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O que é câncer anal?

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Muitas pessoas confundem o reto com o ânus, mas são duas estruturas com funções muito distintas em nosso corpo. Isso é muito importante para compreender o que é o câncer anal, como ele surge e qual é seu tratamento.

Nosso organismo não consegue absorver todas as substâncias e os nutrientes obtidos pela alimentação. Com isso, durante o processo digestivo, são gerados resíduos. O intestino grosso é a última porção do tubo digestivo capaz de absorver alguns nutrientes, principalmente a água. Depois dele, sobram apenas resíduos, que são armazenados no reto.

O reto é um órgão tubular que fica logo após o intestino grosso e antes do ânus. Nele, é armazenado o bolo fecal após as últimas etapas de digestão e absorção de nutrientes, que são feitas ao longo do intestino.

O ânus é o orifício final do tubo digestivo, por onde as fezes saem durante a evacuação. Ao redor do ânus, está um músculo chamado de esfíncter anal, o qual está contraído na maior parte do tempo. Isso evita que as fezes escapem do reto para o meio externo.

Durante a evacuação, ocorre um movimento de relaxamento do esfíncter anal. Ao mesmo tempo, nosso corpo faz um esforço abdominal para vencer a pressão residual, o que permite que as fezes saiam através do ânus.

Alguns tumores podem surgir no ânus, provocando o câncer anal. Quer saber sobre o tema? Acompanhe nosso post!

O que é o câncer anal?

São tumores malignos que acometem o canal ou as bordas externas do ânus. É considerado um tumor raro, representando somente 1% a 2% de todos os casos de câncer colorretal, que abrangem as lesões que surgem no cólon (porção intermediária do intestino grosso) ou no reto.

Esses tumores surgem quando há determinadas mutações nas células locais que fazem com que elas comecem a se multiplicar excessivamente. Isso geralmente é provocado por danos cumulativos, mas a causa exata do câncer anal ainda é relativamente desconhecida.

No entanto, assim como outros tumores das mucosas do tubo digestivo e do trato geniturinário, a infecção por alguns tipos de HPV parece ser um importante fator de risco. Ao se multiplicar dentro das células, esses vírus provocam alterações progressivas no material genético. Com o tempo, lentamente, pode ocorrer a evolução para lesões mais graves até o desenvolvimento do câncer.

Tipos de tumores anais

  • Tumores de células escamosas — representam a maioria dos casos de câncer anal, surgindo das células que revestem o canal anal e a sua margem;
  • Adenocarcinoma — surgem de células do tecido da parte superior do ânus, mais próxima ao reto;
  • Carcinoma basocelular — são tumores com um comportamento menos invasivo, que surgem geralmente nas regiões da pele expostas ao sol. Por isso, são mais raros em casos de câncer anal;
  • Melanoma — surgem dos melanócitos, células produtoras da melanina (pigmentação da pele);
  • Tumor estromal gastrointestinal — surgem do estroma do trato gastrointestinal, sendo mais comuns no estômago ou no intestino delgado. Raramente, ocorrem na região anal.

Fatores de risco para o câncer anal

A baixa imunidade também é um importante fator de risco. Por isso, pessoas que usam drogas imunossupressoras têm maior chance de desenvolver o câncer anal. O sistema imunológico é capaz de identificar células com comportamento inadequado e combatê-las antes de elas se multiplicarem.

Tabagismo

Diversas substâncias presentes no tabaco são capazes de causar mutações genéticas significativas. Como elas tendem a se acumular no bolo fecal e na urina, tabagistas têm maior risco de câncer na bexiga, na uretra, no reto e no ânus.

Infecções sexualmente transmissíveis

A maioria dos casos de câncer anal surgem devido à infecção pelos subtipos HPV-16 e o HPV- 18. Ele pode se iniciar tanto em células escamosas quanto em verrugas anais. Outras ISTs também podem aumentar esse risco, como a clamídia, a gonorreia e a herpes genital.

Fístula anal crônica

Uma fístula é uma ligação anormal entre dois órgãos do corpo. A fístula anal pode surgir conectar o ânus à bexiga, à vagina e ao próprio reto, por exemplo. Ela pode ocorrer em pacientes que passaram por cirurgias na região ou que são acometidos por doenças inflamatórias do intestino, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn.

Má higiene e irritação crônica do ânus

A má higienização da região e outros fatores de irritação crônica também podem aumentar a predisposição de um indivíduo desenvolver câncer anal.

Sintomas do câncer anal

  • Mudanças nos hábitos intestinais;
  • Prurido persistente (coceira);
  • Dor e ardor crônicos na região anal;
  • Presença de secreções incomuns;
  • Feridas que não cicatrizam;
  • Incontinência fecal;
  • Nódulos e massas ao redor e dentro do ânus;
  • Afinamento das fezes;
  • Nódulos mais internos na região do ânus e da virilha (consequência do aumento dos gânglios linfáticos regionais).

Diagnóstico e tratamento do câncer anal

O diagnóstico se inicia com uma consulta médica por um profissional experiente e especializado. Na consulta, ele avalia suas queixas, seu estado de saúde e faz um exame físico completo. Depois disso, ele pode pedir exames complementares mais avançados, como tomografias, ressonâncias magnéticas e biópsias para análise anatomopatológica a fim de diferenciar lesões malignas de benignas e estadear um eventual câncer.

O tratamento dependerá do estadiamento e do tipo histológico do câncer, mas geralmente envolve radioterapia, quimioterapia e retirada cirúrgica. Para complementá-la em casos mais avançados, podem ainda ser utilizadas técnicas suplementares, como a imunoterapia e a terapia alvo. Não há um padrão fixo, o tratamento do câncer anal é sempre individualizado paciente a paciente para aumentar as chances de cura.

Quer saber mais sobre o tema? Confira outro artigo!

Câncer de reto: diagnóstico e tratamento

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O câncer de reto — também denominado colorretal quando os tumores aparecem no reto e no cólon (intestino grosso) — compõe as neoplasias do aparelho digestivo, visto que é uma parte contínua ao intestino no trajeto do trato digestivo.

Os cânceres de pâncreas, apêndice, cólon, esôfago e estômago também fazem parte desse grupo. Os tumores do aparelho digestivo representam uma fração expressiva dos tumores em geral e o rastreamento precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.

Em estágios avançados, quando as células cancerosas já invadiram órgãos vizinhos ou se espalharam pelo corpo em um processo de metástase, esses tipos de câncer são praticamente incuráveis. Diante disso, o diagnóstico em fase inicial está associado a chances mais altas de cura ou controle da doença.

Continue a leitura para saber mais sobre câncer de reto e suas formas de diagnóstico e tratamento!

O que é câncer de reto?

O câncer de reto é a neoplasia que se origina na porção final do intestino grosso, na parte que conecta o cólon sigmoide ao canal do ânus. A função principal do reto é acumular os resíduos fecais para que eles sejam evacuados.

