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Câncer de cólon: o que é e quais são os sintomas?

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Para entender o que é câncer de cólon, é necessário revisar alguns conceitos. O termo “câncer” (neoplasia maligna) se refere basicamente a uma proliferação celular desordenada e invasiva, ou seja, células do corpo que se multiplicam de modo acelerado sem um padrão definitivo.

Esse comportamento surge devido a mutações genéticas e causa a formação de massas e tumores no corpo, que podem interferir no funcionamento normal do organismo de acordo com o local atingido.

O câncer engloba diferentes formas de manifestação. Portanto, ele pode se apresentar por meio de sintomas distintos, dependendo do tipo de câncer.

Os sintomas podem ser inespecíficos: dores persistentes, perda de peso sem causa identificada, febre e sangramentos anormais, o que pode dificultar o diagnóstico.

Com o avanço da tecnologia nas últimas décadas, a modernidade nos métodos de investigação e o acompanhamento especializado, é possível detectar a doença em estágios iniciais.

Dessa forma, com diagnóstico precoce e implementação de um plano terapêutico mais adequado para o caso, o prognóstico se torna melhor. Ficou interessado? Acompanhe o nosso post!

O que é cólon?

Cólon é uma porção do intestino humano que faz parte do sistema digestivo. O intestino é um órgão muito extenso, podendo alcançar cerca de cinco metros e é dividido em dois segmentos principais: delgado e grosso.

O intestino grosso também é conhecido como cólon e fica localizado em sua maior parte na cavidade abdominal.

A principal função dessa porção do intestino é a absorção de líquido e a formação do bolo fecal firme e consistente. Essa estrutura está suscetível a diversas condições que impactam diretamente na saúde do indivíduo, como o câncer, por exemplo.

 

Quais são os sintomas mais frequentes do câncer de cólon?

O câncer de cólon é uma das formas mais comuns entre os variados tipos de tumores existentes. Assim como os outros, pode se apresentar por meio de sintomas inespecíficos. A depender do comportamento da doença, pode não causar sintomas precoces para o organismo ou sinais significativos que sugiram o diagnóstico.

Portanto, o câncer de cólon em seu estágio inicial pode ser silencioso. Geralmente é detectado por exames de rotina para rastreio.

Esses exames podem ser realizados na população geral com idade recomendada para rastreio ou em pessoas de grupos de risco e são fundamentais para a prevenção da doença ou sua detecção em estágios iniciais.

A proliferação de células cancerosas forma uma pequena massa ou pólipo, localizada na parede do intestino.

Os sintomas mais específicos surgem a partir do crescimento tumoral, que pode provocar a obstrução do canal intestinal, invasão de tecidos vizinhos ou, até mesmo, em alguns casos, complicações, como a perfuração da parede do órgão.

Os principais sintomas que podem surgir e que servem como sinais de alerta são:

  • Alteração do hábito intestinal: sintoma mais comum que pode se manifestar como constipação intestinal (intestino preso) ou até mesmo nos variados padrões de diarreia, de maneira alternada;
  • Hematoquezia: trata-se do sangramento vivo que pode ser visualizado nas fezes logo após a evacuação;
  • Melena, que se refere a um sangramento tardio, de cor mais escurecida, odor forte e que deixa as fezes com aspecto semelhante à “borra de café”;
  • Dor abdominal: pode se apresentar em todo o abdome ou em mais áreas localizadas;
  • Perda de peso não intencional ou sem causa aparente com uma redução significativa em um curto período de tempo;

Como é feita a prevenção por meio de exames?

A suspeita clínica levantada pelo médico é baseada no histórico familiar, em hábitos de vida do indivíduo ou na presença dos sintomas. A partir disso, pode ser solicitada a verificação laboratorial realizada por meio de alguns exames, como a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF).

Outro exame que pode ser solicitado é a colonoscopia, que serve tanto para localizar e realizar biópsias das lesões quanto para a remoção cirúrgica de pólipos sugestivos de neoplasia. Após a coleta do material, é encaminhado para análise microscópica para a possível confirmação diagnóstica.

Esses exames podem ser solicitados tanto para pacientes com padrão sugestivo de câncer de cólon quanto para pacientes assintomáticos como método de rastreio.

Além da utilidade diagnóstica, têm também um viés preventivo, pois a realização deles permite a detecção de lesões em seu estágio inicial, possibilitando a remoção cirúrgica antes de causarem sintomas significativos e complicações para o paciente.

O rastreamento é indicado para pacientes a partir dos 45 anos, realizado de 10 em 10 anos, em pessoas classificadas com risco médio para desenvolvimento de câncer de cólon.

São incluídas nessa categoria de risco médio: indivíduos sem histórico pessoal ou familiar de câncer diagnosticado, sem histórico de doença inflamatória intestinal, sem diagnóstico de Síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar ou histórico de sessões de radioterapia direcionada ao abdome.

Portanto, como o diagnóstico pode ser dificultado pelo fato de se tratar de doença silenciosa, é recomendado um acompanhamento médico especializado para rastreio, identificação precoce e um melhor prognóstico, mesmo para pessoas assintomáticas.

Quer se aprofundar neste tema? Confira outro texto sobre o câncer de cólon, seus sintomas e métodos para a prevenção e diagnóstico precoce!

Carcinoma basocelular: sintomas do tipo mais comum de câncer de pele

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O câncer de pele é o que mais afeta os brasileiros, registrando milhares de casos anualmente. A alta incidência é explicada pela exposição excessiva ao sol, comum aos países tropicais, e pelo baixo uso de protetores solares, ainda que nos últimos anos a importância dessa proteção tenha sido bastante difundida, justificada, inclusive, pelas alterações climáticas, elemento que contribuiu para o aumento dos índices.

O carcinoma basocelular é o que ocorre com mais frequência. Começa nas células basais, quando mutações nessas células (erros de DNA), resultam no crescimento desordeno delas e, ao longo dos anos, em câncer.

Por ser de crescimento lento geralmente é detectado e tratado precocemente, por isso, as chances de cura são bastante altas, muitas vezes de 100%. Para facilitar o diagnóstico precoce, entretanto, é importante a observação de alguns sintomas característicos da doença.

Continue a leitura até o final, saiba quais são os principais e conheça mais sobre esse tipo de câncer, das causas ao tratamento.

O que causa o carcinoma basocelular?

A causa exata do carcinoma basocelular ainda é desconhecida até o momento, no entanto, os danos ao DNA das células basais são principalmente atribuídos a alta exposição à radiação ultravioleta (UV), encontrada na luz do sol e em equipamentos de bronzeamento artificial.

Alguns fatores aumentam o risco para o desenvolvimento, assim como podem motivar a ocorrência, independentemente da exposição excessiva. Os principais incluem:

  • tipo de pele: pessoas com a pele clara, sardas e facilidade para queimar, cabelos ruivos, loiros ou olhos claros, são mais propensas ao desenvolvimento de carcinoma basocelular quando comparadas às de tons mais escuro, que têm menores chances;
  • idade: é mais frequente em pessoas acima dos 50 anos, embora nos últimos anos a ocorrência entre pessoas mais jovens esteja aumentando;
  • histórico pessoal ou familiar: quando há histórico familiar o risco para esse e outros tipos de câncer de pele é maior;
  • imunossupressão: o risco também é maior para pacientes cronicamente imunossuprimidos, como os portadores de HIV ou submetidos a transplantes de órgãos;
  • radioterapia: o tratamento por radioterapia para outras doenças da pele pode aumentar o risco de carcinoma basocelular nos locais tratados;
  • sexo: os homens são duas vezes mais afetados do que as mulheres, principalmente pelo aumento da exposição recreativa e ocupacional ao sol;
  • síndromes hereditárias que causam câncer de pele;
  • lesões na pele, inflamação ou infecção.

