câncer de reto? Então acompanhe o nosso post!

O que é o câncer de reto?

Inicialmente, é preciso abordar como o câncer de reto surge. Assim como as outras formas de cânceres, o do tipo retal surge em decorrência de mutações no material genético celular.

Essas alterações no DNA, promovem uma proliferação exacerbada das células. A divisão desordenada resulta na formação de uma pequena massa ou pólipo na parede do intestino, que gradativamente evolui para um tumor.

O tumor surge na parede do tubo intestinal e pode crescer a ponto de gerar sinais significativos para o paciente. Apesar disso, alguns cânceres evoluem de maneira silenciosa e variável, provocando sintomas de acordo com o seu crescimento.

Dentre os sintomas que podem surgir, estão:

  • Emagrecimento repentino não intencional;
  • Fadiga e mal-estar;
  • Sangramento vivo nas fezes;
  • Alteração do padrão intestinal, podendo variar entre constipação e diarreia;
  • Desconforto abdominal;
  • Alteração no formato das fezes, tendendo a parecer mais finas;
  • Dor em região anal, principalmente na evacuação;
  • Tenesmo retal (vontade constante de evacuar, mas com a sensação de que o esvaziamento não foi completo);
  • Massa ou tumoração em região abdominal e anal.

Portanto, é necessário consultar um médico para realizar a investigação do caso se houver o surgimento de sintomas semelhantes.

Quais são os fatores de risco?

Existem alguns fatores que podem predispor o indivíduo a desenvolver câncer de reto. Eles atuam de forma a favorecer o surgimento de alterações no DNA e desencadear o processo tumoral. Dentre os mais estudados estão:

  • Idade superior a 50 anos;
  • Alimentação irregular, baixa ingestão de frutas, vegetais e alimentos ricos em fibras;
  • Baixo consumo de água, o que contribui para formação de fezes endurecidas e lesão da parede intestinal;
  • Possuir histórico positivo para cânceres intestinais, câncer de ovário, câncer de útero ou mama;
  • Ser portador de doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e retocolite ulcerativa;
  • Casos na família de câncer retal;
  • Contato com infecções sexualmente transmissíveis (IST), como HIV, HPV, clamídia, herpes genital;
  • Tabagismo e alcoolismo;
  • Exposição ocupacional à radiação ionizante;
  • Fístula anal crônica;
  • Obesidade e sedentarismo.

A grande maioria dos fatores estão ligados a hábitos de vida e, portanto, pode-se prevenir o câncer de reto a partir de algumas mudanças.

A ingestão de alimentos saudáveis, ricos em vitaminas, fibras e minerais, prática regular de atividade física e o consumo de água necessário para uma boa hidratação, podem ser grandes contribuintes na prevenção do câncer de reto.

Além desses, a cessação do hábito de fumar também pode proteger, visto que fumantes estão mais predipsotos a desenvolver câncer de reto e outras formas, como os de pulmão e rins. O consumo de bebida alcoólica também deve ser evitado.

Quais são as possíveis complicações?

A partir da evolução do câncer de reto, algumas complicações podem surgir. De forma geral, um câncer não tratado pode desencadear diversos quadros que tendem a interferir na qualidade de vida do paciente.

O tumor pode interferir no processo de nutrição e manutenção do peso. Além disso, o sangramento constante provoca a formação de quadros de anemia, potencialmente graves.

O crescimento do tumor, com o passar do tempo, pode chegar a obstruir o canal intestinal. Com isso, as fezes ficam retidas e imobilizadas, resultando em casos graves de constipação intestinal.

Além disso, o tumor pode evoluir a ponto de perfurar o intestino. Esse quadro desencadeia infecção nos órgãos presentes no abdome e nas membranas que os revestem, denominado peritonite.

Nesse processo, o paciente pode queixar-se de distensão abdominal, enjoos e vômitos, perda de apetite, diarreia, diminuição da quantidade de urina, sede e interrupção da eliminação de fezes e gases.

Além disso, o câncer pode evoluir a ponto de gerar metástases para outros órgãos e tecidos, sendo os mais comuns fígado, pulmão, sistema nervoso e ossos.

