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O que é câncer anal?

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Muitas pessoas confundem o reto com o ânus, mas são duas estruturas com funções muito distintas em nosso corpo. Isso é muito importante para compreender o que é o câncer anal, como ele surge e qual é seu tratamento.

Nosso organismo não consegue absorver todas as substâncias e os nutrientes obtidos pela alimentação. Com isso, durante o processo digestivo, são gerados resíduos. O intestino grosso é a última porção do tubo digestivo capaz de absorver alguns nutrientes, principalmente a água. Depois dele, sobram apenas resíduos, que são armazenados no reto.

O reto é um órgão tubular que fica logo após o intestino grosso e antes do ânus. Nele, é armazenado o bolo fecal após as últimas etapas de digestão e absorção de nutrientes, que são feitas ao longo do intestino.

O ânus é o orifício final do tubo digestivo, por onde as fezes saem durante a evacuação. Ao redor do ânus, está um músculo chamado de esfíncter anal, o qual está contraído na maior parte do tempo. Isso evita que as fezes escapem do reto para o meio externo.

Durante a evacuação, ocorre um movimento de relaxamento do esfíncter anal. Ao mesmo tempo, nosso corpo faz um esforço abdominal para vencer a pressão residual, o que permite que as fezes saiam através do ânus.

Alguns tumores podem surgir no ânus, provocando o câncer anal. Quer saber sobre o tema? Acompanhe nosso post!

O que é o câncer anal?

São tumores malignos que acometem o canal ou as bordas externas do ânus. É considerado um tumor raro, representando somente 1% a 2% de todos os casos de câncer colorretal, que abrangem as lesões que surgem no cólon (porção intermediária do intestino grosso) ou no reto.

Esses tumores surgem quando há determinadas mutações nas células locais que fazem com que elas comecem a se multiplicar excessivamente. Isso geralmente é provocado por danos cumulativos, mas a causa exata do câncer anal ainda é relativamente desconhecida.

No entanto, assim como outros tumores das mucosas do tubo digestivo e do trato geniturinário, a infecção por alguns tipos de HPV parece ser um importante fator de risco. Ao se multiplicar dentro das células, esses vírus provocam alterações progressivas no material genético. Com o tempo, lentamente, pode ocorrer a evolução para lesões mais graves até o desenvolvimento do câncer.

Tipos de tumores anais

  • Tumores de células escamosas — representam a maioria dos casos de câncer anal, surgindo das células que revestem o canal anal e a sua margem;
  • Adenocarcinoma — surgem de células do tecido da parte superior do ânus, mais próxima ao reto;
  • Carcinoma basocelular — são tumores com um comportamento menos invasivo, que surgem geralmente nas regiões da pele expostas ao sol. Por isso, são mais raros em casos de câncer anal;
  • Melanoma — surgem dos melanócitos, células produtoras da melanina (pigmentação da pele);
  • Tumor estromal gastrointestinal — surgem do estroma do trato gastrointestinal, sendo mais comuns no estômago ou no intestino delgado. Raramente, ocorrem na região anal.

Fatores de risco para o câncer anal

A baixa imunidade também é um importante fator de risco. Por isso, pessoas que usam drogas imunossupressoras têm maior chance de desenvolver o câncer anal. O sistema imunológico é capaz de identificar células com comportamento inadequado e combatê-las antes de elas se multiplicarem.

Tabagismo

Diversas substâncias presentes no tabaco são capazes de causar mutações genéticas significativas. Como elas tendem a se acumular no bolo fecal e na urina, tabagistas têm maior risco de câncer na bexiga, na uretra, no reto e no ânus.

Infecções sexualmente transmissíveis

A maioria dos casos de câncer anal surgem devido à infecção pelos subtipos HPV-16 e o HPV- 18. Ele pode se iniciar tanto em células escamosas quanto em verrugas anais. Outras ISTs também podem aumentar esse risco, como a clamídia, a gonorreia e a herpes genital.