Saiba quais são os sintomas de carcinoma basocelular

Geralmente as partes mais expostas ao sol, como cabeça e pescoço, são as mais afetadas pelo carcinoma basocelular e, as mãos, com menor frequência. No entanto, também ocorre em partes protegidas, como os órgãos genitais, apesar de a ocorrência ser mais rara.

Esse câncer de pele pode ter diferentes aparências:

  • feridas abertas;
  • manchas vermelhas;
  • protuberâncias rosadas;
  • protuberâncias brilhantes;
  • cicatrizes ou protuberâncias com bordas arredondadas ligeiramente elevadas ou com reentrância;
  • podem formar crostas, coçar ou sangrar;
  • em peles mais escuras, tendem a ser pigmentados, de cor marrom.

Existem diferentes tipos de carcinoma basocelular, com comportamentos biológicos distintos, assim como a aparência pode variar em diferentes pessoas. O mais comum deles é o nodular, que se apresenta como uma protuberância redonda e cor da pele, com pequenos vasos dilatados. Já o tipo infiltrativo, mais agressivo, possui margens menos aparentes.

Outros são o micronodular, com aparência branco-amarelado quando esticado, o superficial, que ocorre principalmente no tronco ou nos ombros e aparece como uma placa ou mancha eritematosa bem circunscrita, além do morfema, com aparência de placa esclerótica branca ou amarela, que raramente causa ulceração.

Embora o carcinoma raramente se espalhe para outras regiões (metástase) e geralmente seja totalmente curado quando diagnosticado precocemente, é importante a atenção a qualquer alteração na pele, em manchas já existentes ou novos crescimentos. Se não for adequadamente tratado, pode causar desfiguração do local, assim como há maiores chances de se espalhar.

Como é feito o diagnóstico do carcinoma basocelular?

O primeiro passo para diagnosticar o carcinoma basocelular é o exame físico com avaliação da pele de todo o corpo, do histórico clínico e saúde geral do paciente.

Durante a consulta o dermatologista pode realizar a dermatoscopia, um exame não invasivo com a utilização de um aparelho chamado desmatoscópio, que possibilita a ampliação da lesão em até 400x, permitindo uma avaliação mais detalhada inclusive da estrutura interna da pele.

O dermatoscópio é posicionado diretamente sobre a área afetada e emite um feixe de luz facilitando a observação. Alguns aparelhos são conectados a computadores, o que proporciona o armazenamento das imagens para avaliação posterior pelo dermatologista.

Geralmente é realizada uma biópsia para determinar o tipo histológico das lesões. A partir dos resultados diagnósticos é definido o tratamento mais adequado em cada caso.

Como o carcinoma basocelular é tratado?

O tratamento prevê a remoção de todo o tumor com uma margem de segurança do tecido normal em torno dele. A cirurgia costuma ser simples, realizada em clínicas especializadas ou consultórios médicos, com o uso de anestesia local.

Em alguns casos pode ser feita pela cirurgia de Mohs, procedimento que prevê a remoção das células por camadas, em diferentes etapas. Podem ser necessárias reconstruções com retalhos devido ao defeito causado pela retirada do local acometido, e, por isso, o médico especialista em câncer de pele é mais qualificado para realizar o procedimento.

A radioterapia também pode ser aplicada em estágios mais avançados e lesões mais extensas, ou em pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia. Pode ser associada a outros tratamentos.

A segmentação do tratamento prevê consultas a cada três meses para acompanhamento nos casos em que o câncer basocelular espalhou para outros órgãos e o rastreamento de novos cânceres de pele quando as lesões foram mais simples, semestralmente ou anualmente, durante toda a vida.

Os pacientes são orientados, ainda, para o autoexame e para o uso constante de proteção solar.

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Como os sarcomas de extremidades são diagnosticados?

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Embora alguns tipos de câncer tenham maior prevalência e, por esse motivo, sejam mais conhecidos pela população em geral, como o de cólon e o de mama, outros, apesar da baixa incidência, podem causar morbidade ou mesmo a morte e devem também ser motivo de atenção. Esse é o caso dos sarcomas de extremidades superiores e inferiores, os tumores de tecidos moles mais frequentemente registrados.

Tecidos moles são um grupo de tecidos localizados entre a epiderme e as vísceras. Conectam, sustentam e revestem estruturas do corpo como músculos, gordura, vasos sanguíneos, nervos, tendões e articulações e equivalem a aproximadamente 50% do peso corporal de um adulto.

Quer saber mais sobre os sarcomas de extremidades superiores e inferiores e quais sintomas eles manifestam? Continue a leitura deste texto até o final.

O que são sarcomas de extremidades?

Sarcomas de extremidades são os que correm nos tecidos moles dos membros superiores e inferiores, que respondem pela mobilidade, sustentação e equilíbrio do corpo, proporcionando o movimento corporal. Braços, antebraços, ombros e mãos representam as extremidades superiores, enquanto quadril, coxas, pernas e pés, as inferiores.

Os sarcomas de tecidos moles respondem por apenas 1% de todos os casos de tumores malignos. Os de extremidades são responsáveis por mais de 50% dos que ocorrem na região.

A causa exata da maioria dos sarcomas de tecidos moles permanece desconhecida, no entanto, alguns fatores aumentam o risco para o desenvolvimento deles, incluindo a exposição a carcinogênicos químicos, como substâncias presentes no tabaco ou em certos solventes, predisposição genética, exposição à radiação ou fatores imunológicos.

O câncer é uma doença que começa a partir de um dano a um gene ou a um grupo de genes de uma célula e progride quando os mecanismos do sistema imunológico de reparação celular falham. O sarcoma de tecidos moles começa nas células mesenquimais, que se desenvolvem em tecidos moles.

Existem mais de 50 tipos de sarcomas de tecidos moles. Alguns, entretanto, são mais frequentemente encontrados nas extremidades, como por exemplo, o lipossarcoma, que surge nas células de gordura, o leiomiossarcoma, no musculo liso, o fibrossarcoma, no tecido fibroso e o sinovial, nas articulações.

Conheça os sintomas de sarcomas de extremidades

O principal sintoma é uma massa indolor de crescimento lento, que pode surgir em qualquer uma das extremidades. Normalmente o problema é apenas percebido quando o tumor atinge um volume maior e em boa parte dos casos os pacientes o relacionam a algum outro evento, como por exemplo, lesões provocadas em uma queda ou partida de futebol, o que dificulta diagnóstico e tratamento precoces.

Em tamanhos maiores o tumor tende a causar compressão, resultando em parestesia, sensação de dormência na região. Algumas pessoas podem apresentar, ainda, perda de peso súbita e febre, embora não sejam sintomas comuns a todos. Tumores mais agressivos ou que crescem rapidamente também podem causar dor.

A manifestação de qualquer um deles, individualmente ou em associação, indica a necessidade de procurar um especialista, idealmente da área de oncologia especializada em tecidos moles, para evitar erros diagnósticos e atraso no tratamento.

Como os sarcomas de extremidades são diagnosticados?

Se houver suspeita a investigação inicia no exame físico, quando é possível a avaliação da massa tumoral. Posteriormente são realizados exames de imagem. Os de raio-X podem indicar a presença do tumor, mas o que apresenta maior especificidade para identificação de sarcomas de extremidades é a ressonância magnética (RMI).

Porém, a confirmação definitiva, pode apenas ser feita a partir da análise de fragmentos do tumor por biópsia.