Na maior parcela dos casos, o câncer de reto é um adenocarcinoma, tumor que se forma com as células glandulares epiteliais secretoras. Em princípio, a doença surge como um pólipo, isto é, uma proeminência do tecido que reveste a parede interna do órgão. Os pólipos colorretais do tipo adenomatosos são lesões inicialmente benignas, mas com potencial de transformação maligna.

O câncer de cólon e o câncer de reto podem se desenvolver ao mesmo tempo devido à proximidade das partes. Apesar de suas características semelhantes o tratamento difere entre as duas doenças.

Embora existam diferenças na conduta terapêutica, a denominação de câncer colorretal é normalmente utilizada quando os tumores afetam intestino e reto de modo concomitante. Adjacente a essas estruturas está também o ânus que pode ser acometido pela doença. Entretanto, o câncer de reto e o de cólon têm maior prevalência que o câncer anal, estando entre as principais causas de mortalidade por neoplasias malignas.

Assim como em outros tipos de câncer, não há uma causa exata para que as mutações celulares aconteçam. Todavia, alguns fatores relacionados à predisposição para o desenvolvimento do câncer de reto são: idade acima dos 50 anos, histórico familiar da doença, diabetes mal controlada, presença de doenças inflamatórias intestinais e estilo de vida (dieta pobre em nutrientes, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo).

Quais são os sintomas?

O câncer de reto é silencioso em estágios iniciais. Quando os sintomas começam a surgir, podem ser vagos, inespecíficos, raramente sendo associados a um quadro de câncer. Em estágios mais avançados, a pessoa pode notar alterações no funcionamento intestinal como:

  • presença de sangue nas fezes;
  • sensação de urgência para evacuar;
  • aumento na frequência das evacuações;
  • constipação ou obstrução intestinal;
  • redução do volume fecal ou afilamento das fezes;
  • sensação de esvaziamento intestinal incompleto;
  • dor e inchaço abdominal.

A avaliação diagnóstica é necessária se algum desses sintomas aparecer de forma recorrente. Quanto antes a doença for confirmada, mais cedo o paciente inicia o tratamento para controlar a progressão do câncer.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento do câncer de reto?

O diagnóstico precoce reduz a mortalidade associada à essa doença. Os pacientes são classificados como de alto risco ou risco normal para o desenvolvimento do câncer. Fazem parte do grupo de alto risco aqueles que apresentam história familiar de câncer colorretal. Para esses pacientes, o rastreamento deve ter início entre 35 e 40 anos, sendo realizado entre cada 3 a 5 anos.

A investigação dos sintomas e o exame físico compreendem a primeira etapa da avaliação diagnóstica. Com o exame de toque retal, o médico pode detectar proeminências no reto que possam indicar uma formação tumoral. Já as técnicas de diagnóstico por imagem são importantes para o estadiamento da doença, pois identificam o tamanho do tumor e sua expansão.

O aprimoramento dos métodos endoscópicos possibilitou uma visualização mais nítida da parte interna da região colorretal, permitindo assim constatar a presença de pólipos em fase inicial, os quais caracterizam lesões pré-malignas.

A colonoscopia é a técnica endoscópica utilizada para o rastreamento de câncer no reto e no cólon. O procedimento permite a realização da biópsia, gerando material para análise histopatológica. A ressonância magnética e a tomografia computadorizada são outros exames que podem ser solicitados para o diagnóstico e estadiamento.

O câncer de reto requer terapias combinadas, de forma que o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O planejamento terapêutico é feito com base no estágio e na localização exata do tumor, bem como considerando a idade e o quadro de saúde geral do paciente.

A cirurgia pode ser feita com diferentes abordagens: excisão local transanal, ressecção anterior do reto e ressecção abdominoperineal. Já as terapias quimioterápicas e por radiação são administradas como neoadjuvantes (antes da cirurgia) para reduzir as células tumorais e facilitar a remoção do tumor e/ou de forma adjuvante.

Em estágios avançados do câncer de reto, quando houve metástase, outros tipos de tratamento também podem ser necessários, incluindo imunoterapia e terapia direcionada.

Veja informações mais detalhadas em nosso texto principal sobre câncer de reto!

Câncer gástrico: saiba mais sobre diagnóstico e tratamento

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O câncer gástrico, ou câncer de estômago, está entre os tipos mais comuns na população brasileira, tanto em homens quanto em mulheres. É um dos tumores que ocorre no aparelho digestivo, assim como os cânceres de pâncreas, de cólon e de reto.

É uma das formas mais comuns da doença e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente em 2020 foram diagnosticados mais de 21 mil novos casos.

A causa para o desenvolvimento do câncer gástrico tem forte correlação, comprovada cientificamente, com a infecção pela bactéria Helicobacter pylori.

Além disso, outros fatores de risco para câncer gástrico são:

  • idade igual ou superior à 50 anos;
  • obesidade;
  • tabagismo e consumo de álcool;
  • possuir condições como metaplasia intestinal, gastrite atrófica autoimune e anemia perniciosa;
  • dieta rica em alimentos defumados, peixes salgados, carnes e vegetais em conserva;
  • histórico familiar positivo para câncer gástrico;
  • pólipos estomacais;
  • exposição ocupacional a compostos químicos, como nas lavouras e produção de borracha.

Esses fatores predispõem o indivíduo a desenvolver ou herdar mutações no material genético celular, que interferem diretamente no processo de divisão das células. Elas passam a se dividir descontroladamente até formarem um pólipo ou pequena massa que, com o passar do tempo, evolui para um tumor maligno.

Esse tumor pode prejudicar diretamente o funcionamento do órgão no qual ele se localiza ou até mesmo crescer a ponto de atingir estruturas e órgãos vizinhos.

É importante que o diagnóstico e tratamento do câncer gástrico sejam realizados precocemente. Isso porque, é sabido que quando descoberto em estágios iniciais, é possível que o prognóstico seja melhor para o paciente.

Se interessou pelo assunto? Acompanhe o texto!

Onde o câncer gástrico ocorre?

O câncer gástrico pode começar em diferentes regiões do estômago e, a partir disso, gerar o quadro sintomático distinto dependendo do tipo celular acometido. O estômago pode ser dividido em quatro regiões principais: cárdia, fundo, corpo e antro pilórico.

A composição histológica do órgão é composta por diversos tipos celulares, responsáveis pelo revestimento epitelial, produção de hormônios, substâncias e fatores que auxiliam no processo digestivo.