No processo de metastização, células cancerosas se desprendem do sítio original e migram para outro local pela corrente sanguínea ou linfática, onde desencadeiam a formação de um novo processo tumoral a distância.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

É importante ressaltar que cânceres de maneira geral, incluindo o câncer de reto, devem ser diagnosticados precocemente. Isso porque, quanto mais cedo é descoberto, melhor se torna o prognóstico do paciente.

O médico inicia a anamnese e desconfia de um quadro canceroso a partir da história clínica apresentada pelo paciente, constando os sintomas sugestivos.

A partir disso, alguns exames podem ser solicitados, tanto laboratoriais, como pesquisa de sangue oculto nas fezes, que também serve para rastreamento, quanto os de imagem, como colonoscopia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Identificadas as alterações nos exames solicitados, uma biópsia da lesão é solicitada e, confirmado o diagnóstico de câncer retal, é feito o estadiamento do tumor e então parte-se para a definição do tratamento de escolha, junto ao paciente.

Dentre as formas de tratamento, a cirurgia para ressecção do tumor é a mais utilizada. Apesar disso, quimioterapia e radioterapia podem ser utilizadas, associadas ou não ao tratamento cirúrgico do câncer de reto.

Deseja saber mais sobre câncer de reto e suas complicações? Então, leia outro texto que aborda o assunto!

Câncer de cólon: saiba mais sobre as causas

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É muito comum câncer de cólon acometer também a porção retal do intestino e, por isso, com frequência a denominação é feita como câncer colorretal.

É uma condição muito prevalente no mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente em 2020 foram catalogados mais de 40 mil casos.

O cólon é uma das porções do intestino grosso, assim como ceco, reto e ânus. Mede cerca de 1 metro e 50 centímetros (1,5m) e é responsável principalmente pela absorção hídrica para formação de um bolo fecal firme e consistente. Suas camadas são subdivididas e possuem diversas células em sua composição, para garantir que o processo digestivo seja eficaz.

Assim como o restante do intestino, está suscetível a diversas condições, como doenças inflamatórias e cânceres.

O câncer de cólon é uma das condições que pode surgir no intestino e provocar uma série de prejuízos à qualidade de vida do paciente. Isso faz com que seja recomendado o diagnóstico nos estágios iniciais, para que o tratamento e prognóstico sejam mais eficientes.

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O que é o câncer de cólon?

O câncer de cólon, ou neoplasia maligna, surge em decorrência de mutações no material genético celular. Essas alterações no DNA desencadeiam defeitos na divisão das células, ou seja, tornam o processo acelerado e agressivo.

Com a proliferação em descontrole, gradativamente uma pequena lesão é formada e pode evoluir para um tumor neoplásico. Os tumores podem prejudicar o funcionamento do órgão no qual se localizam, ou até mesmo crescer a ponto de atingir estruturas vizinhas.

Tumores malignos possuem comportamento mais agressivo quando comparados aos benignos. Os pontos mais característicos do tumor dessa natureza são a alta taxa de proliferação celular, invasão dos tecidos ao redor e a distância.

Em alguns casos, cânceres podem evoluir de maneira silenciosa e não gerar sinais clínicos sugestivos para o paciente em estágios iniciais. Portanto, quando se percebe, o câncer de cólon pode estar em estágios avançados e, por isso, é importante ficar atento às causas, fatores de risco e sintomatologia.

O que causa o câncer de cólon?

Existem diversas causas que foram identificadas e estudadas em pacientes portadores de câncer de cólon. Algumas condições foram visualizados com maior frequência em indivíduos com câncer de cólon, como:

  • Polipose adenomatosa familiar (PAF): uma doença hereditária, que provoca o surgimento de pólipos principalmente no cólon, que podem progredir para câncer de cólon se não tratados adequadamente;
  • Pólipos hiperplásicos e pólipos inflamatórios: esse quadro é mais comum e tem menor relação com câncer de cólon, mas deve ser investigado quando os pólipos possuírem mais do que 1 cm de tamanho.

Além disso, existem fatores que predispõem, ou seja, favorecem o surgimento de câncer de cólon. Dentre eles, estão:

  • Idade superior a 50 anos;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo (falta de atividade física);
  • Alimentação irregular, alta ingestão de alimentos embutidos e processados e pobres em fibras e nutrientes;
  • Tabagismo (hábito de fumar) e alcoolismo;
  • Ingestão excessiva de carne vermelha;
  • História familiar com casos de cânceres intestinais;
  • História pessoal com caso de câncer de intestino, câncer de ovários, câncer de útero ou mama;
  • Portar doenças inflamatórias intestinais: doença de Crohn ou retocolite ulcerativa;
  • Exposição ocupacional à radiação ionizante.