Os resultados são fundamentais para o processo de estadiamento, que determina a localização e a extensão do tumor, possibilitando a individualização do tratamento e a definição do prognóstico de cada paciente.

Essa classificação é realizada pelo sistema internacional conhecido como TNM, aplicado a todos os tipos neoplasias. A letra T descreve o tamanho do tumor e qualquer disseminação para o tecido próximo. A letra N a disseminação para os nódulos linfáticos próximos e a letra M a metástase, ou disseminação para outras partes do corpo.

A diferenciação celular e os marcadores imuno-histoquímicos são critérios também considerados para a classificação adequada de sarcomas de extremidades.

Como é feito o tratamento de sarcomas de extremidades?

O tratamento padrão para os sarcomas de extremidades é a cirurgia para ressecção do tumor, que pode ou não ser associada ou não a outras terapias. Por exemplo, em alguns casos a radioterapia pode ser utilizada como tratamento neoadjuvante (antes da cirurgia), diminuindo o estadiamento local, contribuindo, dessa forma, para a preservação do membro.

Já as terapias adjuvantes, após o tratamento, são utilizadas quando as células cancerosas não são totalmente eliminadas ou se o risco de o câncer retornar for alto (recidiva).

Em alguns casos a amputação do membro por ser necessária, principalmente quando as chances de recorrência são altas, se houver manifestação de dor que não responde a medicamentos, sangramento ou fungos.

Para garantir melhores resultados, é fundamental procurar por hospitais ou clínicas, que possuam uma equipe oncológico especializada e multidisciplinar, proporcionando, dessa forma, um tratamento com qualidade e segurança, que possibilite, além da cura da doença, a preservação das funções da região afetada.

A segmentação do tratamento é de uma consulta a cada três meses a partir do término, durante dois anos. O paciente é considerado curado após cinco anos se não houver recidiva.

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Melanoma maligno: sintomas

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O melanoma é um tipo de câncer de pele que se desenvolve quando os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, pigmento que dá cor à pele, começam a crescer desordenadamente motivadas por uma mutação genética (erro no DNA).

Qualquer tipo de câncer se desenvolve como consequência dessa anormalidade celular, no entanto, alguns possuem um grau maior de malignidade, potencial para se espalhar pela corrente sanguínea ou gânglios linfáticos, resultando em metástase, ou seja, na formação de novos tumores em outras regiões do corpo.

Entre os cânceres de pele, por exemplo, embora o melanoma seja menos comum do que os outros dois tipos, carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, é o que oferece maior risco de metástase se não for diagnosticado e tratado precocemente.

Este texto aborda os sintomas de melanoma, um importante alerta sobre a possibilidade da doença, contribuindo, dessa forma, para diagnosticá-la precocemente.

Continue a leitura até o final para conhecê-los, saber os fatores que motivam o desenvolvimento desse tipo de câncer, as formas de tratamento e as chances de cura.

Quais são os sintomas de melanoma?

Os primeiros sintomas que indicam a possibilidade de melanoma são alterações que ocorrem em manchas, pintas ou verrugas já existentes, ou quando há uma nova formação, pigmentada ou com aparência pouco comum.

Existem diferentes tipos de melanomas, cada um possui uma característica diferente, que ajuda a identificar a doença. Veja abaixo:

  • Melanoma de disseminação superficial: esse tipo é o mais comum, responsável por 70% dos casos e geralmente desenvolve no torso masculino, nas pernas femininas e na parte superior das costas de ambos. Tem a aparência de mancha plana ou ligeiramente saliente, assimétrica com bordas irregulares, em tons de bege, marrom, preto, vermelho-rosa, azul ou branco. Pode surgir ainda como uma lesão pouco pigmentada, rosada ou na tonalidade da pele. Geralmente demora algum tempo para penetrar mais profundamente;
  • Lentigo maligno Melanoma: normalmente se desenvolve em pessoas mais velhas, na face, orelhas, pescoço e braços. Tem a aparência de uma mancha plana ou ligeiramente saliente com aspecto bronzeado e áreas com tonalidades que variam do preto-azulado a marrons claro e escuro. Em aproximadamente 5% dos casos se torna mais invasivo ou se espalha;
  • Melanoma acral lentiginoso: é a forma mais comum em pessoas que possuem a pele mais escura e desenvolve no tronco, pernas, braços, sob as unhas e couro cabeludo. Cresce mais rapidamente e profundamente, sendo invasivo desde os estágios iniciais;
  • Melanoma nodular: é o tipo mais agressivo de melanoma, cresce profundamente e rapidamente e responde por aproximadamente 15% de todos os casos. Ocorre normalmente no tronco, pernas e braços, ou no couro cabeludo de homens mais velhos. Tende a ser invasivo desde o diagnóstico inicial. Aparece como uma protuberância na pele de cor azul-preta, ou em tons que variam do rosa ao vermelho.

A observação de qualquer característica anormal, indica a necessidade de procurar auxílio médico. O diagnóstico precoce aumenta bastante as chances de sucesso do tratamento.

Por que o melanoma pode se formar?

Os melanócitos, células em que esse tipo de câncer começa, estão localizados na parte inferior da epiderme, camada externa da pele e produzem dois tipos de melanina: eumelanina e feomelanina.

O principal fator de risco para o desenvolvimento do melanoma é a exposição excessiva ao raios ultravioleta (UV), que provoca danos à pele. Por isso eles são mais comuns principalmente em áreas expostas, como braços, pernas, costas e face, embora também possam se desenvolver nas mais protegidas, incluindo palmas das mãos, sola dos pés e unhas.

Quando ocorrem danos à pele, o pigmento eumelanina tenta protegê-la, a tornando mais bronzeada. A eumelanina está presente em maior quantidade em pessoas com a pele mais escura, por isso elas têm maior proteção natural quando comparadas às de pele clara, mais suscetíveis, portanto, aos danos provocados pelos raios UV e ao desenvolvimento de melanomas.

Outros fatores também podem contribuir para o desenvolvimento de melanoma, como o histórico familiar da doença, sistema imunológico enfraquecido e possuir muitas manchas como sardas.

Qual a possibilidade de cura do melanoma?

Após a realização de diferentes exames para confirmar a presença de melanomas é definida a abordagem terapêutica, que além da ressecção do tumor pode ser associada a terapias adjuvantes (após o tratamento).

Os tumores diagnosticados nos estágios iniciais, como normalmente ainda não infiltraram ou apresentam evidências de disseminação, são apenas removidos por cirurgia, com chances de cura em mais de 90% dos casos e menor risco de recidiva, ou seja, de o câncer retornar.

Em estágios mais avançados, por outro lado, as células anormais já se espalharam, atingindo os gânglios linfáticos ou órgãos distantes, o que torna o tratamento mais difícil: tumor e tecidos afetados são removidos, assim como são utilizadas terapias adjuvantes para eliminar as células cancerosas que ainda permanecerem.

Atualmente, tratamentos complementares, como imunoterapias e terapias direcionadas, têm demostrado resultados bastante positivos em pacientes com melanoma em estágios mais avançados, ajudando a evitar recidivas e contribuindo para aumentar a sobrevida, ou mesmo promovendo a cura em muitos casos.

Os melanomas, entretanto, assim como outros tipos de câncer de pele, podem ser prevenidos ou diagnosticados precocemente. Para isso, além de evitar a exposição excessiva ao sol, principalmente nos horários mais quentes do dia (de 10h às 16h), é fundamental o uso diário de protetor solar e a realização periódica do autoexame.