Fístula anal crônica

Uma fístula é uma ligação anormal entre dois órgãos do corpo. A fístula anal pode surgir conectar o ânus à bexiga, à vagina e ao próprio reto, por exemplo. Ela pode ocorrer em pacientes que passaram por cirurgias na região ou que são acometidos por doenças inflamatórias do intestino, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn.

Má higiene e irritação crônica do ânus

A má higienização da região e outros fatores de irritação crônica também podem aumentar a predisposição de um indivíduo desenvolver câncer anal.

Sintomas do câncer anal

  • Mudanças nos hábitos intestinais;
  • Prurido persistente (coceira);
  • Dor e ardor crônicos na região anal;
  • Presença de secreções incomuns;
  • Feridas que não cicatrizam;
  • Incontinência fecal;
  • Nódulos e massas ao redor e dentro do ânus;
  • Afinamento das fezes;
  • Nódulos mais internos na região do ânus e da virilha (consequência do aumento dos gânglios linfáticos regionais).

Diagnóstico e tratamento do câncer anal

O diagnóstico se inicia com uma consulta médica por um profissional experiente e especializado. Na consulta, ele avalia suas queixas, seu estado de saúde e faz um exame físico completo. Depois disso, ele pode pedir exames complementares mais avançados, como tomografias, ressonâncias magnéticas e biópsias para análise anatomopatológica a fim de diferenciar lesões malignas de benignas e estadear um eventual câncer.

O tratamento dependerá do estadiamento e do tipo histológico do câncer, mas geralmente envolve radioterapia, quimioterapia e retirada cirúrgica. Para complementá-la em casos mais avançados, podem ainda ser utilizadas técnicas suplementares, como a imunoterapia e a terapia alvo. Não há um padrão fixo, o tratamento do câncer anal é sempre individualizado paciente a paciente para aumentar as chances de cura.

Quer saber mais sobre o tema? Confira outro artigo!

Câncer de reto: diagnóstico e tratamento

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O câncer de reto — também denominado colorretal quando os tumores aparecem no reto e no cólon (intestino grosso) — compõe as neoplasias do aparelho digestivo, visto que é uma parte contínua ao intestino no trajeto do trato digestivo.

Os cânceres de pâncreas, apêndice, cólon, esôfago e estômago também fazem parte desse grupo. Os tumores do aparelho digestivo representam uma fração expressiva dos tumores em geral e o rastreamento precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.

Em estágios avançados, quando as células cancerosas já invadiram órgãos vizinhos ou se espalharam pelo corpo em um processo de metástase, esses tipos de câncer são praticamente incuráveis. Diante disso, o diagnóstico em fase inicial está associado a chances mais altas de cura ou controle da doença.

Continue a leitura para saber mais sobre câncer de reto e suas formas de diagnóstico e tratamento!

O que é câncer de reto?

O câncer de reto é a neoplasia que se origina na porção final do intestino grosso, na parte que conecta o cólon sigmoide ao canal do ânus. A função principal do reto é acumular os resíduos fecais para que eles sejam evacuados.

Na maior parcela dos casos, o câncer de reto é um adenocarcinoma, tumor que se forma com as células glandulares epiteliais secretoras. Em princípio, a doença surge como um pólipo, isto é, uma proeminência do tecido que reveste a parede interna do órgão. Os pólipos colorretais do tipo adenomatosos são lesões inicialmente benignas, mas com potencial de transformação maligna.

O câncer de cólon e o câncer de reto podem se desenvolver ao mesmo tempo devido à proximidade das partes. Apesar de suas características semelhantes o tratamento difere entre as duas doenças.

Embora existam diferenças na conduta terapêutica, a denominação de câncer colorretal é normalmente utilizada quando os tumores afetam intestino e reto de modo concomitante. Adjacente a essas estruturas está também o ânus que pode ser acometido pela doença. Entretanto, o câncer de reto e o de cólon têm maior prevalência que o câncer anal, estando entre as principais causas de mortalidade por neoplasias malignas.