Os tipos de câncer gástrico que podem se desenvolver são:

  • adenocarcinoma gástrico: é o mais comum, responsável por 95% dos casos, e se desenvolvem a partir das células que formam a camada mais interna do estômago, a mucosa;
  • linfoma: câncer que na verdade ocorre no sistema linfático, mas pode se desenvolver na parede estomacal;
  • tumor estromal gastrointestinal (GIST): são raros e se iniciam nas células da parede do estômago denominadas células intersticiais de Cajal, podem ser encontrados em outros órgãos do aparelho gastrointestinal, porém são mais comuns no estômago;
  • tumor carcinoide: se inicia nas células do estômago responsáveis pela produção hormonal.

A localização do tumor interfere na escolha do tratamento, por isso, além de detectar o câncer localizado no estômago, também é necessário que seja definido o seu tipo histológico.

Quais são os sintomas do câncer gástrico?

Não há sinais específicos que chamem muito a atenção para um quadro possível de câncer gástrico. Os cânceres de maneira geral podem permanecer assintomáticos por longos períodos, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Dentre sintomas iniciais que podem surgir estão:

  • hiporexia (redução do apetite);
  • sensação de estômago cheio;
  • náuseas leves;
  • desconforto abdominal persistente;

Já os sinais clínicos que demonstram progressão do quadro são:

  • perda de peso não intencional;
  • fezes escurecidas e de odor forte;
  • massa palpável na parte superior do abdome;
  • presença de íngua ou nódulos ao redor do umbigo;
  • náuseas graves e até mesmo vômitos com sangue;
  • anemia;
  • ascite: acúmulo de líquido na cavidade abdominal;
  • disfagia: dificuldade para engolir.

Como é feito o diagnóstico?

O primeiro passo para o diagnóstico do câncer gástrico é a investigação dos sinais clínicos por meio de uma anamnese criteriosa, em que se questiona a recorrência dos sintomas, fatores de melhora ou piora, histórico pessoal e familiar do paciente.

A partir disso, o médico realiza o exame físico para constatação dos sintomas relatados e aumento da suspeita diagnóstica.

Na maior parte dos quadros, o câncer gástrico é diagnosticado ao acaso, a partir da realização da endoscopia digestiva alta (EDA). Esse exame é muito solicitado para investigação de diversas alterações gástricas.

Ele permite visualizar esôfago e estômago, além de fazer biópsias (retirada de pequenos fragmentos do tecido). A partir disso, o material é enviado ao laboratório para confirmação do diagnóstico de câncer gástrico, bem como a definição do tipo histológico do tumor.

Exames laboratoriais para pesquisa de marcadores tumorais podem ser úteis durante a investigação. Após a confirmação do diagnóstico, exames de imagem como tomografia computadorizada e radiografia de tórax podem ser solicitados para estimativa do grau de extensão do tumor.

Essa estimativa é útil para estabelecer o estadiamento do tumor. Por meio do sistema TNM, é possível classificar o câncer gástrico em estágios e, a partir disso, definir as melhores opções de tratamento.

A letra T determina o tamanho do tumor, N se houve disseminação para nódulos linfáticos e M se ocorreu a formação de processos metastáticos (quando o tumor se dissemina para outras regiões do corpo).

Além disso, informações identificadas na análise histopatológica do tumor, como grau de diferenciação celular, invasão tumoral da parede gástrica, se há presença de células em anel de sinete, podem auxiliar no processo de definição do tratamento.

Tratamento para o câncer gástrico

A partir da classificação o tratamento mais indicado pode ser implementado. Pacientes com câncer gástrico inicial, ou seja, que se encontra restrito ao órgão e gânglios linfáticos regionais são encaminhados para cirurgia. A cirurgia prevê a ressecção de toda a massa tumoral a fim de evitar recidivas.

Dentre os modelos cirúrgicos adotados estão a gastrectomia parcial (quando parte do estômago é retirado) ou total (quando todo o estômago é removido).

Nesses casos, ainda pode ser indicada a realização de sessões de quimioterapia e radioterapia para aumentar as chances de sucesso do tratamento.

Quando o câncer gástrico se encontra em estágios avançados, ou seja, metastático, o tratamento de escolha busca aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. A quimioterapia e a radioterapia também podem ser indicadas.

A imunoterapia e terapia de células-alvo também podem ser indicadas para quadros avançados de câncer gástrico.

A escolha do tipo depende dos sintomas presentes, da extensão do tumor e, principalmente, das condições físicas do paciente. É importante ressaltar que o tratamento do câncer gástrico requer o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar.

Gostou do texto? Toque aqui para saber mais sobre câncer gástrico!

Câncer de pâncreas: como é feito o diagnóstico?

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O câncer de pâncreas se desenvolve no tecido pancreático, glândula do sistema digestivo responsável pela produção de enzimas e hormônios extremamente relevantes para manutenção do equilíbrio do organismo.

O pâncreas fica localizado na região retroperitoneal, ou seja, atrás da membrana que reveste a cavidade abdominal. Pode ser dividido em três porções: cabeça, corpo e cauda.

Esse órgão é uma glândula de atividade mista, possui atuação na produção endógena e exógena de alguns fatores. É composto por diversos tipos celulares que desempenham diferentes papéis na função pancreática.

A atividade endógena consiste na produção dos hormônios, como a insulina. Eles são responsáveis por manter os níveis de glicose na corrente sanguínea dentro dos valores adequados.

Já a porção exógena é responsável pela produção do suco pancreático, composto principalmente por enzimas digestivas que atuam diretamente no processo de digestão de proteínas, carboidratos e gorduras.

O pâncreas é um órgão muito relevante para a manutenção do equilíbrio do corpo. Por isso, alterações que acometem esse órgão podem acarretar diversos desarranjos no funcionamento do organismo.

Diversas condições, como quadros de pancreatite aguda ou de doenças crônicas, como o câncer de pâncreas, podem acometer esse órgão e causar mudanças na vida da pessoa.

É recomendado que o câncer de pâncreas, assim como os outros tipos de cânceres, seja diagnosticado e tratado precocemente, para que as chances de cura e recuperação sejam maiores.

Quer saber mais sobre câncer de pâncreas? Então, acompanhe o texto até o final!

O que é o câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas é uma condição rara em indivíduos com idade inferior a 30 anos. Acomete igualmente homens e mulheres, mas com maior frequência em indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos, especialmente na faixa entre 65 e 80 anos.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pâncreas representa cerca de 2% do total de diagnósticos dessa doença. O tipo mais comum é o adenocarcinoma, que representa cerca de 90% do total de diagnósticos e está relacionado com o tabagismo.

A maior parte dos quadros ocorre no lado direito no órgão, porção denominada cabeça do pâncreas, enquanto a cauda e corpo abrigam um número menor de casos. Ele se desenvolve devido a mutações no material genético celular, sejam elas adquiridas ao longo da vida ou herdadas, que interferem diretamente no processo de divisão das células.

As células que possuem o material genético mutado passam a se dividir rapidamente e sem controle, podendo evoluir para um tumor maligno.

Quais são os sintomas?

Os cânceres de maneira geral podem se manifestar de maneira inespecífica dependendo do seu tipo histológico e comportamento.