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Câncer de cólon: saiba mais sobre as causas

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É muito comum câncer de cólon acometer também a porção retal do intestino e, por isso, com frequência a denominação é feita como câncer colorretal.

É uma condição muito prevalente no mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente em 2020 foram catalogados mais de 40 mil casos.

O cólon é uma das porções do intestino grosso, assim como ceco, reto e ânus. Mede cerca de 1 metro e 50 centímetros (1,5m) e é responsável principalmente pela absorção hídrica para formação de um bolo fecal firme e consistente. Suas camadas são subdivididas e possuem diversas células em sua composição, para garantir que o processo digestivo seja eficaz.

Assim como o restante do intestino, está suscetível a diversas condições, como doenças inflamatórias e cânceres.

O câncer de cólon é uma das condições que pode surgir no intestino e provocar uma série de prejuízos à qualidade de vida do paciente. Isso faz com que seja recomendado o diagnóstico nos estágios iniciais, para que o tratamento e prognóstico sejam mais eficientes.

Se interessou pelo tema? Então acompanhe o nosso post!

O que é o câncer de cólon?

O câncer de cólon, ou neoplasia maligna, surge em decorrência de mutações no material genético celular. Essas alterações no DNA desencadeiam defeitos na divisão das células, ou seja, tornam o processo acelerado e agressivo.

Com a proliferação em descontrole, gradativamente uma pequena lesão é formada e pode evoluir para um tumor neoplásico. Os tumores podem prejudicar o funcionamento do órgão no qual se localizam, ou até mesmo crescer a ponto de atingir estruturas vizinhas.

Tumores malignos possuem comportamento mais agressivo quando comparados aos benignos. Os pontos mais característicos do tumor dessa natureza são a alta taxa de proliferação celular, invasão dos tecidos ao redor e a distância.

Em alguns casos, cânceres podem evoluir de maneira silenciosa e não gerar sinais clínicos sugestivos para o paciente em estágios iniciais. Portanto, quando se percebe, o câncer de cólon pode estar em estágios avançados e, por isso, é importante ficar atento às causas, fatores de risco e sintomatologia.

O que causa o câncer de cólon?

Existem diversas causas que foram identificadas e estudadas em pacientes portadores de câncer de cólon. Algumas condições foram visualizados com maior frequência em indivíduos com câncer de cólon, como:

  • Polipose adenomatosa familiar (PAF): uma doença hereditária, que provoca o surgimento de pólipos principalmente no cólon, que podem progredir para câncer de cólon se não tratados adequadamente;
  • Pólipos hiperplásicos e pólipos inflamatórios: esse quadro é mais comum e tem menor relação com câncer de cólon, mas deve ser investigado quando os pólipos possuírem mais do que 1 cm de tamanho.

Além disso, existem fatores que predispõem, ou seja, favorecem o surgimento de câncer de cólon. Dentre eles, estão:

  • Idade superior a 50 anos;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo (falta de atividade física);
  • Alimentação irregular, alta ingestão de alimentos embutidos e processados e pobres em fibras e nutrientes;
  • Tabagismo (hábito de fumar) e alcoolismo;
  • Ingestão excessiva de carne vermelha;
  • História familiar com casos de cânceres intestinais;
  • História pessoal com caso de câncer de intestino, câncer de ovários, câncer de útero ou mama;
  • Portar doenças inflamatórias intestinais: doença de Crohn ou retocolite ulcerativa;
  • Exposição ocupacional à radiação ionizante.

Todos esses fatores aumentam o risco de o indivíduo desenvolver mutações no material genético celular e favorecer o surgimento do câncer de cólon. Apesar disso, grande parte deles estão relacionados a hábitos de vida e, portanto, são passíveis de serem evitados para que exista uma prevenção maior.

Algumas mudanças no estilo de vida, como cessação do tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas, além da prática de atividade física e adoção de uma alimentação saudável, podem ser muito úteis no processo de prevenção, principalmente se o paciente possuir casos de câncer de cólon na família.

Uma alimentação balanceada rica em frutas, verduras e vegetais, dotados de fibras, proteínas e minerais, tornam o trânsito intestinal mais flexível e menos irritativo, contribuindo para reduzir a chance de desenvolver câncer de cólon.

Quais são os principais sintomas?

Os sintomas podem surgir vagarosamente em alguns casos, dependendo da evolução do câncer de cólon. Dentre os mais comuns, estão:

  • Emagrecimento acentuado não intencional;
  • Sangramentos nas fezes;
  • Dor durante a evacuação;
  • Fadiga;
  • Mal-estar;
  • Dor ou desconforto abdominal;
  • Tenesmo retal (vontade persistente de evacuar, mas com sensação de esvaziamento incompleto);
  • Alteração do padrão intestinal, alternando entre diarreia e constipação.

Em caso de surgimento de sintomas semelhantes, um médico especialista em oncologia deve ser consultado para realizar a investigação. É importante ressaltar que cânceres devem ser diagnosticados em estágios iniciais, visto que torna o prognóstico melhor.

A partir da apresentação da história clínica sugestiva, o médico pode solicitar exames laboratoriais, como pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia, para identificar possíveis lesões.

O diagnóstico da lesão é feito a partir da realização da biópsia e análise microscópica para evidenciar achados neoplásicos. Confirmado o diagnóstico, parte-se para o estadiamento do tumor, que permite identificar o estágio em que a condição se encontra.

Após isso, o tratamento é definido. Dentre os métodos mais utilizados para tratar o câncer de cólon, estão os procedimentos cirúrgicos para ressecção do tumor. Além disso, quimioterapia e radioterapia podem ser associadas para aumentar as chances de cura.

Quais são as possíveis consequências do câncer de cólon?

Se não tratado, o câncer de cólon pode evoluir para uma série de complicações. Os sangramentos crônicos e não tratados tendem a resultar em quadros anêmicos, o que torna o paciente mais cansado, fraco e menos disposto.

Outra consequência do estágio avançado do câncer de cólon é a obstrução intestinal. A massa tumoral pode crescer a ponto de impedir o fluxo normal de fezes no intestino, provocando a retenção, o que desencadeia desconforto abdominal difuso para o paciente e risco de perfuração.

Evoluindo com quadros de infecção, conhecidos como peritonite, abscessos, septicemia, quando a infecção se dissemina para o sangue e contamina todo o corpo, pode levar até mesmo a óbito.

Por isso, é extremamente importante descobrir o câncer de cólon em seus estágios iniciais, visto que, dessa forma, as chances de cura aumentam e as chances de complicações são reduzidas.

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Câncer de ânus: quais são os principais sintomas?

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O câncer de ânus é um dos tipos mais raros de cânceres catalogados mundialmente. Porém, nos últimos anos vem aumentando o número de casos, se tornando mais comum, principalmente em mulheres.

O sistema digestivo se inicia na boca, e é seguido pelo esôfago, estômago, intestino delgado e grosso. O intestino grosso, por sua vez, se inicia no ceco e termina no ânus.

Esse é o sistema responsável pela digestão dos alimentos. Para que o processo ocorra, o sistema digestivo também conta com tecidos e órgãos anexos, como dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas.

Esses órgãos auxiliam no processo digestivo por meio da ação mecânica, produção de enzimas e secreção de hormônios.

O alimento passa por todo esse trajeto para que seja digerido e o bolo fecal firme e consistente seja formado. Em alguns casos, pode haver diarreia (fezes líquidas ou pastosas) e constipação (prisão de ventre), em virtude de quadros infecciosos, de intoxicação alimentar, enjoos e diminuição do apetite.