Assim como em outros tipos de câncer, não há uma causa exata para que as mutações celulares aconteçam. Todavia, alguns fatores relacionados à predisposição para o desenvolvimento do câncer de reto são: idade acima dos 50 anos, histórico familiar da doença, diabetes mal controlada, presença de doenças inflamatórias intestinais e estilo de vida (dieta pobre em nutrientes, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo).

Quais são os sintomas?

O câncer de reto é silencioso em estágios iniciais. Quando os sintomas começam a surgir, podem ser vagos, inespecíficos, raramente sendo associados a um quadro de câncer. Em estágios mais avançados, a pessoa pode notar alterações no funcionamento intestinal como:

  • presença de sangue nas fezes;
  • sensação de urgência para evacuar;
  • aumento na frequência das evacuações;
  • constipação ou obstrução intestinal;
  • redução do volume fecal ou afilamento das fezes;
  • sensação de esvaziamento intestinal incompleto;
  • dor e inchaço abdominal.

A avaliação diagnóstica é necessária se algum desses sintomas aparecer de forma recorrente. Quanto antes a doença for confirmada, mais cedo o paciente inicia o tratamento para controlar a progressão do câncer.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento do câncer de reto?

O diagnóstico precoce reduz a mortalidade associada à essa doença. Os pacientes são classificados como de alto risco ou risco normal para o desenvolvimento do câncer. Fazem parte do grupo de alto risco aqueles que apresentam história familiar de câncer colorretal. Para esses pacientes, o rastreamento deve ter início entre 35 e 40 anos, sendo realizado entre cada 3 a 5 anos.

A investigação dos sintomas e o exame físico compreendem a primeira etapa da avaliação diagnóstica. Com o exame de toque retal, o médico pode detectar proeminências no reto que possam indicar uma formação tumoral. Já as técnicas de diagnóstico por imagem são importantes para o estadiamento da doença, pois identificam o tamanho do tumor e sua expansão.

O aprimoramento dos métodos endoscópicos possibilitou uma visualização mais nítida da parte interna da região colorretal, permitindo assim constatar a presença de pólipos em fase inicial, os quais caracterizam lesões pré-malignas.

A colonoscopia é a técnica endoscópica utilizada para o rastreamento de câncer no reto e no cólon. O procedimento permite a realização da biópsia, gerando material para análise histopatológica. A ressonância magnética e a tomografia computadorizada são outros exames que podem ser solicitados para o diagnóstico e estadiamento.

O câncer de reto requer terapias combinadas, de forma que o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O planejamento terapêutico é feito com base no estágio e na localização exata do tumor, bem como considerando a idade e o quadro de saúde geral do paciente.

A cirurgia pode ser feita com diferentes abordagens: excisão local transanal, ressecção anterior do reto e ressecção abdominoperineal. Já as terapias quimioterápicas e por radiação são administradas como neoadjuvantes (antes da cirurgia) para reduzir as células tumorais e facilitar a remoção do tumor e/ou de forma adjuvante.

Em estágios avançados do câncer de reto, quando houve metástase, outros tipos de tratamento também podem ser necessários, incluindo imunoterapia e terapia direcionada.

Veja informações mais detalhadas em nosso texto principal sobre câncer de reto!

Câncer gástrico: saiba mais sobre diagnóstico e tratamento

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O câncer gástrico, ou câncer de estômago, está entre os tipos mais comuns na população brasileira, tanto em homens quanto em mulheres. É um dos tumores que ocorre no aparelho digestivo, assim como os cânceres de pâncreas, de cólon e de reto.

É uma das formas mais comuns da doença e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente em 2020 foram diagnosticados mais de 21 mil novos casos.

A causa para o desenvolvimento do câncer gástrico tem forte correlação, comprovada cientificamente, com a infecção pela bactéria Helicobacter pylori.