Apesar disso, o câncer de pâncreas pode apresentar-se por meio de sintomas que podem estreitar as hipóteses diagnósticas para o médico responsável pelo quadro. Dentre eles estão:

  • icterícia (tom amarelado de pele, olhos e mucosas);
  • fraqueza;
  • perda de peso;
  • hiporexia (redução do apetite);
  • escurecimento da urina;
  • dor e desconforto abdominal;
  • anemia;
  • náuseas e vômitos;
  • dores nas costas.

Por se manifestarem tardiamente, esses sintomas atuam contra o diagnóstico do câncer de pâncreas nos estágios iniciais. Além desses, o diabetes também pode atuar como fator de risco, favorecendo o seu desenvolvimento ou como consequência e manifestação tardia que antecede o diagnóstico.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de pâncreas pode ser difícil nos estágios iniciais devido principalmente à sintomatologia pouco específica. Além disso, a localização retroperitoneal do pâncreas pode dificultar ainda mais o diagnóstico da condição.

O primeiro passo para o diagnóstico do câncer de pâncreas é a apresentação da história clínica compatível para um médico oncologista.

Durante o exame físico, alterações, como aumento do volume, dor à palpação e presença de nódulos regionais na região correspondente podem auxiliar no processo diagnóstico.

A partir disso, exames laboratoriais e de imagem podem ser solicitados para estreitamento do raciocínio clínico. Dentre os laboratoriais, a dosagem de marcadores tumorais pode ser útil para identificar a presença de proteínas secretadas pelo câncer de pâncreas na corrente sanguínea.

Já os exames de imagem normalmente solicitados são ultrassonografia (US), tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) e ecoendoscopia com biopsia.

Esses exames podem auxiliar na detecção de massas e tumorações presentes no tecido pancreático. Essa avaliação também pode ser feita por laparoscopia diagnóstica, que permite identificar tamanho, localização e se houve disseminação do tumor para tecidos vizinhos.

A confirmação diagnóstica de câncer de pâncreas se dá pela realização do exame de biópsia. Por meio da biópsia é possível coletar uma amostra do material suspeito e enviar para análise laboratorial a fim de que sinais confirmatórios sejam identificados na visualização por microscopia.

A partir da confirmação de um quadro de câncer de pâncreas é realizado o estadiamento do tumor, que permite avaliar o estágio de evolução da condição.

Normalmente, é realizado pelo sistema TNM, que avalia o tamanho do tumor, se houve disseminação para linfonodos ou formação de metástases. Por esse processo é possível estabelecer as melhores opções de tratamento para o quadro.

Como é feito o tratamento?

A opção de tratamento mais utilizada nos quadros de câncer de pâncreas é a ressecção cirúrgica do tumor. Isso porque a cirurgia seria o tratamento  mais indicado para aumentar as chances de cura para o paciente.

Apesar disso, outras terapias podem ser úteis para favorecimento do tratamento, como radioterapia e quimioterapia. Em alguns casos, podem atuar contribuindo para alívio dos sintomas, como dores e outros desconfortos.

É importante ressaltar que o diagnóstico do câncer de pâncreas deve ser realizado precocemente, por isso, se houver qualquer sintoma, procure um atendimento médico o quanto antes.

Gostou do nosso post? Visite o nosso site para saber mais sobre câncer de pâncreas!

Câncer do aparelho digestivo: veja mais sobre o assunto

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O corpo humano é composto por uma diversidade de órgãos, tecidos e sistemas e, assim, torna-se suscetível a variadas formas de doenças e condições. Nesse texto vamos abordar o câncer do aparelho digestivo.

O sistema digestivo é basicamente o trajeto por onde o bolo alimentar passa e é digerido. Por meio desse trajeto o corpo consegue processar os alimentos e absorver nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.

É composto por várias cavidades, órgãos e estruturas capazes de garantir uma digestão alimentar eficaz. O trajeto se inicia na boca com a digestão a partir da saliva e mecânica. Continua pela faringe, esôfago, estruturas tubulares circundadas por músculos que ao se movimentarem promovem o trânsito do bolo alimentar.

No próximo órgão, o estômago, ocorre a digestão química propriamente dita, a partir da secreção de enzimas e ácidos pelas células gástricas.

Após isso, o bolo alimentar segue para o intestino delgado, órgão extenso que pode ser subdividido em duodeno, jejuno e íleo. Nele, a maior parte dos nutrientes, vitaminas e minerais são absorvidos e difundidos na corrente sanguínea.

O intestino grosso vem logo em seguida, mede cerca de 1,5 metro e é subdividido em ceco, cólons (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus.

Sua função é basicamente a absorção hídrica para tornar o bolo fecal firme e consistente, além de possuir o canal anal por onde as fezes são excretadas do organismo. Além desses, existem ainda os órgãos acessórios, que auxiliam no processo digestivo final.

São eles os dentes e a língua, responsáveis pela digestão mecânica na cavidade oral, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas, que têm como função produzir, armazenar e secretar substâncias que auxiliam no processo digestivo.

A partir dessa complexidade de órgãos, tecidos e estruturas, diversas condições podem acometer os componentes do sistema digestivo. Doença inflamatória intestinal, processo infeccioso da alimentação, câncer do aparelho digestivo e várias outras.

Se interessou pelo tema? Então, acompanhe o texto para saber mais!

O que é câncer do aparelho digestivo?

Cânceres, de maneira geral, surgem a partir de mutações no material genético celular, herdadas geneticamente ou adquiridas ao longo da vida. Essas alterações no DNA interferem diretamente no processo de divisão celular normal que passa a apresentar falhas.

As células passam a se dividir de maneira descontrolada e exagerada e, com a progressão do processo, uma pequena massa ou pólipo se forma evoluindo, gradativamente, para um tumor maligno.

O tumor pode permanecer assintomático por longos períodos ou gerar sintomas de acordo com a sua taxa de crescimento, tipo de comportamento (maligno ou benigno), evolução e localização.

Além disso, pode se manifestar de maneira inespecífica, como por meio de dores locais, emagrecimento inesperado, sangramentos anormais, fadiga e até mesmo quadros de febre.

O câncer do aparelho digestivo pode surgir nas mais diversas estruturas que o compõem. Isso porque, uma grande diversidade de tipos celulares faz parte da constituição dos órgãos, o que os torna suscetíveis a desenvolver mutações e desencadear o quadro canceroso.

Isso mostra que essa condição pode ser muito complexa e tem uma variedade de manifestação sintomáticas (visto que cada câncer é expresso de maneira diferente pelo corpo).

Portanto, é importante que o médico esteja atento aos sinais e sintomas que cada câncer do aparelho digestivo possa vir a manifestar.

Em quais órgãos pode ocorrer?