O ânus, consiste, então, em um orifício exterior por onde fezes e gases são exteriorizados do corpo. O canal anal é composto, basicamente, por dois esfíncteres (interno e externo) e ambos são estruturas musculares, capazes de contrair provocando o fechamento e relaxar, para promover a abertura do canal.

Geralmente, o câncer de ânus surge na porção exterior do orifício e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é um tipo de câncer raro e que representa cerca de 1% de todos os tumores que surgem no cólon e reto, as porções do intestino grosso.

Apesar de ser incomum, é sempre importante se atentar aos sintomas e procurar um médico se surgirem. Isso porque, cânceres de maneira geral, quando diagnosticados em seu estágio inicial, têm um prognóstico mais eficiente.

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O que é o câncer de ânus e como ele surge?

O câncer de ânus, assim como os outros tipos de câncer, surge a partir de mutações no DNA das células. A alteração no material genético desregula o processo de proliferação celular normal e faz com que as células se dividam desordenadamente.

Essa divisão exagerada, progressivamente, forma uma pequena massa ou pólipo nas bordas exteriores do canal anal, que evolui para um tumor.

A forma mais comum de câncer de ânus identificada é o carcinoma epidermoide, que surge no tecido epitelial, mais especificamente nas células escamosas.

Existem alguns fatores que predispõem a formação dessas alterações genéticas, dentre as quais podem ser citadas:

  • Tabagismo (hábito de fumar);
  • Infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e vírus da imunodeficiência humana (HIV);
  • Outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como clamídia, gonorreia e herpes genital;
  • Pacientes em utilização de imunossupressores;
  • Fístula anal crônica;
  • Mulheres com histórico positivo para câncer de colo de útero, de vagina ou vulvar;
  • Higiene precária e irritação crônica do ânus.

Alguns dos fatores citados estão relacionados à hábitos de vida. Portanto, a mudança de alguns hábitos, como a cessação do tabagismo, prevenção à infecção pelo HPV por meio da vacinação, higiene adequada e utilização de preservativos durante o ato sexual, pode ser útil para prevenir o surgimento do câncer de ânus.

Quais são os sintomas de câncer de ânus?

O câncer de ânus, assim como os outros tipos de câncer, pode ser silencioso e demorar para que algum sintoma surja. Além disso, quando aparece, a sintomatologia pode ser inespecífica.

O paciente pode apresentar emagrecimento acentuado não intencional, fadiga, náuseas, dor e desconforto locais persistentes e até mesmo febre. Contudo, alguns sinais mais específicos são notados pelo paciente, como:

  • Hematoquezia: sangramentos anormais que podem ser visualizados nas fezes ou durante a higiene;
  • Dor perianal durante a evacuação;
  • Necessidade de esforço evacuatório;
  • Alteração do hábito intestinal, podendo alternar entre constipação (prisão de ventre) e diarreias;
  • Desconforto abdominal;
  • Incontinência fecal: incapacidade de controlar a saída de fezes;
  • Tenesmo retal: vontade intensa e recorrente de evacuar, mas com a sensação de que a evacuação não foi completa;
  • Aumento do tamanho local ou próximo do ânus;
  • Coceira;
  • Ardor;
  • Feridas na região;
  • Secreções anormais.

Todos esses sinais podem surgir durante o processo de evolução do câncer, sendo os mais comuns o sangramento anal vivo durante a evacuação, associado a dor na região do ânus.

Em caso de aparecimento, um médico oncologista deve ser consultado para a realização de exames investigativos e implementação do tratamento precoce.

Quais são as possibilidades de tratamento?

Como foi dito, quando descoberto em suas fases iniciais o câncer de ânus possui maiores chances de cura. Após a confirmação diagnóstica, o tamanho, localização e extensão do tumor devem ser identificados para que a melhor opção de tratamento seja escolhida.

O tratamento pode ser clínico, expectante para acompanhar a evolução do tumor durante um período, ou cirúrgico que prevê a retirada total para impedir que ele avance. Durante esse procedimento, sob efeito de anestésicos, o paciente não sente dor.

Porções do ânus muitas vezes são retiradas para que as chances de recidiva sejam diminuídas. Além disso, quimioterapia e radioterapia podem ser associadas ao tratamento para tornar o processo mais eficiente.

Gostou do post? Então visite o nosso artigo para saber mais sobre câncer de ânus!

Câncer de pâncreas: o que é e quais são suas possíveis complicações

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O câncer de pâncreas, assim como outros tipos de câncer, consiste em uma condição complexa. É um desafio para a ciência e compreensão de seus métodos diagnósticos e formas de tratamento.

O pâncreas é um órgão que mede cerca de 15 a 25 cm de comprimento, de função glandular – secreta substâncias e enzimas que atuam em diversas reações do corpo.

Possui função mista, ou seja, endócrina, que produz substâncias a serem lançadas na própria corrente sanguínea, e exócrina, que produz substâncias a serem lançadas no sistema digestivo.

O órgão fica localizado na parte superior da cavidade abdominal, no retroperitônio, mais especificamente situado atrás do estômago. Pode ser dividido em três porções que são denominados cabeça, corpo e cauda do pâncreas.

O tecido pancreático é composto por uma grande diversidade celular, dentre as células que o compõem podemos citar:

  • Células PP;
  • Células alfa;
  • Células beta;
  • Células delta.

Elas têm como funções básicas a produção do suco pancreático, rico em enzimas como lipase, amilase e tripsina, que atua na digestão alimentar, além de outros hormônios muito importantes, como insulina, glucagon e somatostatina.

A insulina e glucagon produzidos pelo pâncreas são responsáveis pela regulação da glicemia, o nível de glicose que circula na corrente sanguínea. A insulina atua no processo de introdução da glicose nas células, retirando da corrente sanguínea, e o glucagon realiza o contrário, basicamente.

A deficiência de insulina no organismo pode provocar picos de hiperglicemia, grande quantidade de glicose na corrente sanguínea, e desencadear quadros diabéticos.

Além disso, outras condições por mau funcionamento do órgão são inflamações (pancreatite), deficiência digestiva e câncer de pâncreas.

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O que é câncer de pâncreas e como ele se desenvolve?

Câncer ou tumores malignos surgem em decorrência de mutações no material genético da célula. Essa alteração no DNA desencadeia um processo de reprodução celular inadequado. As células passam a se dividir desordenadamente formando uma pequena massa ou pólipo, que evolui para o tumor.

Esse tumor pode se expandir, agressivamente, e interferir no funcionamento normal do órgão no qual se localiza, ou até mesmo invadir outros tecidos e estruturas vizinhas.

No pâncreas, não é diferente. Com essa diversidade de tipos celulares, o órgão está suscetível, assim como os outros, a desenvolver um processo tumoral maligno.

A forma mais comum de manifestação é o adenocarcinoma (do tipo glandular) e pode se desenvolver nas três porções do órgão, porém é mais comum na porção correspondente à cabeça.

O tumor pode desregular o funcionamento normal do pâncreas e interferir em diversos processos metabólicos do corpo.

Assim como outros tipos de câncer, o pancreático geralmente se manifestar por uma sintomatologia inespecífica, como fraqueza, emagrecimento, dor abdominal, náuseas e vômitos. Esses sinais pouco precisos podem aparecer tardiamente e dificultar o diagnóstico precoce.

Existem alguns fatores de risco que favorecem a formação do câncer de pâncreas, como predisposição genética, hábitos de vida e outras condições. Dentre eles podemos citar:

  • Hereditariedade;
  • Tabagismo;
  • Alcoolismo (alto consumo de álcool);
  • Diabetes mellitus;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Ser portador de pancreatite crônica ou possuir casos no histórico familiar;
  • Exposição a substâncias carcinogênicas.