Todos esses fatores aumentam o risco de o indivíduo desenvolver mutações no material genético celular e favorecer o surgimento do câncer de cólon. Apesar disso, grande parte deles estão relacionados a hábitos de vida e, portanto, são passíveis de serem evitados para que exista uma prevenção maior.

Algumas mudanças no estilo de vida, como cessação do tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas, além da prática de atividade física e adoção de uma alimentação saudável, podem ser muito úteis no processo de prevenção, principalmente se o paciente possuir casos de câncer de cólon na família.

Uma alimentação balanceada rica em frutas, verduras e vegetais, dotados de fibras, proteínas e minerais, tornam o trânsito intestinal mais flexível e menos irritativo, contribuindo para reduzir a chance de desenvolver câncer de cólon.

Quais são os principais sintomas?

Os sintomas podem surgir vagarosamente em alguns casos, dependendo da evolução do câncer de cólon. Dentre os mais comuns, estão:

  • Emagrecimento acentuado não intencional;
  • Sangramentos nas fezes;
  • Dor durante a evacuação;
  • Fadiga;
  • Mal-estar;
  • Dor ou desconforto abdominal;
  • Tenesmo retal (vontade persistente de evacuar, mas com sensação de esvaziamento incompleto);
  • Alteração do padrão intestinal, alternando entre diarreia e constipação.

Em caso de surgimento de sintomas semelhantes, um médico especialista em oncologia deve ser consultado para realizar a investigação. É importante ressaltar que cânceres devem ser diagnosticados em estágios iniciais, visto que torna o prognóstico melhor.

A partir da apresentação da história clínica sugestiva, o médico pode solicitar exames laboratoriais, como pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia, para identificar possíveis lesões.

O diagnóstico da lesão é feito a partir da realização da biópsia e análise microscópica para evidenciar achados neoplásicos. Confirmado o diagnóstico, parte-se para o estadiamento do tumor, que permite identificar o estágio em que a condição se encontra.

Após isso, o tratamento é definido. Dentre os métodos mais utilizados para tratar o câncer de cólon, estão os procedimentos cirúrgicos para ressecção do tumor. Além disso, quimioterapia e radioterapia podem ser associadas para aumentar as chances de cura.

Quais são as possíveis consequências do câncer de cólon?

Se não tratado, o câncer de cólon pode evoluir para uma série de complicações. Os sangramentos crônicos e não tratados tendem a resultar em quadros anêmicos, o que torna o paciente mais cansado, fraco e menos disposto.

Outra consequência do estágio avançado do câncer de cólon é a obstrução intestinal. A massa tumoral pode crescer a ponto de impedir o fluxo normal de fezes no intestino, provocando a retenção, o que desencadeia desconforto abdominal difuso para o paciente e risco de perfuração.

Evoluindo com quadros de infecção, conhecidos como peritonite, abscessos, septicemia, quando a infecção se dissemina para o sangue e contamina todo o corpo, pode levar até mesmo a óbito.

Por isso, é extremamente importante descobrir o câncer de cólon em seus estágios iniciais, visto que, dessa forma, as chances de cura aumentam e as chances de complicações são reduzidas.

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Câncer de ânus: quais são os principais sintomas?

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O câncer de ânus é um dos tipos mais raros de cânceres catalogados mundialmente. Porém, nos últimos anos vem aumentando o número de casos, se tornando mais comum, principalmente em mulheres.

O sistema digestivo se inicia na boca, e é seguido pelo esôfago, estômago, intestino delgado e grosso. O intestino grosso, por sua vez, se inicia no ceco e termina no ânus.

Esse é o sistema responsável pela digestão dos alimentos. Para que o processo ocorra, o sistema digestivo também conta com tecidos e órgãos anexos, como dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas.

Esses órgãos auxiliam no processo digestivo por meio da ação mecânica, produção de enzimas e secreção de hormônios.

O alimento passa por todo esse trajeto para que seja digerido e o bolo fecal firme e consistente seja formado. Em alguns casos, pode haver diarreia (fezes líquidas ou pastosas) e constipação (prisão de ventre), em virtude de quadros infecciosos, de intoxicação alimentar, enjoos e diminuição do apetite.