O câncer do aparelho digestivo pode acontecer em vários órgãos que compõem o sistema:

Além desses órgãos, o câncer do aparelho digestivo pode também acontecer na boca, incluindo lábios, língua, bochecha e até gengiva. Pode ocorrer também, mas é mais raro, nas glândulas salivares que fazem parte do conjunto de órgãos acessórios.

Quais são os sintomas?

Como já foi dito, o câncer do aparelho digestivo possui várias formas de manifestação e, por isso, pode apresentar sintomatologia distinta para cada tipo. Os sintomas gerais que podem surgir são:

  • surgimento de massa ou aumento do volume no local afetado;
  • hiporexia (redução do apetite);
  • desconforto abdominal;
  • fadiga e cansaço;
  • sensação de empachamento, mesmo após refeições leves;
  • náuseas e vômitos, podendo haver ou não a presença de sangue associado;
  • emagrecimento inesperado;
  • disfagia (dificuldade para engolir alimentos);
  • acúmulo de líquido no abdome;
  • icterícia (pele e mucosas amareladas);
  • alteração da coloração de fezes e urina;
  • prurido (coceira);
  • presença de sangue vivo nas fezes;

Todos esses sintomas podem se manifestar no paciente, dependendo do tipo de câncer do aparelho digestivo e seu comportamento. Cânceres de comportamento maligno tendem a manifestar sinais clínicos de maneira mais acentuada.

Ao apresentar sintomas parecidos, um médico oncologista deve ser consultado para esclarecimentos e investigações.

Como são feitos diagnóstico e tratamento?

O diagnóstico pode ser feito a partir da apresentação clínica dos sinais e sintomas compatíveis com um quadro de câncer.

Depois disso, o médico investiga desde quando surgiram, a frequência com que aparecem, além de sintomas associados e vários outros questionamentos pertinentes para uma anamnese detalhada.

Durante o exame físico, busca sinais que estreitam a hipótese diagnóstica e, caso sejam sugestivos de câncer do aparelho digestivo, alguns exames podem ser solicitados, como análise laboratorial e de imagem para confirmação da presença de alterações.

Dentre os exames de imagem a radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser muito úteis. Além disso, para avaliação do interior do trato digestivo a endoscopia digestiva alta e colonoscopia também podem ser solicitadas.

Esses dois últimos permitem não só a visualização da cavidade, como também a retirada de amostra necessária para realização da biópsia. No câncer, o diagnóstico só pode ser confirmado a partir da análise do material biopsiado.

Com esse exame o médico consegue definir se o quadro é de câncer do aparelho digestivo, estabelecendo também o grau em que se encontra o tumor, o tipo e outras particularidades para decisão do tratamento.

O estadiamento do tumor também é uma ferramenta muito utilizada para definir a terapêutica adequada. Por meio do sistema TNM o médico consegue visualizar o estágio que o tumor se encontra, tamanho, se houve disseminação para linfonodos ou formação de quadros metastáticos.

Feito isso, é decidido o tratamento mais adequado. O paciente pode ser submetido à ressecção cirúrgica, sessões de quimioterapia e radioterapia, além de outras formas de tratamento adjuvantes, como a imunoterapia.

A partir da análise minuciosa do tipo de tumor, estágio em que se encontra e capacidade do paciente, é indicada a opção mais adequada para o tratamento.

Vale ressaltar que cada câncer do aparelho digestivo possui suas particularidades quanto a sintomas, formas de diagnóstico e tratamento.

Se interessou pelo tema? Então, visite o nosso site para saber mais sobre câncer do aparelho digestivo!

Câncer de apêndice: sintomas

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O câncer é uma condição complexa que move grande quantidade de pesquisadores e cientistas ao redor do mundo para que se possa conhecer mais sobre essa doença e identificar as melhores formas de tratamento.

O câncer de apêndice, apesar de ser raro, pode trazer prejuízos significativos ao organismo do indivíduo.

O apêndice é uma estrutura intestinal que, como popularmente se sabe, não tem funcionalidade significativa para o organismo. Ele é uma pequena bolsa que fica localizada no início do intestino grosso, medindo cerca de 10 cm de comprimento.

Topograficamente, no abdome, fica localizado à direita do umbigo, onde normalmente os pacientes referem a dor aguda nos quadros de apendicite, por exemplo.

A apendicite é uma condição muito comum e resulta da obstrução do lúmen do órgão, que desencadeia a inflamação local, repercutindo nos sintomas de intensa dor abdominal, perda de apetite, náuseas e vômitos.

A função do apêndice é pouco conhecida, porém, alguns estudos indicam que ele pode ser responsável pelo armazenamento de bactérias que auxiliam no processo da digestão e também na produção de anticorpos, na sua porção linfoide.

A histologia do apêndice se assemelha à do intestino. Eles possuem diversas células, para seu revestimento epitelial e formação das camadas musculares.

Diante disso, o apêndice se torna também suscetível a condições de saúde que podem acometer igualmente o restante do intestino, como a formação dos quadros de câncer.

Gostou do tema? Então acompanhe o nosso texto!

Como o câncer de apêndice surge?

O câncer de apêndice, assim como os outros cânceres, surge a partir de mutações no material genético celular. Essas mutações interferem no processo de divisão celular normal e provocam proliferações celulares desordenadas, que formam o tumor maligno.

Vale ressaltar que o câncer evolui de maneira silenciosa, podendo permanecer assintomático por muito tempo, mas é importante que o diagnóstico seja realizado ainda em estágios iniciais, pois isso torna o prognóstico melhor para o paciente.

Existem alguns fatores de risco que podem aumentar a chance de um indivíduo desenvolver a doença. Entre os fatores que podem predispor o indivíduo a desenvolver o câncer de apêndice, podem ser citados:

  • Hábito de fumar;
  • Histórico pessoal ou familiar positivo para cânceres intestinais;
  • Sexo feminino.

Diante disso, é importante estabelecer mudanças nos hábitos, adotando um estilo de vida mais saudável, para que as chances de desenvolver o câncer de apêndice sejam reduzidas.

Quais são os sintomas do câncer de apêndice?

O câncer é, geralmente, assintomático ou apresenta uma sintomatologia inespecífica, principalmente nos estágios iniciais. O paciente pode apresentar sangramentos anormais, febre, emagrecimento acentuado e dores persistentes a partir da evolução do quadro.

Existem alguns sinais clínicos que podem alertar o médico para a hipótese de câncer de apêndice. Entre os sintomas mais específicos que podem surgir estão:

  • Dores abdominais: o processo expansivo e agressivo dos tumores de apêndice pode atingir e comprimir órgãos e estruturas vizinhas nervosas e causar dor;
  • Aumento do volume na região: o paciente ou o médico pode identificar a massa ou aumento do volume local ao palpar o abdome;
  • Náuseas e vômitos: o câncer de apêndice pode desencadear um quadro de apendicite e o paciente pode apresentar enjoos e vômito;
  • Hematoquezia: presença de sangue vivo nas fezes;
  • Alteração do padrão intestinal: o paciente pode apresentar episódios alternados de diarreia e constipação (intestino preso).