Além disso, outros fatores de risco para câncer gástrico são:

  • idade igual ou superior à 50 anos;
  • obesidade;
  • tabagismo e consumo de álcool;
  • possuir condições como metaplasia intestinal, gastrite atrófica autoimune e anemia perniciosa;
  • dieta rica em alimentos defumados, peixes salgados, carnes e vegetais em conserva;
  • histórico familiar positivo para câncer gástrico;
  • pólipos estomacais;
  • exposição ocupacional a compostos químicos, como nas lavouras e produção de borracha.

Esses fatores predispõem o indivíduo a desenvolver ou herdar mutações no material genético celular, que interferem diretamente no processo de divisão das células. Elas passam a se dividir descontroladamente até formarem um pólipo ou pequena massa que, com o passar do tempo, evolui para um tumor maligno.

Esse tumor pode prejudicar diretamente o funcionamento do órgão no qual ele se localiza ou até mesmo crescer a ponto de atingir estruturas e órgãos vizinhos.

É importante que o diagnóstico e tratamento do câncer gástrico sejam realizados precocemente. Isso porque, é sabido que quando descoberto em estágios iniciais, é possível que o prognóstico seja melhor para o paciente.

Se interessou pelo assunto? Acompanhe o texto!

Onde o câncer gástrico ocorre?

O câncer gástrico pode começar em diferentes regiões do estômago e, a partir disso, gerar o quadro sintomático distinto dependendo do tipo celular acometido. O estômago pode ser dividido em quatro regiões principais: cárdia, fundo, corpo e antro pilórico.

A composição histológica do órgão é composta por diversos tipos celulares, responsáveis pelo revestimento epitelial, produção de hormônios, substâncias e fatores que auxiliam no processo digestivo.

Os tipos de câncer gástrico que podem se desenvolver são:

  • adenocarcinoma gástrico: é o mais comum, responsável por 95% dos casos, e se desenvolvem a partir das células que formam a camada mais interna do estômago, a mucosa;
  • linfoma: câncer que na verdade ocorre no sistema linfático, mas pode se desenvolver na parede estomacal;
  • tumor estromal gastrointestinal (GIST): são raros e se iniciam nas células da parede do estômago denominadas células intersticiais de Cajal, podem ser encontrados em outros órgãos do aparelho gastrointestinal, porém são mais comuns no estômago;
  • tumor carcinoide: se inicia nas células do estômago responsáveis pela produção hormonal.

A localização do tumor interfere na escolha do tratamento, por isso, além de detectar o câncer localizado no estômago, também é necessário que seja definido o seu tipo histológico.

Quais são os sintomas do câncer gástrico?

Não há sinais específicos que chamem muito a atenção para um quadro possível de câncer gástrico. Os cânceres de maneira geral podem permanecer assintomáticos por longos períodos, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Dentre sintomas iniciais que podem surgir estão:

  • hiporexia (redução do apetite);
  • sensação de estômago cheio;
  • náuseas leves;
  • desconforto abdominal persistente;

Já os sinais clínicos que demonstram progressão do quadro são:

  • perda de peso não intencional;
  • fezes escurecidas e de odor forte;
  • massa palpável na parte superior do abdome;
  • presença de íngua ou nódulos ao redor do umbigo;
  • náuseas graves e até mesmo vômitos com sangue;
  • anemia;
  • ascite: acúmulo de líquido na cavidade abdominal;
  • disfagia: dificuldade para engolir.

Como é feito o diagnóstico?

O primeiro passo para o diagnóstico do câncer gástrico é a investigação dos sinais clínicos por meio de uma anamnese criteriosa, em que se questiona a recorrência dos sintomas, fatores de melhora ou piora, histórico pessoal e familiar do paciente.

A partir disso, o médico realiza o exame físico para constatação dos sintomas relatados e aumento da suspeita diagnóstica.

Na maior parte dos quadros, o câncer gástrico é diagnosticado ao acaso, a partir da realização da endoscopia digestiva alta (EDA). Esse exame é muito solicitado para investigação de diversas alterações gástricas.

Ele permite visualizar esôfago e estômago, além de fazer biópsias (retirada de pequenos fragmentos do tecido). A partir disso, o material é enviado ao laboratório para confirmação do diagnóstico de câncer gástrico, bem como a definição do tipo histológico do tumor.