O ânus, consiste, então, em um orifício exterior por onde fezes e gases são exteriorizados do corpo. O canal anal é composto, basicamente, por dois esfíncteres (interno e externo) e ambos são estruturas musculares, capazes de contrair provocando o fechamento e relaxar, para promover a abertura do canal.

Geralmente, o câncer de ânus surge na porção exterior do orifício e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é um tipo de câncer raro e que representa cerca de 1% de todos os tumores que surgem no cólon e reto, as porções do intestino grosso.

Apesar de ser incomum, é sempre importante se atentar aos sintomas e procurar um médico se surgirem. Isso porque, cânceres de maneira geral, quando diagnosticados em seu estágio inicial, têm um prognóstico mais eficiente.

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O que é o câncer de ânus e como ele surge?

O câncer de ânus, assim como os outros tipos de câncer, surge a partir de mutações no DNA das células. A alteração no material genético desregula o processo de proliferação celular normal e faz com que as células se dividam desordenadamente.

Essa divisão exagerada, progressivamente, forma uma pequena massa ou pólipo nas bordas exteriores do canal anal, que evolui para um tumor.

A forma mais comum de câncer de ânus identificada é o carcinoma epidermoide, que surge no tecido epitelial, mais especificamente nas células escamosas.

Existem alguns fatores que predispõem a formação dessas alterações genéticas, dentre as quais podem ser citadas:

  • Tabagismo (hábito de fumar);
  • Infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e vírus da imunodeficiência humana (HIV);
  • Outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como clamídia, gonorreia e herpes genital;
  • Pacientes em utilização de imunossupressores;
  • Fístula anal crônica;
  • Mulheres com histórico positivo para câncer de colo de útero, de vagina ou vulvar;
  • Higiene precária e irritação crônica do ânus.

Alguns dos fatores citados estão relacionados à hábitos de vida. Portanto, a mudança de alguns hábitos, como a cessação do tabagismo, prevenção à infecção pelo HPV por meio da vacinação, higiene adequada e utilização de preservativos durante o ato sexual, pode ser útil para prevenir o surgimento do câncer de ânus.

Quais são os sintomas de câncer de ânus?

O câncer de ânus, assim como os outros tipos de câncer, pode ser silencioso e demorar para que algum sintoma surja. Além disso, quando aparece, a sintomatologia pode ser inespecífica.

O paciente pode apresentar emagrecimento acentuado não intencional, fadiga, náuseas, dor e desconforto locais persistentes e até mesmo febre. Contudo, alguns sinais mais específicos são notados pelo paciente, como:

  • Hematoquezia: sangramentos anormais que podem ser visualizados nas fezes ou durante a higiene;
  • Dor perianal durante a evacuação;
  • Necessidade de esforço evacuatório;
  • Alteração do hábito intestinal, podendo alternar entre constipação (prisão de ventre) e diarreias;
  • Desconforto abdominal;
  • Incontinência fecal: incapacidade de controlar a saída de fezes;
  • Tenesmo retal: vontade intensa e recorrente de evacuar, mas com a sensação de que a evacuação não foi completa;
  • Aumento do tamanho local ou próximo do ânus;
  • Coceira;
  • Ardor;
  • Feridas na região;
  • Secreções anormais.

Todos esses sinais podem surgir durante o processo de evolução do câncer, sendo os mais comuns o sangramento anal vivo durante a evacuação, associado a dor na região do ânus.

Em caso de aparecimento, um médico oncologista deve ser consultado para a realização de exames investigativos e implementação do tratamento precoce.

Quais são as possibilidades de tratamento?

Como foi dito, quando descoberto em suas fases iniciais o câncer de ânus possui maiores chances de cura. Após a confirmação diagnóstica, o tamanho, localização e extensão do tumor devem ser identificados para que a melhor opção de tratamento seja escolhida.

O tratamento pode ser clínico, expectante para acompanhar a evolução do tumor durante um período, ou cirúrgico que prevê a retirada total para impedir que ele avance. Durante esse procedimento, sob efeito de anestésicos, o paciente não sente dor.

Porções do ânus muitas vezes são retiradas para que as chances de recidiva sejam diminuídas. Além disso, quimioterapia e radioterapia podem ser associadas ao tratamento para tornar o processo mais eficiente.

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