Portanto, dentre as possibilidades de prevenção, podemos citar a alteração de hábitos de vida. A prática regular de atividade física e uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes e verduras, podem ser grandes aliados na prevenção da obesidade e, com isso, diminuir a chance de desenvolvimento dessa condição.

Além disso, a cessação do tabagismo e da ingestão de álcool, podem atuar também na prevenção do desenvolvimento do câncer de pâncreas.

Quais são as possíveis complicações do câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas pode provocar complicações para o organismo de acordo com seu tamanho, taxa de crescimento e porção do órgão em que se localiza.

Quando o tumor se localiza na cabeça do pâncreas, ele pode crescer a ponto de obstruir o ducto biliar. Este ducto é por onde a secreção biliar é liberada na cavidade intestinal e possibilita a digestão das gorduras e dos óleos.

Um dos sintomas que pode aparecer precocemente, a partir da obstrução do ducto biliar e retenção da bile é a icterícia, amarelamento da pele, olhos e mucosas, podendo estar associada a prurido (coceira).

Outra complicação possível do quadro de câncer de pâncreas é o desenvolvimento de diabetes.

Isso porque, o órgão é responsável pela produção de insulina, hormônio responsável por diminuir a concentração de glicose no sangue, e, quando comprometida, a glicemia do paciente pode aumentar significativamente.

Além disso, o câncer de pâncreas altera a produção normal de algumas enzimas componentes do suco pancreático. Esse composto é liberado na porção duodenal do intestino delgado e auxilia na digestão do bolo alimentar.

A má digestão predispõe a quadros de hipovitaminose (queda na absorção de vitaminas), anemia, alteração do padrão intestinal e fezes gordurosas.

Como é feito o tratamento do câncer de pâncreas?

O diagnóstico precoce de cânceres, o que inclui o câncer de pâncreas, permite um prognóstico mais eficiente e uma maior gama de possibilidades terapêuticas. O tratamento depende do estágio e localização do tumor, avaliando as possíveis vantagens e desvantagens de cada opção.

Pode ser feito por meio de quimioterapia e radioterapia, isoladas ou associadas, prévia ou posteriormente a procedimentos cirúrgicos. Dentre as possibilidades cirúrgicas, está prevista a ressecção parcial ou total do órgão, avaliada pelo médico que acompanha o caso.

Além disso, o tratamento pode ser associado a terapias adjuvantes, como hormonioterapia e imunoterapia, de acordo com cada quadro e indicação para o paciente, e deve ser realizado com acompanhamento por profissionais e equipe especializados na área de oncologia, incluindo médicos, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. Assim, apresenta um melhor prognóstico.

Gostou do tema? Então visite o nosso artigo sobre câncer de pâncreas!

Câncer de cólon: o que é e quais podem ser suas complicações?

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O câncer de cólon ocorre na porção colônica do intestino. Essa região pertence, mais especificamente, ao intestino grosso, subdividido em quatro partes, o ceco, cólon, reto e ânus. Já o intestino delgado, compreende duodeno, jejuno e íleo.

A estrutura do cólon é semelhante à dos outros órgãos tubulares do sistema gastrointestinal. Na sua composição tecidual, os cólons possuem as camadas:

  • Mucosa: representa o revestimento epitelial do tubo e também produz muco;
  • Submucosa: contém vasos sanguíneos, tecido conjuntivo e gordura;
  • Muscular: responsável por promover o trânsito fecal através do intestino;
  • Serosa: composta de tecido conjuntivo frouxo e mesotélio.

Essa porção do intestino mede cerca de um metro e cinquenta centímetros (1,5m) e é subdividido em outras quatro porções: ascendente, transversa, descendente e sigmoide.

Fica localizada, em sua maior parte, no interior da cavidade abdominal e é responsável, basicamente pelo armazenamento e transporte do bolo fecal, bem como a absorção de íons, como sódio, potássio e cloreto, e água, a fim de tornar as fezes mais firmes e espessas.

Além do câncer, essa porção do intestino também está suscetível à outras formas de doenças, dentre as quais podem ser citadas:

  • Doença de Chron;
  • Retocolite ulcerativa;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Torções de alça;
  • Constipação (prisão de ventre);
  • Diarreia.

Cada uma dessas doenças tem origem e repercussões clínicas diferentes, assim como o câncer de cólon. Apesar disso, são passíveis de serem tratadas ou ao menos controladas, para melhoria da qualidade de vida do paciente, a partir de uma terapêutica eficaz implementada pelo médico responsável.

Quer saber mais sobre câncer de cólon? Então, acompanhe esse texto!

O que é o câncer de cólon?

O câncer de cólon, assim como os outros tipos, surge a partir de mutações no material genético das células. Essas alterações desencadeiam proliferações celulares desordenadas, que progressivamente formam uma pequena lesão ou pólipo.

No cólon, o câncer surge na parede do tubo intestinal e, gradativamente, com a divisão celular em descontrole, a massa cancerosa evolui para um tumor.

O processo tumoral pode se expandir a ponto de prejudicar o órgão ou tecido no qual se localiza, ou até mesmo crescer e atingir estruturas adjacentes. Os tumores podem ser de comportamento benigno, menos danoso para o organismo, ou de caráter maligno.

Tumores malignos possuem características específicas, como uma alta taxa de replicação celular, crescimento acelerado e comportamento agressivo e invasivo. Geralmente, cânceres dessa natureza são mais danosos ao organismo.

Apesar do crescimento acelerado mais comum, em alguns casos, o câncer de cólon evolui de maneira silenciosa, sem gerar sinais significativos para o paciente, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.

Diversos estudos afirmam que o câncer, quando descoberto em seu estágio inicial aumenta a taxa de sobrevida do paciente e torna o prognóstico melhor. Isso porque, quanto maiores as opções de tratamento, maior é a chance de cura.

Existem fatores que contribuem para o surgimento do câncer de cólon, como:

  • Alimentação irregular, pobre em fibras e rica em alimentos embutidos e processados;
  • Histórico familiar positivo para câncer de intestino;
  • Doenças inflamatórias intestinais (Doença de Chron e Retocolite ulcerativa);
  • Tabagismo (hábito de fumar);
  • Etilismo (consumo de bebidas alcoólicas);
  • Longos períodos sem evacuar;
  • Sedentarismo (falta de atividade física).

Apesar de todos esses fatores, existe a possibilidade de prevenção a partir da mudança de alguns hábitos de vida, como alimentação saudável, prática regular de atividade física e cessação do tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

Além disso, com o avanço da tecnologia e ciência, técnicas de rastreio possibilitam o diagnóstico precoce, mesmo que não haja recorrência de sintomas, principalmente para pacientes com histórico familiar positivo para câncer de cólon.

Quais são as possíveis complicações do câncer de cólon?

A descoberta do câncer de cólon em estágios tardios permite que o tumor cresça descontroladamente, gerando uma série de repercussões clínicas para o paciente. Dentre as mais comuns estão:

  • Obstrução intestinal: abrange cerca de 24% dos casos de câncer de cólon, a massa tumoral pode crescer a ponto de interferir no trânsito intestinal, de flatulências (gases) e fezes, e com isso gerar acúmulos no interior da cavidade intestinal;
  • Perfuração do intestino: é a segunda complicação mais comum. Em alguns casos, a obstrução pode aumentar a pressão no interior do intestino, devido à presença da massa tumoral e acúmulo de fezes, a ponto de distender e romper a parede;
  • Hemorragia: o paciente pode apresentar constantes episódios de sangramentos que podem ser identificados nas fezes, que em casos crônicos, pode acarretar quadros de anemia;
  • Metástases: o tumor pode se desenvolver a ponto de células cancerosas se desprenderem e se fixarem em locais diferentes do de origem, como fígado e pulmão, iniciando um novo sítio do processo tumoral;
  • Choque séptico: o rompimento da parede intestinal pode deslocar fezes para o interior da cavidade abdominal, propiciando o início de um quadro infeccioso potencialmente perigoso.

