Oncológica Manaus | WhatsApp

Melanoma maligno: sintomas

Por

O melanoma é um tipo de câncer de pele que se desenvolve quando os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, pigmento que dá cor à pele, começam a crescer desordenadamente motivadas por uma mutação genética (erro no DNA).

Qualquer tipo de câncer se desenvolve como consequência dessa anormalidade celular, no entanto, alguns possuem um grau maior de malignidade, potencial para se espalhar pela corrente sanguínea ou gânglios linfáticos, resultando em metástase, ou seja, na formação de novos tumores em outras regiões do corpo.

Entre os cânceres de pele, por exemplo, embora o melanoma seja menos comum do que os outros dois tipos, carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, é o que oferece maior risco de metástase se não for diagnosticado e tratado precocemente.

Este texto aborda os sintomas de melanoma, um importante alerta sobre a possibilidade da doença, contribuindo, dessa forma, para diagnosticá-la precocemente.

Continue a leitura até o final para conhecê-los, saber os fatores que motivam o desenvolvimento desse tipo de câncer, as formas de tratamento e as chances de cura.

Quais são os sintomas de melanoma?

Os primeiros sintomas que indicam a possibilidade de melanoma são alterações que ocorrem em manchas, pintas ou verrugas já existentes, ou quando há uma nova formação, pigmentada ou com aparência pouco comum.

Existem diferentes tipos de melanomas, cada um possui uma característica diferente, que ajuda a identificar a doença. Veja abaixo:

  • Melanoma de disseminação superficial: esse tipo é o mais comum, responsável por 70% dos casos e geralmente desenvolve no torso masculino, nas pernas femininas e na parte superior das costas de ambos. Tem a aparência de mancha plana ou ligeiramente saliente, assimétrica com bordas irregulares, em tons de bege, marrom, preto, vermelho-rosa, azul ou branco. Pode surgir ainda como uma lesão pouco pigmentada, rosada ou na tonalidade da pele. Geralmente demora algum tempo para penetrar mais profundamente;
  • Lentigo maligno Melanoma: normalmente se desenvolve em pessoas mais velhas, na face, orelhas, pescoço e braços. Tem a aparência de uma mancha plana ou ligeiramente saliente com aspecto bronzeado e áreas com tonalidades que variam do preto-azulado a marrons claro e escuro. Em aproximadamente 5% dos casos se torna mais invasivo ou se espalha;
  • Melanoma acral lentiginoso: é a forma mais comum em pessoas que possuem a pele mais escura e desenvolve no tronco, pernas, braços, sob as unhas e couro cabeludo. Cresce mais rapidamente e profundamente, sendo invasivo desde os estágios iniciais;
  • Melanoma nodular: é o tipo mais agressivo de melanoma, cresce profundamente e rapidamente e responde por aproximadamente 15% de todos os casos. Ocorre normalmente no tronco, pernas e braços, ou no couro cabeludo de homens mais velhos. Tende a ser invasivo desde o diagnóstico inicial. Aparece como uma protuberância na pele de cor azul-preta, ou em tons que variam do rosa ao vermelho.

A observação de qualquer característica anormal, indica a necessidade de procurar auxílio médico. O diagnóstico precoce aumenta bastante as chances de sucesso do tratamento.

Por que o melanoma pode se formar?

Os melanócitos, células em que esse tipo de câncer começa, estão localizados na parte inferior da epiderme, camada externa da pele e produzem dois tipos de melanina: eumelanina e feomelanina.

O principal fator de risco para o desenvolvimento do melanoma é a exposição excessiva ao raios ultravioleta (UV), que provoca danos à pele. Por isso eles são mais comuns principalmente em áreas expostas, como braços, pernas, costas e face, embora também possam se desenvolver nas mais protegidas, incluindo palmas das mãos, sola dos pés e unhas.

Quando ocorrem danos à pele, o pigmento eumelanina tenta protegê-la, a tornando mais bronzeada. A eumelanina está presente em maior quantidade em pessoas com a pele mais escura, por isso elas têm maior proteção natural quando comparadas às de pele clara, mais suscetíveis, portanto, aos danos provocados pelos raios UV e ao desenvolvimento de melanomas.

Outros fatores também podem contribuir para o desenvolvimento de melanoma, como o histórico familiar da doença, sistema imunológico enfraquecido e possuir muitas manchas como sardas.

Qual a possibilidade de cura do melanoma?

Após a realização de diferentes exames para confirmar a presença de melanomas é definida a abordagem terapêutica, que além da ressecção do tumor pode ser associada a terapias adjuvantes (após o tratamento).

Os tumores diagnosticados nos estágios iniciais, como normalmente ainda não infiltraram ou apresentam evidências de disseminação, são apenas removidos por cirurgia, com chances de cura em mais de 90% dos casos e menor risco de recidiva, ou seja, de o câncer retornar.

Em estágios mais avançados, por outro lado, as células anormais já se espalharam, atingindo os gânglios linfáticos ou órgãos distantes, o que torna o tratamento mais difícil: tumor e tecidos afetados são removidos, assim como são utilizadas terapias adjuvantes para eliminar as células cancerosas que ainda permanecerem.

Atualmente, tratamentos complementares, como imunoterapias e terapias direcionadas, têm demostrado resultados bastante positivos em pacientes com melanoma em estágios mais avançados, ajudando a evitar recidivas e contribuindo para aumentar a sobrevida, ou mesmo promovendo a cura em muitos casos.

Os melanomas, entretanto, assim como outros tipos de câncer de pele, podem ser prevenidos ou diagnosticados precocemente. Para isso, além de evitar a exposição excessiva ao sol, principalmente nos horários mais quentes do dia (de 10h às 16h), é fundamental o uso diário de protetor solar e a realização periódica do autoexame.

Gostou do texto, mas ainda tem dúvidas? Deixe um comentário, teremos o maior prazer em esclarecê-la.