Oncológica Manaus | WhatsApp

Câncer de cólon: o que é e quais são os sintomas?

Por

Para entender o que é câncer de cólon, é necessário revisar alguns conceitos. O termo “câncer” (neoplasia maligna) se refere basicamente a uma proliferação celular desordenada e invasiva, ou seja, células do corpo que se multiplicam de modo acelerado sem um padrão definitivo.

Esse comportamento surge devido a mutações genéticas e causa a formação de massas e tumores no corpo, que podem interferir no funcionamento normal do organismo de acordo com o local atingido.

O câncer engloba diferentes formas de manifestação. Portanto, ele pode se apresentar por meio de sintomas distintos, dependendo do tipo de câncer.

Os sintomas podem ser inespecíficos: dores persistentes, perda de peso sem causa identificada, febre e sangramentos anormais, o que pode dificultar o diagnóstico.

Com o avanço da tecnologia nas últimas décadas, a modernidade nos métodos de investigação e o acompanhamento especializado, é possível detectar a doença em estágios iniciais.

Dessa forma, com diagnóstico precoce e implementação de um plano terapêutico mais adequado para o caso, o prognóstico se torna melhor. Ficou interessado? Acompanhe o nosso post!

O que é cólon?

Cólon é uma porção do intestino humano que faz parte do sistema digestivo. O intestino é um órgão muito extenso, podendo alcançar cerca de cinco metros e é dividido em dois segmentos principais: delgado e grosso.

O intestino grosso também é conhecido como cólon e fica localizado em sua maior parte na cavidade abdominal.

A principal função dessa porção do intestino é a absorção de líquido e a formação do bolo fecal firme e consistente. Essa estrutura está suscetível a diversas condições que impactam diretamente na saúde do indivíduo, como o câncer, por exemplo.

 

Quais são os sintomas mais frequentes do câncer de cólon?

O câncer de cólon é uma das formas mais comuns entre os variados tipos de tumores existentes. Assim como os outros, pode se apresentar por meio de sintomas inespecíficos. A depender do comportamento da doença, pode não causar sintomas precoces para o organismo ou sinais significativos que sugiram o diagnóstico.

Portanto, o câncer de cólon em seu estágio inicial pode ser silencioso. Geralmente é detectado por exames de rotina para rastreio.

Esses exames podem ser realizados na população geral com idade recomendada para rastreio ou em pessoas de grupos de risco e são fundamentais para a prevenção da doença ou sua detecção em estágios iniciais.

A proliferação de células cancerosas forma uma pequena massa ou pólipo, localizada na parede do intestino.

Os sintomas mais específicos surgem a partir do crescimento tumoral, que pode provocar a obstrução do canal intestinal, invasão de tecidos vizinhos ou, até mesmo, em alguns casos, complicações, como a perfuração da parede do órgão.

Os principais sintomas que podem surgir e que servem como sinais de alerta são:

  • Alteração do hábito intestinal: sintoma mais comum que pode se manifestar como constipação intestinal (intestino preso) ou até mesmo nos variados padrões de diarreia, de maneira alternada;
  • Hematoquezia: trata-se do sangramento vivo que pode ser visualizado nas fezes logo após a evacuação;
  • Melena, que se refere a um sangramento tardio, de cor mais escurecida, odor forte e que deixa as fezes com aspecto semelhante à “borra de café”;
  • Dor abdominal: pode se apresentar em todo o abdome ou em mais áreas localizadas;
  • Perda de peso não intencional ou sem causa aparente com uma redução significativa em um curto período de tempo;

Como é feita a prevenção por meio de exames?

A suspeita clínica levantada pelo médico é baseada no histórico familiar, em hábitos de vida do indivíduo ou na presença dos sintomas. A partir disso, pode ser solicitada a verificação laboratorial realizada por meio de alguns exames, como a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF).

