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Câncer de pâncreas: sintomas

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O pâncreas, glândula do aparelho digestivo, é responsável pela produção de enzimas que atuam na digestão dos alimentos e do hormônio insulina, que regula os níveis de glicose no sangue.

O tipo mais comum de câncer de pâncreas é o adenocarcinoma, que se origina no tecido glandular. Nesse caso, nas células de revestimento dos dutos pancreáticos por onde as enzimas digestivas são liberadas.

A localização, critério que dificulta o diagnóstico, além da agressividade desse tipo de câncer, resultam na rápida disseminação para órgãos próximos, como estômago, intestinos, fígado, baço e outras estruturas, classificando-o um dos mais letais no mundo todo.

Por isso, é importante ficar atento a qualquer sintoma que possa sugerir a doença e procurar auxílio médico com urgência diante dessa manifestação.

Este texto destaca os principais sintomas de câncer de pâncreas, assim como os fatores de risco e chances de cura. Boa leitura!

Quais são os sintomas de câncer de pâncreas?

Ainda que nos estágios iniciais o câncer de pâncreas geralmente seja assintomático, o que também leva ao diagnóstico tardio, à medida que a doença avança diferentes sintomas podem ocorrer, incluindo:

  • Perda de apetite ou perda de peso sem motivo aparente;
  • Dor abdominal que se irradia para as costas;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Má digestão;
  • Sensação de plenitude;
  • Azia;
  • Icterícia: pele e olhos amarelos, urina de cor escura e fezes de cor clara;
  • Comichão na pele;
  • Novo diagnóstico de diabetes;
  • Dificuldades para controlar o diabetes existente;
  • Coágulos sanguíneos;
  • Fadiga.

O pâncreas é dividido em três áreas: a extremidade mais larga, conhecida como cabeça, localizada do lado direito, a do meio, chamada corpo ou seção central e a extremidade mais estreita ou cauda, localizada do lado esquerdo. Na maioria das vezes o câncer se desenvolve na cabeça do pâncreas.

Vários pacientes apresentam dor intensa no abdome superior, que geralmente se irradia para as costas. A perda de peso também é comum. Quando se desenvolve na cabeça do pâncreas pode provocar icterícia obstrutiva em 80% a 90% dos pacientes.

Além disso, causa diabetes em 25% a 50% dos pacientes, produzindo sintomas de intolerância à glicose, assim como pode interferir na produção de enzimas digestivas, resultando, consequentemente, na má digestão e absorção de nutrientes.

A má digestão e absorção de nutrientes, provoca distensão abdominal e acúmulo excessivo de gases, além de diarreia aquosa, gordurosa e/ou com odor forte, causando perda de peso e deficiências de vitaminas.

É importante procurar um especialista se houver a manifestação de qualquer sintoma, isoladamente ou em associação.

Por que o câncer de pâncreas se desenvolve?

Não existe uma causa específica para o câncer de pâncreas, que pode ser motivado por diferentes fatores. Por ser mais comum em pessoas acima dos 65 anos (raramente ocorre abaixo dos 35 anos), o envelhecimento é considerado um dos principais. Os outros são:

  • Histórico familiar de câncer pancreático;
  • Histórico pessoal ou familiar de inflamação crônica do pâncreas (pancreatite crônica);
  • Tabagismo;
  • Alcoolismo;
  • Obesidade ou excesso de gordura corporal;
  • Pré-diabetes;
  • Diabetes de longo prazo;
  • Algumas doenças genéticas;
  • Doença periodontal;
  • Sedentarismo;
  • Contato com produtos químicos e metais pesados.

Para evitar a ocorrência desse tipo de câncer é importante manter um estilo de vida mais saudável, o que inclui a adoção de uma dieta alimentar rica em nutrientes e pobre em gorduras, a prática regular de exercícios físicos e evitar o consumo de tabaco e álcool.

Pessoas consideradas grupo de risco, como as que possuem histórico familiar da doença, pessoal ou familiar de pancreatite e as obesas, devem ser periodicamente investigadas. O câncer de pâncreas é detectado por testes laboratoriais, exames de imagem e quando há sintomas sugestivos da doença.

O câncer de pâncreas tem cura?

Por ser mais agressivo, deve ser investigado e tratado por equipe especializada em câncer de pâncreas. O tratamento depende da localização do tumor e estágio de desenvolvimento, pode ser cirúrgico, por radioterapia ou quimioterapia, em associação ou isoladamente, de acordo com cada caso.

Essas terapias podem ser aplicadas antes da cirurgia, para diminuir o tumor e facilitar a remoção (neoadjuvantes) ou após a cirurgia, para eliminar possíveis células cancerosas que ainda permanecem.

Durante o procedimento cirúrgico o pâncreas pode ser removido parcialmente ou totalmente, assim como outros órgãos afetados. No entanto, atualmente, esse procedimento é realizado por técnicas minimamente invasivas, com menores danos às regiões operadas.

Além disso, as terapias neoadjuvantes e adjuvantes são hoje mais modernas, ao mesmo tempo que surgiram diferentes tratamentos complementares, contribuindo para aumentar as taxas de sobrevida e as chances de cura dos pacientes diagnosticados com a doença.

As chances de cura são bem mais altas quando o diagnóstico é feito precocemente, embora os avanços nos tratamentos e tecnologias, tenham possibilitado diversos registros atuais de casos de sucesso quando a doença está em estágios mais avançados.

A escolha de uma equipe multidisciplinar, especializada nesse tipo de câncer, que realize o estadiamento de forma precisa, proporcionando a definição do tratamento mais adequado para cada paciente, é fundamental para assegurar esse sucesso.

Ainda tem dúvidas sobre o câncer de pâncreas? Deixe um comentário, teremos prazer em esclarecê-la.