Vale ressaltar que esses sintomas podem surgir isoladamente ou aparecer associados, o que deve despertar a atenção do paciente e médico especializado para a solicitação de exames e investigação do quadro.

Como é feito o diagnóstico?

Existem diferentes tipos de câncer de apêndice conhecidos. Entre alguns exemplos estão:

  • Adenocarcinoma de apêndice;
  • Tumor carcinoide;
  • Pseudomixoma peritoneal;
  • Neoplasias mucinosas;

O médico responsável pelo quadro suspeita de câncer de apêndice, a partir da história clínica apresentada pelo paciente, com sintomatologia sugestiva e realização do exame físico.

A partir da suspeita clínica, o médico pode solicitar alguns exames que permitam visualizar a cavidade abdominal.

Entre os que podem ser solicitados estão a ultrassonografia de abdome (US), a tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). Por meio desses exames é possível detectar alterações que possam auxiliar no processo diagnóstico.

A confirmação do diagnóstico de câncer de apêndice, geralmente, é feita a partir da coleta da biópsia e investigação do material retirado.

A partir disso, é necessário realizar o estadiamento do tumor para identificar o estágio da doença. Dessa forma, é possível estabelecer as opções de tratamento mais indicadas para o quadro.

Como é feito o tratamento do câncer de apêndice?

As alternativas terapêuticas de escolha para o câncer de apêndice são, frequentemente, cirúrgicas, com a retirada total do apêndice (apendicectomia).

A quimioterapia pode ser indicada em associação ao tratamento cirúrgico, bem como à imunoterapia.

Apesar de existirem várias formas de abordar o câncer de apêndice, é extremamente importante se atentar aos sinais clínicos e fatores de risco para o desenvolvimento da condição.

Isso porque o câncer de apêndice, assim como os cânceres em geral, possui prognóstico melhor em pacientes que recebem o diagnóstico em estágios iniciais de evolução.

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Câncer anal: conheça os sintomas

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O câncer anal é uma condição rara, que representa, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 1% a 2% dos tumores colorretais, ou seja, que acometem a porção final do intestino, cólon e reto. É mais comum em indivíduos com mais de 60 anos e mais prevalente no sexo feminino.

Os cânceres de maneira geral, surgem em decorrência de mutações no material genético celular. Essas alterações no DNA promovem falhas no processo de divisão das células que passam a se multiplicar desordenadamente.

A reprodução celular em descontrole promove a formação de uma pequena massa ou pólipo, que pode crescer a ponto de se tornar um tumor.

O tumor pode evoluir silenciosamente ou provocar sinais e sintomas de acordo com sua evolução. Geralmente, tumores de comportamento maligno tendem a crescer de maneira mais acelerada e agressiva, o que pode resultar em mais danos e chamar a atenção do indivíduo mais rapidamente.

O intestino é dividido em duas porções principais, o delgado e o grosso. Esse último, é subdividido em segmentos, como ceco, a porção mais inicial, e cólons (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), seguidos por reto e ânus. Reto e ânus são estruturas diferentes e alguns cânceres podem, além de ocorrer em ambos, acometê-los isoladamente.

O reto é uma espécie de câmara retilínea, o que explica o nome, que mede cerca de 3 centímetros e é responsável pelo armazenamento das fezes antes de serem expelidas. Essa câmara termina no ânus, um órgão muscular em formato de anel, que permite o processo de evacuação das fezes. Nos casos de câncer anal, ele geralmente surge no canal ou na borda externa do ânus.

É importante realizar o diagnóstico precocemente, para que o tratamento e prognóstico do paciente sejam mais eficientes.

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Quais são os sintomas do câncer anal?

Como já foi dito, o câncer anal gera sintomas de acordo com a maneira que o tumor se comporta. Nos estágios iniciais, o paciente pode permanecer assintomático e não perceber que possui um quadro de câncer em desenvolvimento.

À medida que o processo tumoral se expande, alguns sinais clínicos podem despertar a preocupação do indivíduo. Dentre os que podem surgir, estão:

  • Hematoquezia: presença de sangue vivo nas fezes após a evacuação que, em geral, pode ser um dos primeiros sintomas a aparecer;
  • Alteração do padrão e ritmo intestinal: o paciente pode apresentar quadros de constipação (prisão de ventre) ou diarreia, de maneira alternada;
  • Aumento do volume ou identificação de nódulo na região anal e perianal;
  • Dores e desconforto anal, podendo ser mais prevalentes durante a evacuação;
  • Tenesmo: vontade constante de evacuar, mas com sensação de que o processo não foi completo;
  • Mudança no padrão das fezes, podendo parecer mais finas e estreitas;
  • Coceira e ardor;
  • Secreções incomuns;
  • Surgimento de ferimentos na região anal;
  • Incontinência fecal: incapacidade de conter a saída de fezes.

Todos esses sinais clínicos podem surgir de maneira isolada ou em associação. Em caso de surgimento, um médico oncologista deve ser consultado para esclarecimentos.

Isso porque, algumas condições que acometem o ânus podem repercutir de maneira semelhante clinicamente. Nos quadros de hemorroidas, por exemplo, dores persistentes, sangramentos, secreções incomuns, coceira e identificação de massa exteriorizada podem ser sintomas comuns.

Outros quadros que devem ser diferenciados de casos cancerosos, são fístulas e fissuras anais, que podem provocar dificuldades para evacuação adequada, sangramentos e dor na região anal e perianal.

Portanto, devido à similaridade dos diversos quadros, o câncer anal deve ser diferenciado e diagnosticado adequadamente, para que o tratamento mais indicado seja implementado.

Como os sintomas se comportam ao longo do curso da doença e tratamento?

Os sintomas do câncer anal podem progredir, regredir ou se manter estáveis, dependendo do comportamento do tumor, da taxa de evolução e responsividade à terapêutica. Durante o tratamento, podem diminuir de intensidade ou até mesmo desaparecer nos casos de eficácia da terapêutica iniciada.

Nos quadros em que o câncer cresce rapidamente, o sintoma de constipação, por exemplo, pode evoluir para uma forma mais complicada. Ou seja, o tumor se expandiu a ponto de dificultar a evacuação de maneira mais acentuada, mesmo que durante o tratamento.

Em casos de sangramentos contínuos, se não tratado, o paciente pode evoluir para quadros anêmicos, o que gera fadiga, cansaço e fraquezas. Dores anais e tenesmo podem ser intensificados.

Portanto, é extremamente importante realizar o acompanhamento contínuo com um médico oncologista, para averiguação da remissão dos sintomas e tentativas de abordá-los nos casos em que não ocorreu. Isso porque, o câncer repercute de maneira significativa na qualidade de vida do paciente.