Outro exame que pode ser solicitado é a colonoscopia, que serve tanto para localizar e realizar biópsias das lesões quanto para a remoção cirúrgica de pólipos sugestivos de neoplasia. Após a coleta do material, é encaminhado para análise microscópica para a possível confirmação diagnóstica.

Esses exames podem ser solicitados tanto para pacientes com padrão sugestivo de câncer de cólon quanto para pacientes assintomáticos como método de rastreio.

Além da utilidade diagnóstica, têm também um viés preventivo, pois a realização deles permite a detecção de lesões em seu estágio inicial, possibilitando a remoção cirúrgica antes de causarem sintomas significativos e complicações para o paciente.

O rastreamento é indicado para pacientes a partir dos 45 anos, realizado de 10 em 10 anos, em pessoas classificadas com risco médio para desenvolvimento de câncer de cólon.

São incluídas nessa categoria de risco médio: indivíduos sem histórico pessoal ou familiar de câncer diagnosticado, sem histórico de doença inflamatória intestinal, sem diagnóstico de Síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar ou histórico de sessões de radioterapia direcionada ao abdome.

Portanto, como o diagnóstico pode ser dificultado pelo fato de se tratar de doença silenciosa, é recomendado um acompanhamento médico especializado para rastreio, identificação precoce e um melhor prognóstico, mesmo para pessoas assintomáticas.

Quer se aprofundar neste tema? Confira outro texto sobre o câncer de cólon, seus sintomas e métodos para a prevenção e diagnóstico precoce!

Carcinoma basocelular: sintomas do tipo mais comum de câncer de pele

Por

O câncer de pele é o que mais afeta os brasileiros, registrando milhares de casos anualmente. A alta incidência é explicada pela exposição excessiva ao sol, comum aos países tropicais, e pelo baixo uso de protetores solares, ainda que nos últimos anos a importância dessa proteção tenha sido bastante difundida, justificada, inclusive, pelas alterações climáticas, elemento que contribuiu para o aumento dos índices.

O carcinoma basocelular é o que ocorre com mais frequência. Começa nas células basais, quando mutações nessas células (erros de DNA), resultam no crescimento desordeno delas e, ao longo dos anos, em câncer.

Por ser de crescimento lento geralmente é detectado e tratado precocemente, por isso, as chances de cura são bastante altas, muitas vezes de 100%. Para facilitar o diagnóstico precoce, entretanto, é importante a observação de alguns sintomas característicos da doença.

Continue a leitura até o final, saiba quais são os principais e conheça mais sobre esse tipo de câncer, das causas ao tratamento.

O que causa o carcinoma basocelular?

A causa exata do carcinoma basocelular ainda é desconhecida até o momento, no entanto, os danos ao DNA das células basais são principalmente atribuídos a alta exposição à radiação ultravioleta (UV), encontrada na luz do sol e em equipamentos de bronzeamento artificial.

Alguns fatores aumentam o risco para o desenvolvimento, assim como podem motivar a ocorrência, independentemente da exposição excessiva. Os principais incluem:

  • tipo de pele: pessoas com a pele clara, sardas e facilidade para queimar, cabelos ruivos, loiros ou olhos claros, são mais propensas ao desenvolvimento de carcinoma basocelular quando comparadas às de tons mais escuro, que têm menores chances;
  • idade: é mais frequente em pessoas acima dos 50 anos, embora nos últimos anos a ocorrência entre pessoas mais jovens esteja aumentando;
  • histórico pessoal ou familiar: quando há histórico familiar o risco para esse e outros tipos de câncer de pele é maior;
  • imunossupressão: o risco também é maior para pacientes cronicamente imunossuprimidos, como os portadores de HIV ou submetidos a transplantes de órgãos;
  • radioterapia: o tratamento por radioterapia para outras doenças da pele pode aumentar o risco de carcinoma basocelular nos locais tratados;
  • sexo: os homens são duas vezes mais afetados do que as mulheres, principalmente pelo aumento da exposição recreativa e ocupacional ao sol;
  • síndromes hereditárias que causam câncer de pele;
  • lesões na pele, inflamação ou infecção.