Esses sinais evidenciam estágios avançados do câncer de cólon e indicam urgência da necessidade do conhecimento profissional médico especializado a respeito do quadro.

Quais são os sintomas do câncer de cólon que podem surgir?

O câncer de maneira geral, possui sintomatologia inespecífica, porém a hipótese pode ser levantada diante de alguns sinais clínicos. O paciente pode apresentar emagrecimento acentuado, dores persistentes, fadiga e até mesmo febre, como sintomas gerais.

Dentre os sintomas mais específicos, estão:

  • Dor local ou difusa;
  • Desconforto abdominal;
  • Hematoquezia: sangramento vivo que pode ser visualizado nas fezes;
  • Alteração do padrão intestinal, podendo alternar entre constipação (prisão de ventre) e diarreia;
  • Evacuações dolorosas, associadas a necessidade de esforço evacuatório;
  • Afinamento das fezes.

Todos esses sinais são sugestivos de quadros de câncer de cólon, portanto um médico oncologista deve ser consultado.

Existe tratamento para câncer de cólon?

Sim, existem opções para tratar o câncer de cólon que dependem do tamanho, localização e extensão do tumor. Dentre elas, a cirurgia oncológica para a retirada do tumor pode ser mais indicada, visto que viabiliza a interrupção do crescimento tumoral e avanço da doença.

A cirurgia pode demandar a retirada de porções do intestino, porém pode ser reconstituído e o trânsito intestinal restabelecido. Além disso, quimioterapia e radioterapia podem ser indicadas, inclusive em associação com o tratamento cirúrgico.

Após o tratamento, o médico oncologista deve ser regularmente consultado para acompanhamento do paciente, a fim de identificar possíveis recidivas do câncer de cólon.

Gostou do nosso post? Então visite o nosso texto para saber mais! Em casos de dúvida, deixe nos comentários, pois iremos responder!

Câncer gástrico: quais são os principais sintomas?

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O câncer, ou neoplasia maligna, também como pode ser denominado, é uma condição desafiadora para a ciência nos dias atuais. A sua diversidade de manifestação de pode variar desde câncer gástrico à de bexiga, de ossos ou fígado.

O tumor gástrico é o câncer que se manifesta no estômago. É o terceiro tipo mais comum que acomete homens e o quinto em mulheres.

O estômago é um órgão que faz parte do sistema digestivo e é responsável por transformar o bolo alimentar em quimo (uma massa pastosa de caráter ácido). Tem o formato de bolsa, por isso pode armazenar os alimentos para o processo de digestão.

O estômago é dividido em quatro regiões, possui esfíncteres, estruturas musculares nas extremidades, que servem para controlar o trânsito alimentar em seu interior. Tem composição e funções diversas.

As principais células que compõem o estômago são:

  • Da mucosa de superfície: secretam a substância ácida;
  • Tronco: substituem as células que são agredidas;
  • Oxínticas ou parietais: produzem o fator intrínseco e secretam ácido clorídrico;
  • Principais ou zimogênicas: secretam pepsinogênio e a enzima lipase;
  • Enteroendócrinas: liberam gastrina.

O câncer gástrico, assim como os outros tipos de cânceres, surge em decorrência de mutações no material genético celular. Essa alteração no DNA provoca uma proliferação desordenada e agressiva das células que, ao longo do tempo, pode formar uma pequena massa com evolução progressiva para um tumor.

De acordo com a taxa de evolução e crescimento do tumor, pode agredir o órgão no qual se localiza ou se expandir a ponto de invadir e prejudicar estruturas vizinhas ou a distância. Por se tratar de uma condição de evolução lenta e gradativa, muitas vezes o câncer é detectado tardiamente.

Apesar disso, existem métodos e outras tecnologias para o diagnóstico e tratamentos precoces, que aumentam a taxa de sobrevida e promovem um prognóstico mais eficiente.

Gostou do tema? Então acompanhe o nosso post para saber mais sobre o câncer gástrico!

Como o câncer gástrico se desenvolve?

Como foi dito, cânceres surgem em virtude de mutações no DNA das células. No estômago não é diferente e existem alguns fatores que predispõem o indivíduo a desenvolver essa condição.

Dentre os fatores de risco conhecidos para desenvolvimento de câncer gástrico existem a hereditariedade, os hábitos de vida e exposição a substâncias carcinogênicas. Podem ser citados, ainda:

  • Ser do sexo masculino;
  • Idade superior a 50 anos;
  • Obesidade;
  • Alcoolismo;
  • Tabagismo;
  • Alto consumo de sal, alimentos defumados e embutidos;
  • Histórico familiar positivo para câncer de estômago;
  • Exposição à radiação ionizante, compostos químicos, como benzeno;
  • Doenças prévias como anemia perniciosa, gastrite crônica, metaplasia intestinal, infecções pela Helicobacter pylori.

Todos esses fatores tornam o indivíduo mais suscetível a desenvolver alterações genéticas que desencadeiam o processo tumoral.

No estômago, o tumor pode surgir na parede da cavidade e evoluir gradativamente até que desperte alguns sinais para o paciente. O tipo histológico mais comum do câncer gástrico é o adenocarcinoma, neoplasia maligna de caráter glandular.

Outras formas, que podem surgir em casos mais raros, são os tumores estromais do trato gastrointestinal – GIST (ocorre nas estruturas musculares que compõem o estômago) ou linfomas no tecido linfático.

Existem alternativas para prevenir cânceres de maneira geral, incluindo o câncer gástrico. Dentre elas, mudanças nos hábitos de vida podem ser aplicadas para diminuir a chance de desenvolvimento dessa condição. Como exemplo podem ser iniciadas a prática regular de atividade física e uma dieta rica em verduras, legumes e frutas, com maior ingestão de fibras, vitaminas ou minerais e redução do consumo de sal.

Dessa forma, promove-se a perda de peso, melhoria do condicionamento cardiovascular, além de prevenir o surgimento de cânceres e condições como diabetes. Outras opções são a cessação do consumo de álcool e do hábito de fumar, que atuam como fortes fatores de risco.

Quais são os sintomas do câncer gástrico?

Assim como os outros tipos de tumor, o câncer gástrico pode demorar para provocar sintomas. Além disso, quando provoca, pode se manifestar por meio de uma sintomatologia inespecífica.

Dentre eles podem surgir dores abdominais persistentes, emagrecimento acentuado não intencional, sangramentos anormais, febre, cansaço e outros.

Porém, alguns sinais mais específicos podem surgir, o que desperta o olhar médico para a possibilidade de se tratar de um câncer gástrico. Os sintomas que podem surgir são:

  • Melena: fezes escurecidas, malcheirosas, com aspecto de semelhante a borra de café, em decorrência do sangramento no trato digestivo;
  • Anemia;
  • Refluxo, indigestão e desconforto estomacal;
  • Hiporexia: redução do apetite;
  • Sensação de empachamento após refeições;
  • Náuseas e vômitos;
  • Massa palpável na porção superior do abdome.

Esses sinais podem surgir de acordo com o estágio e evolução da massa tumoral, ou seja, vai depender do grau de comprometimento do organismo devido a presença do câncer gástrico.

O estadiamento do tumor também auxilia na definição das melhores opções de tratamento.