Como são feitos diagnóstico, tratamento e recuperação?

A detecção precoce dos cânceres é um passo importante a ser dado para atingir tratamentos eficazes. O médico suspeita de câncer anal, a partir de sintomatologia apresentada pelo paciente que seja compatível com a hipótese.

Feitos os diagnósticos diferenciais e descartadas as hipóteses de hemorroidas e outras condições anais, parte-se para confirmação. Inicialmente, são feitos exames de toque, anuscopia e proctoscopia.

Esses exames permitem o estreitamento da sugestão de câncer anal, mas somente a biópsia pode confirmar o diagnóstico. Além disso, exames laboratoriais e de imagem também podem ser solicitados, para permitir a visualização da extensão do tumor e definir o tratamento.

Confirmado o diagnóstico, é feito o estadiamento do tumor para avaliar a extensão e comprometimento de outras estruturas e definir o tratamento mais adequado.

Dentre as opções de tratamento, a cirurgia pode ser indicada, contudo o principal tratamento para tumores do canal anal é com a realização de rádio e quimioterapia.

A recuperação do paciente dependerá do procedimento realizado e as recomendações serão feitas pelo médico responsável. Nos casos cirúrgicos, algumas restrições dietéticas e do cotidiano podem ser necessárias, bem como a utilização de equipamentos para uma melhor recuperação.

Prevenção do câncer anal

A maioria dos tumores de canal anal são causados por infecção do vírus HPV, que é sexualmente transmissível.

Hoje, as redes pública e privada oferecem vacinas para os subtipos de HPV que oferecem maior risco de desenvolvimento de câncer e verrugas. Essas vacinas, portanto, protegem as pessoas desse tipo de câncer.

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O que é câncer de apêndice e quais são suas possíveis complicações?

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O câncer de apêndice surge, como o próprio nome diz, no apêndice cecal, um pequeno órgão que fica localizado na extremidade inferior direita do abdome, mais especificamente no início da porção colônica do intestino. Pode medir cerca de 5 a 10 centímetros, possui uma abertura que se comunica com a luz do intestino e fundo cego, de formato cilíndrica, atuando como uma bolsa.

Popularmente, o apêndice é conhecido como uma estrutura disfuncional, ou seja, seu papel no funcionamento do organismo não é muito bem esclarecido.

Apesar disso, algumas teorias sugerem que atua no sistema de defesa, mas sem evidências confirmatórias. Ainda que pouco atuante nas funções diversas do organismo, o apêndice possui alto potencial inflamatório e irritativo.

Além do quadro de câncer, no apêndice é muito comum surgirem outros, como a apendicite aguda, na qual o paciente sente intensa dor na região inferior direita do abdome, além de febre, perda de apetite e presença de vômitos.

Esse quadro surge devido a obstrução da luz do apêndice por um fecálito, cálculo biliar, parasita, corpo estranho, linfonodo ou até mesmo tumorações.

A obstrução favorece o acúmulo de secreções, bactérias e pressão dentro do canal e, consequentemente, provoca as dores e outros sinais clínicos devido à inflamação.

Nesses casos, a intervenção mais comum é a apendicectomia, ressecção total do apêndice por vias cirúrgicas. Esse procedimento não traz repercussões para a vida do paciente, visto que a função do apêndice não é muito bem elucidada.

Falando sobre o câncer de apêndice, apesar de ser uma condição rara, pode trazer complicações significativas para a qualidade de vida do paciente quando descoberto tardiamente ou não tratado.

Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes, para que o prognóstico seja mais eficiente e as chances de cura sejam maiores.

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O que é o câncer de apêndice?

O câncer de apêndice surge em consequência de mutações no material genético das células, que desencadeiam um processo de divisão celular desordenado.

As células passam, então, a se dividir rapidamente e em descontrole, o que promove a formação de uma pequena massa ou pólipo na parede do apêndice, semelhante ao que ocorre nos quadros de outros cânceres do sistema digestivo, como gástrico, de cólon ou de reto.

Gradativamente, forma-se um tumor que se expande de acordo com a taxa de divisão celular e caráter do comportamento tumoral. Tumores benignos tendem a evoluir mais lentamente, sem grandes repercussões.

Já tumores de comportamento maligno crescem de maneira mais acelerada e agressiva, ou seja, num curto espaço de tempo, o que pode trazer repercussões clínicas mais significativas para o paciente.

Existem vários tipos de câncer de apêndice, de acordo com o tipo células que tiveram o material genético mutado. Dentre os mais comuns, estão:

  • Adenocarcinoma do apêndice;
  • Tumor carcinoide;
  • Neoplasias mucinosas;
  • Carcinoma de células caliciformes.

Os pacientes com câncer de apêndice podem permanecer assintomáticos por longos períodos. Porém, em outros casos, os sintomas podem surgir e dentre os mais comuns estão:

  • Dores e desconforto abdominal;
  • Surgimento de tumoração na região inferior direita do abdome, correspondente à localização do apêndice;
  • Náuseas e vômitos;
  • Pode ser detectada a presença de sangue nas fezes.

Todos esses sinais clínicos podem sugerir o quadro de câncer de apêndice e devem ser investigados quando isso acontece. Vale ressaltar que podem aparecer associados ou de maneira isolada.

O câncer de apêndice, é um tipo de câncer classificado como raro, atinge mais comumente indivíduos na faixa de 40 a 50 anos, com maior prevalência em mulheres.

Dentre os fatores de risco, podem ser citados o tabagismo e histórico familiar positivo para câncer de apêndice. São esses fatores que contribuem para a formação de mutações no DNA, sejam elas herdadas geneticamente ou adquiridas.

Quais são as possíveis complicações?

O câncer de apêndice, quando detectado em estágios avançados ou quando não tratado adequadamente, pode evoluir com complicações que impactam diretamente na qualidade de vida do paciente.

Devido ao crescimento acentuado, o paciente pode apresentar emagrecimento não intencional significativo, podendo chegar a níveis de caquexia, quando a perda de peso envolve a massa muscular, além da adiposa.

O tumor pode chegar a obstruir a luz do canal do apêndice e provocar a formação de quadros de apendicite aguda, gerando os sinais clínicos comuns ao quadro. Além disso, o sistema imunológico do paciente fica debilitado, o que o torna mais suscetível a desenvolver quadros de infecção oportunista e, em casos de sangramento crônico, anemia associada.

Em quadros de evolução grave, pode ocorrer o processo de metastização. A formação de metástases consiste no desprendimento de células cancerosas que se alojam em novos sítios diferentes do de origem.

Isso promove a formação de um novo quadro canceroso em outro órgão, tecido ou estrutura, que pode evoluir e gerar repercussões para o organismo do indivíduo de maneira independente do sítio original.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

O médico deve suspeitar de câncer de apêndice a partir da apresentação dos sintomas sugestivos, como os citados acima. Além disso, pode detectar sinais clínicos durante o exame físico que aumentem a suspeita.

