Câncer de apêndice: sintomas
Por Oncológica Manaus
O câncer é uma condição complexa que move grande quantidade de pesquisadores e cientistas ao redor do mundo para que se possa conhecer mais sobre essa doença e identificar as melhores formas de tratamento.
O câncer de apêndice, apesar de ser raro, pode trazer prejuízos significativos ao organismo do indivíduo.
O apêndice é uma estrutura intestinal que, como popularmente se sabe, não tem funcionalidade significativa para o organismo. Ele é uma pequena bolsa que fica localizada no início do intestino grosso, medindo cerca de 10 cm de comprimento.
Topograficamente, no abdome, fica localizado à direita do umbigo, onde normalmente os pacientes referem a dor aguda nos quadros de apendicite, por exemplo.
A apendicite é uma condição muito comum e resulta da obstrução do lúmen do órgão, que desencadeia a inflamação local, repercutindo nos sintomas de intensa dor abdominal, perda de apetite, náuseas e vômitos.
A função do apêndice é pouco conhecida, porém, alguns estudos indicam que ele pode ser responsável pelo armazenamento de bactérias que auxiliam no processo da digestão e também na produção de anticorpos, na sua porção linfoide.
A histologia do apêndice se assemelha à do intestino. Eles possuem diversas células, para seu revestimento epitelial e formação das camadas musculares.
Diante disso, o apêndice se torna também suscetível a condições de saúde que podem acometer igualmente o restante do intestino, como a formação dos quadros de câncer.
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Como o câncer de apêndice surge?
O câncer de apêndice, assim como os outros cânceres, surge a partir de mutações no material genético celular. Essas mutações interferem no processo de divisão celular normal e provocam proliferações celulares desordenadas, que formam o tumor maligno.
Vale ressaltar que o câncer evolui de maneira silenciosa, podendo permanecer assintomático por muito tempo, mas é importante que o diagnóstico seja realizado ainda em estágios iniciais, pois isso torna o prognóstico melhor para o paciente.
Existem alguns fatores de risco que podem aumentar a chance de um indivíduo desenvolver a doença. Entre os fatores que podem predispor o indivíduo a desenvolver o câncer de apêndice, podem ser citados:
- Hábito de fumar;
- Histórico pessoal ou familiar positivo para cânceres intestinais;
- Sexo feminino.
Diante disso, é importante estabelecer mudanças nos hábitos, adotando um estilo de vida mais saudável, para que as chances de desenvolver o câncer de apêndice sejam reduzidas.
Quais são os sintomas do câncer de apêndice?
O câncer é, geralmente, assintomático ou apresenta uma sintomatologia inespecífica, principalmente nos estágios iniciais. O paciente pode apresentar sangramentos anormais, febre, emagrecimento acentuado e dores persistentes a partir da evolução do quadro.
Existem alguns sinais clínicos que podem alertar o médico para a hipótese de câncer de apêndice. Entre os sintomas mais específicos que podem surgir estão:
- Dores abdominais: o processo expansivo e agressivo dos tumores de apêndice pode atingir e comprimir órgãos e estruturas vizinhas nervosas e causar dor;
- Aumento do volume na região: o paciente ou o médico pode identificar a massa ou aumento do volume local ao palpar o abdome;
- Náuseas e vômitos: o câncer de apêndice pode desencadear um quadro de apendicite e o paciente pode apresentar enjoos e vômito;
- Hematoquezia: presença de sangue vivo nas fezes;
- Alteração do padrão intestinal: o paciente pode apresentar episódios alternados de diarreia e constipação (intestino preso).
Vale ressaltar que esses sintomas podem surgir isoladamente ou aparecer associados, o que deve despertar a atenção do paciente e médico especializado para a solicitação de exames e investigação do quadro.
Como é feito o diagnóstico?
Existem diferentes tipos de câncer de apêndice conhecidos. Entre alguns exemplos estão:
- Adenocarcinoma de apêndice;
- Tumor carcinoide;
- Pseudomixoma peritoneal;
- Neoplasias mucinosas;
O médico responsável pelo quadro suspeita de câncer de apêndice, a partir da história clínica apresentada pelo paciente, com sintomatologia sugestiva e realização do exame físico.
A partir da suspeita clínica, o médico pode solicitar alguns exames que permitam visualizar a cavidade abdominal.
Entre os que podem ser solicitados estão a ultrassonografia de abdome (US), a tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). Por meio desses exames é possível detectar alterações que possam auxiliar no processo diagnóstico.
A confirmação do diagnóstico de câncer de apêndice, geralmente, é feita a partir da coleta da biópsia e investigação do material retirado.
A partir disso, é necessário realizar o estadiamento do tumor para identificar o estágio da doença. Dessa forma, é possível estabelecer as opções de tratamento mais indicadas para o quadro.
Como é feito o tratamento do câncer de apêndice?
As alternativas terapêuticas de escolha para o câncer de apêndice são, frequentemente, cirúrgicas, com a retirada total do apêndice (apendicectomia).
A quimioterapia pode ser indicada em associação ao tratamento cirúrgico, bem como à imunoterapia.
Apesar de existirem várias formas de abordar o câncer de apêndice, é extremamente importante se atentar aos sinais clínicos e fatores de risco para o desenvolvimento da condição.
Isso porque o câncer de apêndice, assim como os cânceres em geral, possui prognóstico melhor em pacientes que recebem o diagnóstico em estágios iniciais de evolução.
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