Saiba quais são os sintomas de carcinoma basocelular

Geralmente as partes mais expostas ao sol, como cabeça e pescoço, são as mais afetadas pelo carcinoma basocelular e, as mãos, com menor frequência. No entanto, também ocorre em partes protegidas, como os órgãos genitais, apesar de a ocorrência ser mais rara.

Esse câncer de pele pode ter diferentes aparências:

  • feridas abertas;
  • manchas vermelhas;
  • protuberâncias rosadas;
  • protuberâncias brilhantes;
  • cicatrizes ou protuberâncias com bordas arredondadas ligeiramente elevadas ou com reentrância;
  • podem formar crostas, coçar ou sangrar;
  • em peles mais escuras, tendem a ser pigmentados, de cor marrom.

Existem diferentes tipos de carcinoma basocelular, com comportamentos biológicos distintos, assim como a aparência pode variar em diferentes pessoas. O mais comum deles é o nodular, que se apresenta como uma protuberância redonda e cor da pele, com pequenos vasos dilatados. Já o tipo infiltrativo, mais agressivo, possui margens menos aparentes.

Outros são o micronodular, com aparência branco-amarelado quando esticado, o superficial, que ocorre principalmente no tronco ou nos ombros e aparece como uma placa ou mancha eritematosa bem circunscrita, além do morfema, com aparência de placa esclerótica branca ou amarela, que raramente causa ulceração.

Embora o carcinoma raramente se espalhe para outras regiões (metástase) e geralmente seja totalmente curado quando diagnosticado precocemente, é importante a atenção a qualquer alteração na pele, em manchas já existentes ou novos crescimentos. Se não for adequadamente tratado, pode causar desfiguração do local, assim como há maiores chances de se espalhar.

Como é feito o diagnóstico do carcinoma basocelular?

O primeiro passo para diagnosticar o carcinoma basocelular é o exame físico com avaliação da pele de todo o corpo, do histórico clínico e saúde geral do paciente.

Durante a consulta o dermatologista pode realizar a dermatoscopia, um exame não invasivo com a utilização de um aparelho chamado desmatoscópio, que possibilita a ampliação da lesão em até 400x, permitindo uma avaliação mais detalhada inclusive da estrutura interna da pele.

O dermatoscópio é posicionado diretamente sobre a área afetada e emite um feixe de luz facilitando a observação. Alguns aparelhos são conectados a computadores, o que proporciona o armazenamento das imagens para avaliação posterior pelo dermatologista.

Geralmente é realizada uma biópsia para determinar o tipo histológico das lesões. A partir dos resultados diagnósticos é definido o tratamento mais adequado em cada caso.

Como o carcinoma basocelular é tratado?

O tratamento prevê a remoção de todo o tumor com uma margem de segurança do tecido normal em torno dele. A cirurgia costuma ser simples, realizada em clínicas especializadas ou consultórios médicos, com o uso de anestesia local.

Em alguns casos pode ser feita pela cirurgia de Mohs, procedimento que prevê a remoção das células por camadas, em diferentes etapas. Podem ser necessárias reconstruções com retalhos devido ao defeito causado pela retirada do local acometido, e, por isso, o médico especialista em câncer de pele é mais qualificado para realizar o procedimento.

A radioterapia também pode ser aplicada em estágios mais avançados e lesões mais extensas, ou em pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia. Pode ser associada a outros tratamentos.

A segmentação do tratamento prevê consultas a cada três meses para acompanhamento nos casos em que o câncer basocelular espalhou para outros órgãos e o rastreamento de novos cânceres de pele quando as lesões foram mais simples, semestralmente ou anualmente, durante toda a vida.

Os pacientes são orientados, ainda, para o autoexame e para o uso constante de proteção solar.

Gostou do texto, mas ainda ficou alguma dúvida? Deixe um comentário, teremos prazer em esclarecê-la.