A partir disso, exames laboratoriais e de imagem são solicitados. Identificados exames e história clínica compatíveis com quadro de câncer de apêndice, pode ser solicitada a biópsia do material para confirmação do diagnóstico.

Confirmado, parte-se para o estadiamento do tumor , importante para identificação do estágio e avanço do processo canceroso. A partir disso, o tratamento pode ser iniciado de acordo com a verificação de vantagens e desvantagens para o paciente.

O processo cirúrgico, geralmente é indicado na maioria dos casos. Pode ser associado à quimioterapia e radioterapia para aumentar a eficiência do prognóstico.

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O que é câncer de reto e quais são as possíveis complicações?

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O câncer de reto é uma das formas de câncer que ocorre no intestino grosso. A taxa de prevalência na população é alta, quando comparado à de outros tipos de cânceres.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse é terceiro tipo de câncer mais comum no mundo e estima-se que a cada triênio (2020-2022) surjam cerca de 40 mil casos no Brasil.

O reto é a porção final do intestino grosso e chega a medir cerca de 15 centímetros. Geralmente, permanece vazio, pois as fezes ficam armazenadas no cólon antes de serem evacuadas.

As camadas que compõem o intestino possuem diversas células que atuam para garantir o processo digestivo funcional e eficaz. Apesar disso, elas estão constantemente expostas e permanecem em contato direto com substâncias que ingerimos diariamente.

Isso predispõe ao desenvolvimento de diversas condições, que acometem o reto e todo o intestino grosso.

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O que é o câncer de reto?

Inicialmente, é preciso abordar como o câncer de reto surge. Assim como as outras formas de cânceres, o do tipo retal surge em decorrência de mutações no material genético celular.

Essas alterações no DNA, promovem uma proliferação exacerbada das células. A divisão desordenada resulta na formação de uma pequena massa ou pólipo na parede do intestino, que gradativamente evolui para um tumor.

O tumor surge na parede do tubo intestinal e pode crescer a ponto de gerar sinais significativos para o paciente. Apesar disso, alguns cânceres evoluem de maneira silenciosa e variável, provocando sintomas de acordo com o seu crescimento.

Dentre os sintomas que podem surgir, estão:

  • Emagrecimento repentino não intencional;
  • Fadiga e mal-estar;
  • Sangramento vivo nas fezes;
  • Alteração do padrão intestinal, podendo variar entre constipação e diarreia;
  • Desconforto abdominal;
  • Alteração no formato das fezes, tendendo a parecer mais finas;
  • Dor em região anal, principalmente na evacuação;
  • Tenesmo retal (vontade constante de evacuar, mas com a sensação de que o esvaziamento não foi completo);
  • Massa ou tumoração em região abdominal e anal.

Portanto, é necessário consultar um médico para realizar a investigação do caso se houver o surgimento de sintomas semelhantes.

Quais são os fatores de risco?

Existem alguns fatores que podem predispor o indivíduo a desenvolver câncer de reto. Eles atuam de forma a favorecer o surgimento de alterações no DNA e desencadear o processo tumoral. Dentre os mais estudados estão:

  • Idade superior a 50 anos;
  • Alimentação irregular, baixa ingestão de frutas, vegetais e alimentos ricos em fibras;
  • Baixo consumo de água, o que contribui para formação de fezes endurecidas e lesão da parede intestinal;
  • Possuir histórico positivo para cânceres intestinais, câncer de ovário, câncer de útero ou mama;
  • Ser portador de doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e retocolite ulcerativa;
  • Casos na família de câncer retal;
  • Contato com infecções sexualmente transmissíveis (IST), como HIV, HPV, clamídia, herpes genital;
  • Tabagismo e alcoolismo;
  • Exposição ocupacional à radiação ionizante;
  • Fístula anal crônica;
  • Obesidade e sedentarismo.

A grande maioria dos fatores estão ligados a hábitos de vida e, portanto, pode-se prevenir o câncer de reto a partir de algumas mudanças.

A ingestão de alimentos saudáveis, ricos em vitaminas, fibras e minerais, prática regular de atividade física e o consumo de água necessário para uma boa hidratação, podem ser grandes contribuintes na prevenção do câncer de reto.

Além desses, a cessação do hábito de fumar também pode proteger, visto que fumantes estão mais predipsotos a desenvolver câncer de reto e outras formas, como os de pulmão e rins. O consumo de bebida alcoólica também deve ser evitado.

Quais são as possíveis complicações?

A partir da evolução do câncer de reto, algumas complicações podem surgir. De forma geral, um câncer não tratado pode desencadear diversos quadros que tendem a interferir na qualidade de vida do paciente.

O tumor pode interferir no processo de nutrição e manutenção do peso. Além disso, o sangramento constante provoca a formação de quadros de anemia, potencialmente graves.

O crescimento do tumor, com o passar do tempo, pode chegar a obstruir o canal intestinal. Com isso, as fezes ficam retidas e imobilizadas, resultando em casos graves de constipação intestinal.

Além disso, o tumor pode evoluir a ponto de perfurar o intestino. Esse quadro desencadeia infecção nos órgãos presentes no abdome e nas membranas que os revestem, denominado peritonite.

Nesse processo, o paciente pode queixar-se de distensão abdominal, enjoos e vômitos, perda de apetite, diarreia, diminuição da quantidade de urina, sede e interrupção da eliminação de fezes e gases.

Além disso, o câncer pode evoluir a ponto de gerar metástases para outros órgãos e tecidos, sendo os mais comuns fígado, pulmão, sistema nervoso e ossos.

No processo de metastização, células cancerosas se desprendem do sítio original e migram para outro local pela corrente sanguínea ou linfática, onde desencadeiam a formação de um novo processo tumoral a distância.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

É importante ressaltar que cânceres de maneira geral, incluindo o câncer de reto, devem ser diagnosticados precocemente. Isso porque, quanto mais cedo é descoberto, melhor se torna o prognóstico do paciente.

O médico inicia a anamnese e desconfia de um quadro canceroso a partir da história clínica apresentada pelo paciente, constando os sintomas sugestivos.

A partir disso, alguns exames podem ser solicitados, tanto laboratoriais, como pesquisa de sangue oculto nas fezes, que também serve para rastreamento, quanto os de imagem, como colonoscopia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Identificadas as alterações nos exames solicitados, uma biópsia da lesão é solicitada e, confirmado o diagnóstico de câncer retal, é feito o estadiamento do tumor e então parte-se para a definição do tratamento de escolha, junto ao paciente.

Dentre as formas de tratamento, a cirurgia para ressecção do tumor é a mais utilizada. Apesar disso, quimioterapia e radioterapia podem ser utilizadas, associadas ou não ao tratamento cirúrgico do câncer de reto.

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