Como é o diagnóstico e tratamento do câncer gástrico?

Assim como os outros tipos de processo tumoral, é recomendado que o câncer gástrico seja diagnosticado precocemente.

A investigação parte da análise da história clínica sugestiva, do exame físico, avaliação laboratorial e exames de imagem. O diagnóstico é confirmado a partir da biópsia colhida por meio do exame de endoscopia digestiva alta (EDA). Esse exame permite que o médico visualize toda a extensão do esôfago e estômago, além de possibilitar a coleta de amostras para serem visualizadas no microscópio.

A partir da confirmação, pode ser solicitada uma tomografia computadorizada para se estimar a extensão do tumor.

O tratamento de escolha depende do grau de extensão, localização, se existe comprometimento de estruturas vizinhas e avaliação das vantagens e desvantagens de cada terapêutica implementada.

A cirurgia pode ser uma opção de tratamento para câncer gástrico. A remoção do tumor pode implicar na retirada de porções ou até mesmo completa do órgão dependendo da sua extensão, em um procedimento conhecido como gastrectomia.

A quimioterapia e a radioterapia podem ser indicadas antes, para interromper ou diminuir o crescimento do tumor, e depois da cirurgia para diminuir chances de recidiva.

Além disso, a imunoterapia também pode ser indicada em alguns quadros para um prognóstico mais eficiente. O tratamento deve ser implementado e acompanhado por uma equipe multidisciplinar especializada em oncologia.

Portanto, é importante ter atenção aos sinais e sintomas para que, em casos de suspeita, o câncer gástrico seja detectado e diagnosticado precocemente. Dessa forma, será tratado precocemente e o prognóstico pode ser mais favorável.

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Câncer de reto: o que é e quais são seus principais sintomas?

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Câncer, ou neoplasia maligna, é uma condição caracterizada por uma massa agressiva, em expansão, que surge em alguma região do corpo. Essa massa pode surgir em vários órgãos e tecidos, como câncer de reto, fígado, pulmão, rins, cérebro, pâncreas e vários outros.

O câncer ocorre em virtude de mutações no material genético das células que interferem na sua replicação normal. Isso faz com que se dividam, desordenadamente, formando uma pequena massa ou pólipo que evolui para um tumor e pode agredir órgãos e estruturas vizinhas.

A partir da sua evolução, pode provocar uma série de sintomas e prejudicar o funcionamento adequado do organismo. Por possuir essas várias regiões de manifestação, o câncer tem uma sintomatologia inespecífica em muitos casos. Dentre os sintomas que podem surgir podemos citar:

  • Dores persistentes, localizadas ou difusas;
  • Emagrecimento sem causa aparente;
  • Náuseas e vômitos;
  • Alteração do apetite;
  • Sangramentos anormais;
  • febre.

Por isso, é difícil identificar um câncer em seu estágio inicial pela baixa especificidade dos sintomas. Entretanto, com o avanço tecnológico e científico, nos dias atuais podemos rastrear e identificar cânceres em seus estágios iniciais.

Esse progresso na ciência permite maiores possibilidades de investigação, diagnóstico precoce e várias opções de tratamento. Sabe-se que o diagnóstico do câncer em seu estágio inicial promove um prognóstico melhor.

Isso ocorre pois o câncer, de maneira geral, quando descoberto precocemente pode ser tratado com uma gama maior de intervenções terapêuticas, o que oferece para o paciente maiores chances de sobrevida.

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O câncer de reto

O câncer de reto consiste numa massa ou tumor em expansão na parede intestinal, que surge na porção retal do órgão. O intestino é um órgão tubular com cerca de 5 metros de extensão. É dividido em segmentos, como delgado e grosso, e possui regiões adjacentes como ceco e reto.

O reto é a porção final do intestino que se inicia após o cólon sigmoide, do intestino grosso, e se estende até o ânus. Geralmente, essa cavidade permanece vazia pois as fezes são mantidas armazenadas no cólon descendente antes de serem evacuadas.

Ao avançarem no tubo, passando pelo cólon sigmoide, despertam a sensação de necessidade de evacuação e são liberadas passando pelo esfíncter anal, um anel muscular que auxilia no processo.

O câncer de reto, surge geralmente nas células de revestimento da parede intestinal como uma pequena massa ou pólipo, sem gerar sinais significativos. Na maior parte dos casos, se trata de um adenocarcinoma, tumor que começa nas células glandulares.

Os pólipos podem permanecer inofensivos ou podem evoluir, interferindo no funcionamento normal do órgão e tecidos adjacentes, como na obstrução da luz do canal, o que atrapalha o sentido normal de trânsito intestinal e provoca a retenção de fezes.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento dessa condição são:

  • Idade maior do que 50 anos;
  • Alimentação irregular (pobre em frutas, vegetais e alimentos ricos em fibras);
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Histórico pessoal de doenças inflamatórias intestinais (doença de Chron e retocolite ulcerativa);
  • Histórico familiar de câncer retal ou polipose adenomatosa;
  • Infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, HPV, clamídia, herpes genital;
  • Tabagismo e alcoolismo;
  • Fístula anal crônica.

Quais os sintomas do câncer retal?

O câncer de reto pode se apresentar de maneiras inespecíficas, assim como outras formas de câncer. Porém, existem alguns sintomas mais frequentemente identificados nos pacientes que são mais específicos. Dentre eles temos:

  • Alteração do ritmo intestinal, se apresenta como sintoma mais comum e pode alternar entre padrões de diarreia e constipação (intestino preso);
  • Dor abdominal ou na região anal;
  • Emagrecimento repentino e sem causa aparente;
  • Tenesmo retal que é a vontade intensa de evacuar, mas que não há esvaziamento adequado;
  • Hematoquezia que é o sangramento vivo nas fezes, podendo ser visualizada no papel, durante a higiene, ou em padrão de fita junto ao bolo fecal;
  • Coceira e ardor na região anal;
  • Secreções incomuns;
  • Incontinência fecal, que é a incapacidade de segurar as fezes.

Todos esses sinais podem aparecer individualizados ou em conjunto e servem como alerta para o médico iniciar a investigação. Portanto, ao se identificar a manifestação sintomática dessa natureza, o médico especializado deve ser consultado.

Quais são os métodos diagnósticos e opções para tratamento?

O diagnóstico precoce visa identificar o tumor num estágio inicial para permitir maiores possibilidades de tratamento. A investigação se inicia na queixa clínica de alguns sintomas apresentados pelo paciente que sugiram a hipótese de câncer de reto, ou por meio de rastreio para grupos de risco.

Os métodos utilizados para o diagnóstico, além da história clínica, podem ser o exame de toque, anuscopia e proctoscopia, utilizados para visualizar alterações no interior da cavidade intestinal por meio de um espéculo. A biópsia do tecido auxilia na confirmação.

Além disso, exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), podem ser solicitados para auxiliar nas hipóteses diagnósticas.

Os exames laboratoriais podem ser solicitados, de acordo com o quadro, para investigar outras alterações, como anemia, marcadores tumorais e enzimas hepáticas. Além disso, auxiliam nas escolhas terapêuticas para o paciente.

O tratamento dessa condição depende do estadiamento do tumor, ou seja, em qual estágio de evolução ele foi descoberto. Por isso é importante o diagnóstico precoce, pois, dessa forma, são maiores as opções de intervenção dessa condição.

Dentre as alternativas de tratamento para o câncer de reto existem a quimioterapia, a radioterapia e o método cirúrgico. Além disso, opções adjuvantes, como imunoterapia, podem ser avaliadas pelo médico.

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