Exames laboratoriais para pesquisa de marcadores tumorais podem ser úteis durante a investigação. Após a confirmação do diagnóstico, exames de imagem como tomografia computadorizada e radiografia de tórax podem ser solicitados para estimativa do grau de extensão do tumor.

Essa estimativa é útil para estabelecer o estadiamento do tumor. Por meio do sistema TNM, é possível classificar o câncer gástrico em estágios e, a partir disso, definir as melhores opções de tratamento.

A letra T determina o tamanho do tumor, N se houve disseminação para nódulos linfáticos e M se ocorreu a formação de processos metastáticos (quando o tumor se dissemina para outras regiões do corpo).

Além disso, informações identificadas na análise histopatológica do tumor, como grau de diferenciação celular, invasão tumoral da parede gástrica, se há presença de células em anel de sinete, podem auxiliar no processo de definição do tratamento.

Tratamento para o câncer gástrico

A partir da classificação o tratamento mais indicado pode ser implementado. Pacientes com câncer gástrico inicial, ou seja, que se encontra restrito ao órgão e gânglios linfáticos regionais são encaminhados para cirurgia. A cirurgia prevê a ressecção de toda a massa tumoral a fim de evitar recidivas.

Dentre os modelos cirúrgicos adotados estão a gastrectomia parcial (quando parte do estômago é retirado) ou total (quando todo o estômago é removido).

Nesses casos, ainda pode ser indicada a realização de sessões de quimioterapia e radioterapia para aumentar as chances de sucesso do tratamento.

Quando o câncer gástrico se encontra em estágios avançados, ou seja, metastático, o tratamento de escolha busca aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. A quimioterapia e a radioterapia também podem ser indicadas.

A imunoterapia e terapia de células-alvo também podem ser indicadas para quadros avançados de câncer gástrico.

A escolha do tipo depende dos sintomas presentes, da extensão do tumor e, principalmente, das condições físicas do paciente. É importante ressaltar que o tratamento do câncer gástrico requer o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar.

Gostou do texto? Toque aqui para saber mais sobre câncer gástrico!

Câncer de pâncreas: como é feito o diagnóstico?

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O câncer de pâncreas se desenvolve no tecido pancreático, glândula do sistema digestivo responsável pela produção de enzimas e hormônios extremamente relevantes para manutenção do equilíbrio do organismo.

O pâncreas fica localizado na região retroperitoneal, ou seja, atrás da membrana que reveste a cavidade abdominal. Pode ser dividido em três porções: cabeça, corpo e cauda.

Esse órgão é uma glândula de atividade mista, possui atuação na produção endógena e exógena de alguns fatores. É composto por diversos tipos celulares que desempenham diferentes papéis na função pancreática.

A atividade endógena consiste na produção dos hormônios, como a insulina. Eles são responsáveis por manter os níveis de glicose na corrente sanguínea dentro dos valores adequados.

Já a porção exógena é responsável pela produção do suco pancreático, composto principalmente por enzimas digestivas que atuam diretamente no processo de digestão de proteínas, carboidratos e gorduras.

O pâncreas é um órgão muito relevante para a manutenção do equilíbrio do corpo. Por isso, alterações que acometem esse órgão podem acarretar diversos desarranjos no funcionamento do organismo.

Diversas condições, como quadros de pancreatite aguda ou de doenças crônicas, como o câncer de pâncreas, podem acometer esse órgão e causar mudanças na vida da pessoa.

É recomendado que o câncer de pâncreas, assim como os outros tipos de cânceres, seja diagnosticado e tratado precocemente, para que as chances de cura e recuperação sejam maiores.

Quer saber mais sobre câncer de pâncreas? Então, acompanhe o texto até o final!

O que é o câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas é uma condição rara em indivíduos com idade inferior a 30 anos. Acomete igualmente homens e mulheres, mas com maior frequência em indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos, especialmente na faixa entre 65 e 80 anos.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pâncreas representa cerca de 2% do total de diagnósticos dessa doença. O tipo mais comum é o adenocarcinoma, que representa cerca de 90% do total de diagnósticos e está relacionado com o tabagismo.

A maior parte dos quadros ocorre no lado direito no órgão, porção denominada cabeça do pâncreas, enquanto a cauda e corpo abrigam um número menor de casos. Ele se desenvolve devido a mutações no material genético celular, sejam elas adquiridas ao longo da vida ou herdadas, que interferem diretamente no processo de divisão das células.

As células que possuem o material genético mutado passam a se dividir rapidamente e sem controle, podendo evoluir para um tumor maligno.

Quais são os sintomas?

Os cânceres de maneira geral podem se manifestar de maneira inespecífica dependendo do seu tipo histológico e comportamento.

Apesar disso, o câncer de pâncreas pode apresentar-se por meio de sintomas que podem estreitar as hipóteses diagnósticas para o médico responsável pelo quadro. Dentre eles estão:

  • icterícia (tom amarelado de pele, olhos e mucosas);
  • fraqueza;
  • perda de peso;
  • hiporexia (redução do apetite);
  • escurecimento da urina;
  • dor e desconforto abdominal;
  • anemia;
  • náuseas e vômitos;
  • dores nas costas.

Por se manifestarem tardiamente, esses sintomas atuam contra o diagnóstico do câncer de pâncreas nos estágios iniciais. Além desses, o diabetes também pode atuar como fator de risco, favorecendo o seu desenvolvimento ou como consequência e manifestação tardia que antecede o diagnóstico.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de pâncreas pode ser difícil nos estágios iniciais devido principalmente à sintomatologia pouco específica. Além disso, a localização retroperitoneal do pâncreas pode dificultar ainda mais o diagnóstico da condição.

O primeiro passo para o diagnóstico do câncer de pâncreas é a apresentação da história clínica compatível para um médico oncologista.

Durante o exame físico, alterações, como aumento do volume, dor à palpação e presença de nódulos regionais na região correspondente podem auxiliar no processo diagnóstico.

A partir disso, exames laboratoriais e de imagem podem ser solicitados para estreitamento do raciocínio clínico. Dentre os laboratoriais, a dosagem de marcadores tumorais pode ser útil para identificar a presença de proteínas secretadas pelo câncer de pâncreas na corrente sanguínea.

Já os exames de imagem normalmente solicitados são ultrassonografia (US), tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) e ecoendoscopia com biopsia.

Esses exames podem auxiliar na detecção de massas e tumorações presentes no tecido pancreático. Essa avaliação também pode ser feita por laparoscopia diagnóstica, que permite identificar tamanho, localização e se houve disseminação do tumor para tecidos vizinhos.

A confirmação diagnóstica de câncer de pâncreas se dá pela realização do exame de biópsia. Por meio da biópsia é possível coletar uma amostra do material suspeito e enviar para análise laboratorial a fim de que sinais confirmatórios sejam identificados na visualização por microscopia.

A partir da confirmação de um quadro de câncer de pâncreas é realizado o estadiamento do tumor, que permite avaliar o estágio de evolução da condição.

Normalmente, é realizado pelo sistema TNM, que avalia o tamanho do tumor, se houve disseminação para linfonodos ou formação de metástases. Por esse processo é possível estabelecer as melhores opções de tratamento para o quadro.

Como é feito o tratamento?

A opção de tratamento mais utilizada nos quadros de câncer de pâncreas é a ressecção cirúrgica do tumor. Isso porque a cirurgia seria o tratamento  mais indicado para aumentar as chances de cura para o paciente.

Apesar disso, outras terapias podem ser úteis para favorecimento do tratamento, como radioterapia e quimioterapia. Em alguns casos, podem atuar contribuindo para alívio dos sintomas, como dores e outros desconfortos.

É importante ressaltar que o diagnóstico do câncer de pâncreas deve ser realizado precocemente, por isso, se houver qualquer sintoma, procure um atendimento médico o quanto antes.

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